sábado, 20 de outubro de 2012

Excitando-nos até a morte

O casal tipicamente começa me falando sobre como suas vidas são estressantes. Talvez ele tenha perdido o emprego. Talvez ela tenha dois. Talvez suas crianças sejam descontroladas e o lar é caótico. Mas normalmente, se conversarmos por tempo suficiente, há uma sensação de que algo mais está errado. O casal vai me falar sobre como a vida sexual se aproxima da extinção.  O homem, ela me dirá, é um abismo emocional, frio na intimidade com sua esposa. A mulher está frustrada, o que parece para ele como uma mistura de raiva e humilhação. Eles só não sabem o que está errado, mas sabem que um casamento cristão não deveria ser assim.
É nesse ponto que eu interrompo a discussão, olho para o homem e pergunto: “Então, tem quanto tempo que a pornografia está aí?”. O casal vai se olhar, então olharão pra mim com uma incredulidade temerosa que deixa no ar o questionamento “Como você sabe?”. Por alguns minutos, eles tentam se recompor diante dessa exposição, imaginando, penso eu, se eu sou um profeta do Antigo Testamento ou um psíquico da Nova Era. Mas não sou nenhum dos dois. E ninguém precisa ser para perceber o espírito de nossa época. Nos nossos dias, a pornografia é o anjo destruidor do Eros (especialmente o masculino), e é hora da igreja enfrentar o horror dessa verdade.

 

Uma perversão do que é bom


De certa forma, o problema da pornografia não é nada novo. A cobiça humana por uma sexualidade anti-pactual está firmada, nos diz Jesus, não em algo externo a nós, mas em nossas paixões caídas (Mateus 5.27-28). Cada geração de cristãos tem enfrentado a questão da pornografia, seja a arte pagã referente a Dionísio, as dançarinas da Era do Jazz ou as revistas de porno-chanchada das décadas de 40 e 50.
Mas a situação é diferente agora. A pornografia agora não está simplesmente disponível. Com o advento da tecnologia da Internet, com seu alcance praticamente universal e suas promessas de privacidade, a pornografia se militarizou. Em alguns setores, especialmente entre a população jovem masculina, ela é praticamente universal. Essa universalidade não é, ao contrário do que dizem os próprios donos dessa indústria, um sinal de sua inocência, mas de seu poder.
Como qualquer pecado, a pornografia é, por definição, uma perversão do que é bom, nesse caso, o mistério do homem e da mulher juntos em uma união de um corpo só. A inclinação para isso é forte de fato, precisamente por que nosso Criador, em infinita sabedoria, decidiu que as criaturas humanas não se subdividiriam como uma ameba, mas que o homem precisaria da mulher, e a mulher, do homem, para a sobrevivência da espécie.
Além disso há um mistério maior ainda. O Apóstolo Paulo nos diz que a sexualidade humana não é arbitrária nem é meramente natural. Ela é, ele diz, em si mesma, um ícone do propósito final de Deus no evangelho. Essa união em um corpo só é uma figura da união de Cristo com sua Igreja (Efésios 5.22-23). E a sexualidade humana é submissa ao padrão do próprio Alfa e Ômega do cosmos, não é de se espantar que ela seja tão difícil de conter. E que aparente ser tão difícil de controlar.

 

