quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pornografia na Internet: A Maldição e a Cura

A Internet é tão persistente quanto potente, uma presença indelével e incontida na cultura. De fato, a Internet nem está separada em absoluto da cultura; é a cultura. Todo o lixo, refugo e dejetos de nossa sociedade ali encontra o seu espaço, e a menor das obsessões encontra ali o seu nicho, juntamente com Bach, obras caritativas e pôres-do-sol. A Internet permite que um milhão de flores desabrochem, bem como um milhão de ervas daninhas.--Javier, Herron, & Primavera, 1998.

O dia havia sido longo e agitado, mas finalmente Jerry estava sozinho no seu escritório em casa. Estava bastante cansado após oito horas de infindáveis reuniões na Igreja. Ao mesmo tempo estava contente pelo que vinha conseguindo realizar. Seu grupo de jovens estava aumentando, e a congregação lhe dera muitos tapinhas nas costas. O sentimento geral era de que Jerry--o líder de jovens em sua igreja--estava fazendo uma diferença positiva com os jovens. Ele se sentia bem com isso.

Jerry atirou o paletó sobre uma poltrona num canto e acomodou-se diante de seu computador para desfrutar uns poucos minutos "só dele". Após alguns cliques--ali estavam suas amigas: mulheres posando eroticamente, pessoas tendo sexo das formas mais esquisitas. Ele partia de um site da Internet para outro como que hipnotizado. A luz de mensagens de seu telefone piscava e uma pilha de cartas aguardavam sua atenção, mas ele não conseguia afastar-se do computador.

Todos os amigos de Jerry imaginavam que ele era o exemplo do sucesso. Em seus 30 e poucos anos tinha uma bela esposa, duas filhas pequenas e um lar confortável. Qualquer fotógrafo teria orgulho de exibir uma foto da família de Jerry em seu estúdio. Profissionalmente, Jerry estava em alta demanda como orador por toda a região e mesmo pelo estado.

Mas Jerry era também um viciado--dominado pelo sexo, obcecado pela pornografia internética.

O escopo do problema

A pornografia online é imensa. Tornou-se uma das formas mais lucrativas de comércio no disputadíssimo campo das 'pontocoms'. Estimativas de ganhos anuais situam em um bilhão ou vários bilhões de dólares. O número de pessoas que visitam sites sexuais cada dia tem sido estimado em 60 milhões. Juntos, os cinco sites pornográficos mais freqüentados na Internet recebem mais visitas do que os grandes sites noticiosos MSNBC.com e CNN.com combinados. Todos esses sites estão disponíveis cada minuto do dia e são fáceis de encontrar--bastando somente alguns segundos para sua localização.

A pornografia internética é tão ampla que provavelmente é certo dizer que veio para ficar. Provavelmente jamais será bloqueada. Todo dia, aproximadamente 400 novos websites pornográficos são abertos na rede Internet a partir de locais como a Tailândia e a Rússia.
As boas novas são que a recuperação do vício da pornografia internética é possível.

O que vem a ser vício sexual?
Pessoas que não são sexualmente viciadas--eu as chamarei "normais"--são capazes de desfrutar uma experiência sexual de tempos em tempos e daí dar atenção a outras coisas. Também são capazes de dizer não quando se sentem sexualmente excitadas mas não há possibilidade para atividade sexual.

O viciado sexual, por outro lado, está continuamente obcecado com pensamentos e emoções sobre sexo, e seu comportamento é controlado por seus impulsos sexuais. (Eu me referirei a viciados sexuais como homens neste artigo, uma vez que a maioria dos viciados sexuais são do sexo masculino. Contudo, algumas mulheres de fato se tornam também vítimas de vício sexual, e as recomendações neste artigo são igualmente válidas para elas).

Todas as dependências são caracterizadas por esta incapacidade da parte do dependente em dizer não a seus impulsos ao vício. Se o viciado sexual sente que "tem que fazê-lo" ele o fará. Não importa quão ameaçador seja o seu comportamento para a sua família, sua profissão ou mesmo sua vida, as emoções do viciado sexual o compelem a agir segundo os seus desejos.
O fundamento de todo vício sexual é a lascívia. Contudo, lascívia não é emoção sexual ou desejo sexual. Lascívia é usar outro ser humano para a própria gratificação sexual.