Uma questão eclesiástica


A pornografia, por sua própria natureza, leva à instabilidade. Uma imagem guardada na memória nunca será suficiente para continuar excitando um homem. Deus, afinal de contas, criou o homem e a mulher de forma que se satisfaçam não com um único ato sexual, mas com um apetite constante um pelo outro, pela união procriativa e unitiva de carne com carne e alma com alma. Alguém que busca esse mistério além da união pactual nunca encontrará o que procura. Ele nunca encontrará em uma imagem nua o suficiente para satisfazê-lo.
Sim, a pornografia é uma questão de moralidade pública. Nós já falamos sobre isso repetidas vezes. Uma cultura que não resguarda a dignidade da sexualidade humana é uma cultura que caminha para o niilismo. Sim, a pornografia é uma questão de justiça social. Afinal de contas, a pornografia, pelo que sabemos hoje, é raramente só “algumas imagens”. Por trás dessas imagens estão pessoas de verdade, criadas à imagem de Deus, que, por meio de uma triste jornada a uma terra de desespero, se rebaixaram a isso. Nós concordamos com aqueles – mesmo com aquelas feministas seculares de quem tanto discordamos – que dizem que uma cultura pornográfica fere a mulher e as crianças, através da objetificação das mulheres, do tráfico de crianças e da “produtificação” do sexo.
Mas antes de ser uma questão legal, cultural ou moral, a pornografia é uma questão eclesiástica. O julgamento, como nos dizem as Escrituras, deve começar na casa de Deus (1 Pedro 4.17). O homem que está no andar de cima vendo pornografia enquanto sua esposa leva seus filhos para o treino do futebol pode até ser um guerreiro sem religião da cultura secular. Mas também é possível que ele seja membro de uma das nossas igrejas, talvez até um dos que lê a revista Touchstone [N. T.: revista onde esse texto foi veiculado originalmente].
Para começar a tratar dessa crise, convocamos a igreja de Jesus Cristo a tratar de forma séria o que está em risco aqui. A pornografia é mais do que impulsos biológicos ou niilismo cultural; é uma questão de adoração. A Igreja cristã, em todos os lugares e em todos os tempos e em todas as situações, tem ensinado que não estamos sozinhos no universo. Um aspecto do “cristianismo puro e simples” é que existem seres espirituais invisíveis por todo o cosmos que buscam nos atacar.
Esses poderes entendem que “quem peca sexualmente peca contra o seu próprio corpo” (1 Coríntios 6.18). Eles entendem que uma ruptura no laço matrimonial sexual mancha a personalização da figura de Cristo e sua Igreja (Efésios 5.32). Eles sabem que a pornografia na vida de um seguidor de Cristo é como se unisse Cristo, espiritualmente, a uma prostituta eletrônica ou, mais provável, um vasto harém de prostitutas eletrônicas (1 Coríntios 6.16). E esses poderes acusadores sabem que aqueles que praticam essas coisas sem se arrepender “não herdarão o Reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).

 

Falso arrependimento


Isso significa que nossas igrejas não podem simplesmente contar com grupos de apoio e softwares de bloqueio parental para combater essa praga. Devemos enxergar isso como algo profundamente espiritual e, acima de tudo, restabelecer uma visão cristã da sexualidade humana. A pornografia na internet, afinal de contas, é pura conseqüência de uma visão da sexualidade humana egoísta e infrutífera. Em uma era em que o sexo significa meramente atingir o orgasmo usando qualquer meio possível, devemos reafirmar o que a Igreja cristã sempre ensinou: o sexo é uma figura da união pactual de um homem com uma mulher, uma união cuja intenção é fazer florescer o amor, a alegria e, sim, o prazer sexual.
Mas ele também serve para representar nova vida. Uma visão cristã da sexualidade, arraigada no mistério do evangelho, é o que há de mais distante da feiúra utilitarista da pornografia. Nosso primeiro passo deve ser mostrar por que a pornografia deixa uma pessoa, e uma cultura, tão adormecida e vazia. A sexualidade humana é, como meu colega Robert George colocou, mais do que “partes do corpo pressionadas umas nas outras”.
Mais ainda, devemos clamar por arrependimento em nossas igrejas, e isso é mais difícil do que parece. A pornografia traz consigo um tipo de falso arrependimento. Imediatamente após um “episódio” de pornografia “terminar”, o participante normalmente, em especial no começo, sente um tipo de remorso e de repulsa por si mesmo. Um adúltero ou um fornicador do tipo mais tradicional pelo menos podem racionalizar e dizer que está “apaixonado”. A maioria das pessoas, apesar disso, não escreve poesia ou músicas românticas sobre essa compulsão isolada da masturbação. Mesmo pagãos que acham a pornografia agradável e necessária parecem reconhecer que isso é um tanto quanto patético.
Tipicamente, para aqueles que se identificam como cristãos, um episódio pornográfico é seguido por uma resolução de “nunca mais fazer isso de novo”. Muitas vezes (de novo: tipicamente) esses homens prometem buscar algum tipo de apoio e deixar o hábito pra trás.  Mas normalmente essa resolução diz menos sobre uma consciência pesada do que sobre um apetite saciado. Mesmo Esaú, com a barriga cheia de ensopado, chorou por seu direito de primogenitura perdido, mas “não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas.” (Hebreus 12.17).
Sem arrependimento genuíno, o ciclo da tentação continuará. Os poderes dessa era vão colaborar com os impulsos biológicos para fazê-la parecer irresistível novamente. O pseudo-arrependimento manterá o pecado apenas escondido. Isso é obra do diabo e está entre as coisas que nosso Senhor Jesus veio destruir (1 João 3.8).

 

Genuíno arrependimento


Nossas igrejas precisam mostrar como é o arrependimento genuíno. Isso não significa estabelecer regras e regulamentos legalistas contra o uso da tecnologia. Isso, nos diz o Apóstolo Paulo, “não têm valor algum para refrear os impulsos da carne” (Colossenses 2.23). Isso de fato significa, entretanto, que cada fonte de tentação vem com um meio de escape correspondente (1 Coríntios 10.13). Para alguns membros especialmente vulneráveis de nossas igrejas. Isso significar abrir mão do uso de computadores pessoais ou da internet como um todo.
Essa sugestão pode parecer absurda para muitos, como se nós estivéssemos sugerindo que alguns cristãos fariam bem ao parar de comer ou dormir. Mas os seres humanos já viveram milhares de anos sem computadores e sem a Internet. Estaria nosso Senhor Jesus certo quando diz que é melhor cortar a mão ou retirar um olho do que sermos condenados por nossos pecados? (Mateus 5.29). Não é muito menor que isso pedir para alguém cortar apenas um cabo?
Também devemos fortalecer as mulheres em nossas congregações para agirem como cristãs com seus maridos escravizados pela pornografia. Nós cremos, e ensinamos enfaticamente, que as mulheres devem se submeter a seus maridos (Efésios 5.23). Mas nas Escrituras e nos ensinamentos cristãos, toda submissão (exceto aquela a Deus) tem limites. O corpo do marido, diz a Bíblia, pertence à sua esposa (1 Coríntios 7.4). Ela não precisa se submeter a ser um alvo físico das fantasias pornográficas de seu marido. Se ambos são membros de uma igreja cristã, e ele não se arrepende, nós aconselhamos a esposa a seguir os passos que Jesus estabeleceu (Mateus 18.15-20) para chamar um irmão ao arrependimento, que levam até a ação da igreja.

 

A resposta do evangelho


Finalmente, e mais importante, chamamos a igreja a contra-atacar a pornografia com aquilo que os poderes demoníacos mais temem: o evangelho de Jesus Cristo. Jesus, afinal de contas, andou conosco e, antes de nós, passou por essas tentações. O seu inimigo (que também é nosso inimigo) ofereceu a ele uma refeição solitária “masturbativa”, no meio de um jejum no deserto. Jesus recusou a oferta de Satanás, não porque ele não estava com fome, mas porque ele queria um banquete matrimonial, junto de sua Igreja como “preparada como uma noiva adornada para o seu marido” (Apocalipse 21.2).
Chamamos a igreja a contra-atacar a pornografia com aquilo que os poderes demoníacos mais temem: o evangelho de Jesus
Esses poderes querem qualquer filho de Adão, especialmente um irmão ou irmã do Senhor Jesus, sofrendo debaixo de acusações. Através da confissão de pecados, entretanto, qualquer consciência, incluindo aquela obscurecida pela pornografia, pode ser purificada. Pelo sangue de Cristo, recebido em arrependimento e fé, nenhuma acusação satânica pode permanecer, nem mesmo aquela que vem do histórico de navegação da internet.
Por:  Russell D. Moore Fonte: IPródigo
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Abrindo mão dos padrões de Deus para a sexualidade