A lascívia não requer contato físico com outra pessoa. Uma fotografia ou mesmo imagem mental do objeto desejado é suficiente para detonar a lascívia na mente do viciado. É por isso que a pornografia--seja em papel, na TV ou Internet--é um instrumento tão poderoso para a lascívia. Propicia as imagens que a alimentam.

A pornografia internética é particularmente viciadora porque o viciado não precisa dirigir-se a uma banca de revistas ou livraria para apanhar publicações pornográficas. Ele pode acessá-la na privacidade de seu lar.

Uma vez a pessoa esteja enredada, geralmente descobre que não consegue sair do seu vício por si mesma. Pode fazer milhares de promessas a si ou aos familiares, ou a Deus, de que vai parar, contudo mais cedo ou mais tarde está de volta praticando o seu vício.

Significa isso que está condenado a permanecer para sempre preso a isso? Absolutamente não!

O fator Deus

O ponto de partida é lidar com a lascívia. Contudo, o viciado deve reconhecer que o desejo de utilizar outra pessoa para gratificar os seus impulsos sexuais tem um domínio tão tremendo sobre ele que não consegue escapar por si só. Carece de auxílio divino e de pelo menos um amigo que teve a experiência de lidar com a obsessão sexual.

Muitos viciados oram desesperadamente a Deus para os libertarem--sem resultado, porque não estão orando da maneira correta. A fim de que Deus lide com a lascívia, o viciado deve convidar a Deus para ocupar sua mente e pedir que lhe remova esse poderoso desejo por lascívia.

Uma boa oração deve ser assim: "Deus, sou impotente sobre esse vício. Dou-Te permissão de removê-lo". Também é de ajuda agradecer a Deus por remover a lascívia: "Obrigado por remover essa lascívia de minha mente e emoções". Não é necessário esperar até que o desejo lascivo seja removido para agradecer-Lhe por fazê-lo.

Proferir essa oração pode ser muito difícil, de fato penoso, porque a lascívia é o que o viciado tanto aprecia. O viciado pode lidar com isso pedindo a Deus, quando não se acha sob tentação, para dar-lhe "o poder para rogar a Tua ajuda na próxima vez que eu for tentado à lascívia".

Respeito

O oposto da lascívia é o respeito. A lascívia desumaniza uma mulher (ou um homem na mente viciada de uma mulher) por valer-se dela como objeto para gratificar os próprios impulsos sexuais. O respeito significa valorizar uma mulher como ser humano que merece ser tratado com alta consideração, e merece ser protegido, antes que abusado. (O viciado está abusando de uma mulher em sua mente quando pensa lascivamente nela, mesmo que não chegue a tocá-la).

Assim, como pode o viciado aprender a respeitar pessoas do sexo oposto, em lugar de usá-las como objetos para satisfazer a seus desejos ilegítimos? Por orar por elas no momento exato em que as está vendo: "Deus, por favor, proteja essa mulher de qualquer mal. Leva o Espírito Santo para a vida dela. Sejam quais forem os problemas que ela esteja defrontando hoje, abençoa-a com as respostas que sabes serem as melhores para ela".

Essa oração coloca a Deus bem no meio dos desejos lascivos do viciado e começa a desmontá-los. Esteja a mulher que está contemplando numa foto diante dele, ou na vida real, ele não pode orar desse modo sem que sua atitude para com ela comece a mudar. E ao persistir em orar por uma mulher após outra, no devido tempo ele descobrirá que o seu respeito pelas mulheres começará a crescer.

Auxílio humano

Os viciados carecem também do auxílio de outros seres humanos. A pessoa cujo comportamento sexual é normal pode provavelmente empregar as sugestões acima para desfazer a tentação de fantasiar a respeito do sexo oposto.

Afortunadamente, grupos de Sexaholics Anonimous (que se poderia traduzir por 'sexólicos anônimos') estão sendo estabelecidos na maioria das grandes cidades dos EUA e Canadá, e muitos estão disponíveis em áreas rurais também. Há duas vantagens em participar destes grupos. Primeiro, todos os membros são profundamente comprometidos com a confidencialidade. Em segundo lugar, o viciado encontrará apoio e simpatia de outros que compartilham de seus problemas e passaram pela experiência de rompê-los.