Como cristãos, nós somos adeptos ao costume de olhar ao nosso redor e ver como os bons padrões de Deus são violados quando o assunto é sexualidade. Não muito tempo atrás, contudo, me pediram para refletir acerca das maneiras pelas quais os cristãos abrem mão dos padrões de Deus para a sexualidade – alguns daqueles pecados escondidos ou “santificados” aos quais cedemos em nossas vidas, nossos casamentos, nossas igrejas. Eu cheguei a cinco maneiras em que os cristãos podem abrir mão dos padrões de Deus para a sexualidade.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus para a sexualidade quando deixamos o evangelho de fora do leito conjugal

Os cristãos geralmente encontram dificuldade para estender o alcance do evangelho partindo do assunto “salvação” até chegar ao assunto “sexo”. Entretanto, o evangelho não se limita a um acontecimento na sua vida, ele está relacionado a como vivemos hoje e todos os dias. Ele se estende por cada parte da vida.
O evangelho diz: o que quer que meu casamento e o nosso relacionamento sexual sejam, eles devem ser parte da figura de Cristo e Sua igreja. Quando eu considero sexo sob essa perspectiva, eu primeiro pergunto: isso se assemelha a uma ilustração acurada de Cristo e da igreja? O que reflete a Cristo dando Sua vida por Sua noiva? O que reflete a igreja  submetendo-se a Cristo alegremente? Isso nos reorienta completamente, levando-nos para longe do próprio eu, do amor próprio e do serviço a si mesmo, e nos orienta em direção ao cônjuge. Essa caracterização do casamento não acaba quando fechamos a porta do quarto.
Quando abrimos mão desse padrão, nós nos tornamos cativos à lei, ao invés de livres pelo evangelho; nós nos focamos em nós mesmos ao invés de nos focarmos no outro. A Lei é sempre voltada para o ego, o evangelho é sempre voltado para o outro e, em última instância, para Deus. Se nos permitimos cair na velha tentação da lei, nós vamos, inevitavelmente, prejudicar nosso relacionamento quem mais amamos.

Nós abrimos mão dos padrões quando desobedecemos o claro mandamento bíblico de que no casamento devemos fazer sexo, e ele deve ser feito frequente, desejosa e alegremente