Alguns viciados podem estar tão intoxicados que podem requerer terapia formal. Estes devem ir em busca de profissionais especializados e licenciados. Alguns talvez requeiram até internamento clínico.

As igrejas cristãs podem ajudar abrindo suas portas para reuniões destes grupos. Se várias igrejas numa cidade o fizessem, os viciados que temem assistir a uma reunião em sua própria igreja poderia atravessar a cidade para outra reunião onde se sentiriam mais à vontade. Os que temem que essas reuniões de recuperação não sejam espirituais se comprazerão em saber que elas possuem um forte componente espiritual.

As boas novas são que há uma saída para os viciados sexuais--sejam dependentes da pornografia internética ou aos muitos outros canais para comportamento sexual inapropriado que estão disponíveis em nossa sociedade. Requer o poder de Deus, o auxílio de outros seres humanos, e um comprometimento a esforço persistente e penoso da parte do viciado. Mas onde esses três elementos são combinados, a vitória é certa.
É isso que significa o evangelho!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

3 mentiras que a pornografia te conta

Depois de três anos de casados, minha esposa, Trisha, acordou no meio da noite e se deu conta de que eu não estava na cama. Ela caminhou até nossa sala de estar e, tão logo ela olhou para a TV, eu mudei rapidamente de canal.
Ela começou a me questionar acerca do que eu estava assistindo, por que eu não estava na cama e por que eu mudei imediatamente de canal. Então a pergunta repetitiva surgiu: você luta com luxúria a pornografia? Quanto mais ela perguntava, mas intensa a conversa se tornava.
Então, eu neguei tudo. Eu disse que só estava passando pelos canais. Eu discuti com ela acerca do que ela viu. Eu a convenci de que eu não sofria com a pornografia ou luxúria. Ela não tinha nada com o que se preocupar. Eu estava mentindo.
Nessa época eu não sabia, mas aquela noite seria a primeira de muitas oportunidades que tive ao longo dos primeiros 10 anos de casamento para ser honesto sobre meu vício em pornografia. Eu era um pastor, e pastores não sofrem com luxúria ou pornografia. Pelo menos, nenhum pastor que eu conhecia lutava com isso. Eu me sentia sozinho.
A verdade é que eu não estava sozinho. Eu tinha amigos com os quais eu poderia conversar. Eu tinha parceiros de confiança para quem eu mentia. Havia outros pastores de quem eu fugia quando questionado acerca de pecados sexuais e lutas.
Na minha mente, minhas intenções eram boas – eu estava tentando proteger o meu casamento. A realidade era que a pornografia estava me contando mentiras e eu estava comprando todas elas.
Dada a quantidade de pessoas que sofrem com isso, nós não falamos sobre o assunto o suficiente, nem de perto. Não falamos sobre isso em nossas famílias. Não falamos sobre isso em nossas igrejas. Pensamos que evitar o assunto o fará ir embora. Estatisticamente falando, mais de 50 por cento dos homens lendo esse texto foram expostos à pornografia recentemente. E não é somente um “problema de homens”. Cerca de 30 por cento dos usuários de pornografia online são mulheres. Isso não simplesmente ir embora.
Essas são as três mentiras que a pornografia me contou e que contará pra você também:

1. Foi a última vez
Não importa quantas vezes você olhou para pornografia, aquela foi sua última vez. Porque você realmente acredita que aquela será sua última vez comprando aquela revista, indo para aquele website, baixando aquele filme – você não precisa confessar, porque aquela foi sua última vez. Até amanhã ou na próxima semana ou no próximo mês. É a última vez – até a próxima. Se a pornografia consegue te convencer de que “essa vez é a última vez”, você nunca contará para ninguém.
2. Você pode parar quando você quiser
Você sabe o que a pornografia fez com outros casamentos, outros amigos, outras famílias, outros líderes de igreja… mas você não é, de fato, um “viciado” em pornografia. Você pode parar quando você quiser. Além do mais, ela não tem o mesmo efeito em você que tem em outras pessoas. Não vai machucar a sua vida, seu casamento, seus filhos, sua igreja e seu ministério como o fez com outras pessoas.
3. Confessar a sua luta vai ter custar muito
A pornografia quer que você viva em segredo. A pornografia nos leva a pesar o custo de se confessar versus o custo de esconder, e nos convence de que esconder será menos doloroso. Você acredita que está ajudando a você e o seu casamento ao esconder seu vício em pornografia. Sua esposa – ou marido – não entenderá. Seu casamento não se recuperará. Sua credibilidade não poderá ser reconstruída.
Algo que eu aprendi da maneira difícil: esconder o pecado nunca nos dá o poder de superá-lo. A liberdade que você almeja é encontrada na confissão. A liberdade custa algo a curto prazo, mas não tanto quanto a escravidão ao longo do tempo.
Acreditar nessas mentiras nunca te dará o poder de superá-las. Tentar parar não te dará o poder para parar. Mas a liberdade é possível.
Isso é o que eu acredito com todo o meu coração: se você sofre com a pornografia, Deus não está desapontado com você; Ele está lutando por você. Ele morreu e venceu o pecado e a morte para que você tivesse a vitória nessa área de sua vida.
Por onde começamos? Como podemos superar algo que se agarra aos nossos corações e nos mantém vivendo em vergonha e culpa? O primeiro lugar que eu recomendo a todos que lutam com a pornografia a começarem é com um conselheiro cristão. Tanto eu quanto minha esposa precisávamos de alguém com uma perspectiva e sabedoria maiores do que as nossas para nos ajudar a superar esse conflito em minha vida.
Além disso, eu quero compartilhar um princípio com você que eu acredito que tem o poder de trazer liberdade, esperança e cura para o seu coração. Não será fácil, mas valerá a pena.
A cura vem pela confissão e oração. Eu sei que isso soa bastante clichê, mas vamos olhar as Escrituras: Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tiago 5.16).
O tipo de confissão da qual Tiago está falando não é a confissão para o perdão; é a confissão para a cura. Há uma cura que vem ao nosso coração quando nós confessamos nossos pecados uns aos outros.
Muitos de nós estão acostumados com a parte do “perdão” da confissão. Sabemos que, para alcançar o perdão de Deus, devemos confessar os nossos pecados. Talvez você tenha crescido se confessando a um padre, talvez seja algo que você faz em seu tempo com Deus, talvez é algo que você faz após cometer um erro gigante. A maioria de nós sabe que o perdão de Deus vem através da confissão.
Não conversamos muito na igreja acerca da confissão do tipo “cura”. Na verdade, nós construímos um sistema religioso que tenta encontrar a cura escondendo os pecados, não os confessando. Os pecados que nós confessamos são os pecados “seguros”: inveja, amargura, materialismo, raiva e egoísmo.
Eu era o mestre disso. Eu aparentava ser “autêntico” por confessar pecados socialmente aceitos enquanto vivia prisioneiro de pecados que eu não estava inclinado a confessar. Por anos, eu perdi a cura que Deus ansiava trazer ao meu coração não porque eu não confessava meus pecados a Ele, mas porque eu me recusava a confessá-los para qualquer outra pessoa.
Mas aqui estão 3 verdades que a pornografia nunca te contará:
  • A tentação perde seu poder quando confessamos.
  • O pecado perde sua habilidade de nos manter fragilizados quando confessamos.
  • Os vícios perdem o controle que possuem em nossas vidas quando confessamos.
O pecado secreto que você mantém só tem poder enquanto permanece em segredo. A Luz sempre sobrepujará as trevas. A difícil decisão que nós encaramos é a de deixar a Luz adentrar nas trevas, nas partes mais vergonhosas do nosso coração. Deus não pode curar as partes do nosso coração que nós recusamos trazer à Luz. Mas, quando o fazemos, podemos ser curados.
Por  Justin Davis  Fonte: Iprodigo
Traduzido por Kimberly Anastacio  Original aqui
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terça-feira, 18 de junho de 2013

Comissão de Direitos Humanos aprova autorização para tratamento do homossexualismo

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta terça-feira (18) o projeto de lei que determina o fim da proibição do Conselho Federal de Psicologia contra tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade. A sessão que aprovou a proposta foi presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que conseguiu colocá-la em votação após várias semanas de adiamento por causa de protestos e manobras parlamentares contra o projeto.
De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), a proposta pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do conselho. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais e outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente.
O outro alvo da proposta é o artigo que determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais. Na prática, se esses dois artigos forem retirados da resolução, os profissionais da psicologia estariam liberados para atuar em busca da  cura para o comportamento homossexual.
Afinal, ninguém pode ser forçado a nada e se a pessoa entende que precisa de ajuda para lidar com algo que ela considera um problema, como o conselho de psicologia quer proibi-la de buscar ajuda com um profissional da área?

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Masturbação e Depressão (ou Um texto para ler quando some a alegria)

Minha luta contra a masturbação foi e ainda é devastadora. Muitas vezes, o desejo me arrasta para longe do cais da fé. Porém, eu percebo que minha batalha não está apenas na área da luxúria, mas também na área da alegria. Várias e várias vezes, meu pecado sexual não é motivado por anseios egoístas por satisfação, mas sim por uma busca errada por felicidade.
Sei que existem mais irmãos em Cristo que passam por isso. Mesmo sem estar sentindo desejo sexual, a falta de qualquer desejo, a tristeza recorrente e barulhenta que, muitas vezes, corrói nossa alma faz com que, porcamente, busquemos na masturbação, na pornografia ou no sexo errado a alegria que devíamos achar em Deus.

Dói-me assumir que perco constantemente minha luta por manter a chama de minha alegria acesa. Sou naturalmente uma pessoa melancólica e meu coração constantemente clama por algo que lhe preencha. No lugar de buscar minha satisfação em Deus, acabo tentando saciar-me com ídolos e falsos deuses. Pelo que me parece, o modo mais comum de vencermos nossa constante ânsia por alegria é através de meios pecaminosos e ineficazes, como paliativos, remédios que diminuem a dor por um momento, mas não curam a doença.

Tristemente, talvez, assim como o efeito de qualquer droga passa, o prazer da sexualidade errada se dissipa. A masturbação não tem força para nos manter felizes; o prazer é momentâneo, a alegria é passageira. Como disse Agostinho a Deus, “Tu nos fizeste para Ti, e nossos corações não descansarão até encontrar abrigo em Ti”. Enquanto buscamos alegria na masturbação e na pornografia, continuaremos inquietos. Só descansaremos verdadeiramente quando encontrarmos Cristo como fonte inesgotável de prazer.

Então, amigo, se você estiver lendo isso naqueles momentos em que as trevas abraçam a alma e as colunas de fogo desapareceram, clamo-te algo: abrace a verdade de que não há verdadeira alegria no pecado. 
Você bem sabe que, depois do segundo desse prazer assassino, satanás te injetará culpa e roubará qualquer fagulha que te reste de felicidade. Basta lembrar-se das vezes passadas em que você buscou beber do doce veneno do pecado para aplacar sua sede: você não foi satisfeito, foi intoxicado. Lembre-se da repreensão ao povo de Jerusalém: ”Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas” (Jr 2:12,13).

Somos, muitas vezes, como os israelitas. Abandonamos Deus, a fonte de águas vivas, o verdadeiro manancial; e, além disso, procuramos saciar-nos com os poços sujos e rasos do pecado. Saiba: existe um banquete inestimável de alegria a sua disposição. Muitas vezes não percebemos isso por que já estamos satisfeitos de nos alimentarmos com o lixo que encontramos (ou que buscamos). Desconecte-se da internet, solte a revista, desligue o DVD; ponha-se sobre seus joelhos e busque a face do dono de todo prazer. “… na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente” (Sl 16:11). Além disso, abra sua Bíblia e busque, como um cão faminto, todo conhecimento de Deus que puder. Só sabendo quem Ele é e o que Ele fez por nós em Cristo é que teremos nossa felicidade restaurada. Davi pecou sexualmente contra Bate-Seba e escreveu: “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a te obedecer” (Sl 51:12). Apenas com essa alegria teremos um espírito pronto a obedecer a Deus. Ore como Davi e busque nas Escrituras os motivos certos e as fontes corretas e alegria. “… amo a tua lei” (Sl 119:113) – Apenas nela há prazer.
Por Yago Martins   Fonte: Yago Martins