Há diferença entre entender a Bíblia e obedecer a Bíblia. Há diferença entre acreditar no evangelho e viver as implicações do evangelho. É por isso que muitas cartas paulinas têm duas partes; na primeira, ele fala sobre teologia, e na segunda, sobre aplicação. Há uma razão para isso: ele sabe que a teologia tem que ser trabalhada na vida e ele sabe que não podemos fazer isso sem uma sólida base bíblica.
Há muitos casais que acreditam completamente no que a bíblia ensina sobre casamento, e eles podem até acreditar no que a bíblia diz sobre sexo no casamento, porém, eles não fazem mais sexo juntos. Um deles recusou por tanto tempo que o outro nem ao menos pede mais ou tenta. Um desistiu, se acomodou, e o outro perdeu o interesse. Juntos, eles se tornaram desobedientes e sua desistência entristece o Senhor. Eles afirmam acreditar no que é verdade, mas se recusam a praticá-la.
Deus fez estipulações para o relacionamento sexual. Você pode parar de fazer sexo, mas apenas por um tempo limitado e só se esse tempo limitado for para orar. É isso! E, mesmo assim, todo casamento passa por longos períodos sem sexo, e muitos casamentos abandonam o sexo completamente. Tem algo em 1 Coríntios 7.4 que sempre me chamou atenção. Paulo fala sobre “direitos conjugais”. A Bíblia fala muito, muito pouco sobre nossos direitos. Na maioria dos casos, falar sobre direitos é se opor ao evangelho. Mas no relacionamento conjugal nos é dito que o esposo e a esposa tem direitos um sobre o outro, o direito sobre o corpo do outro. Sexo não é uma sugestão, não é apenas uma boa ideia ou um bom presente para dar ao cônjuge. Sexo é um direito, pois, na economia de Deus para o casamento, é uma necessidade.
O que acontece quando abrimos mão dos padrões de Deus aqui? Indo direto à 1 Coríntios 7, vemos que nós permitimos a possibilidade de pecado sexual em nosso cônjuge. Um marido que se nega à sua esposa não está protegendo-a do pecado sexual. Uma esposa que se nega ao seu marido não está protegendo-o do pecado sexual. A abstinência de sexo é egoísta, sem amor e inconsequente. Sim, será culpa do cônjuge se ele ou ela cair em pecado sexual porque pararam de fazer sexo; mas o outro também vai carregar parte da responsabilidade. Você já parou para pensar que o grande plano de Satanás para você é você tenha o máximo possível de sexo fora do casamento e o mínimo dentro dele? O plano de Deus, claro, é o oposto desse – não ter sexo fora do casamento e um monte dele dentro do casamento.
Há outra consequência: estamos descaradamente desobedecendo um mandamento claro do Senhor e um mandamento que provém da verdade do evangelho. O relacionamento sexual não é uma pequena bolha isolada da obediência cristã, mas é algo que provém diretamente do evangelho. Muitos de nós isolam a sexualidade de todo o resto da vida.
E finalmente, quando você abre mão dessa parte, você está negando ao seu casamento grandes meios de graça. É útil olhar para o sexo como um sacramento no casamento, algo profundamente simbólico que vai muito além da soma das partes. É muito mais profundo do que o físico, muito mais do que apenas o ato. Nós acreditamos que, nesse ato, Deus estende graça ao nosso casamento. Nós obedecemos Ele e estamos certos de Sua benção. O casamento que esquece o sexo é como a igreja que esquece a Ceia do Senhor – ela está se enfraquecendo e negando a si mesma um dos misteriosos e inesperados meios pelos quais o Senhor abençoa-a.


Nós abrimos mão dos padrões quando não treinamos nossos filhos para entender o bom plano de Deus para o sexo e quando não os treinamos para evitar a tentação sexual

Quando o assunto é sexo, nós somos muito bons em falar para os nossos filhos o que é ruim e perigoso e o que eles devem evitar. Isso é fácil porque muitos de nós somos muito cuidadosos com o que nossos filhos veem e experimentam quando são muito novos. Nós censuramos nossas conversas e até mesmo nossa leitura bíblica para protege-los do que é muito pesado para seus jovens corações. Isso é saudável e bom. Eu amo a história que Corrie Ten Boom conta sobre isso. Quando era uma menina pequenina, ela ouviu sobre sexo e perguntou ao pai o que era sexo. Ele simplesmente sua grande e pesada maleta de ferramentas e colocou-a no chão, depois pediu para ela levantá-la. Ela tentou, puxou e empurrou e, por fim, disse: “É muito pesada pra mim”. Então, seu pai disse: “Exatamente. Algumas coisas são muito pesadas para pequenas crianças carregarem”. Isso é paternidade sábia! Mas isso não seria sábio se a criança tivesse 16 ou 18 anos e estivesse perto de se mudar.
Nós precisamos preparar nossos filhos para viverem nesse mundo e verem que o sexo é um bom presente de Deus. Muitos homens jovens vão para o mundo sem ter certeza do que o sexo é e de que ele está ancorado no bom plano de Deus; muitas mulheres jovens entram no casamento convencidas de que sexo não é uma coisa para boa garotas cristãs desfrutarem. E muitas acreditam nessas coisas porque seus pais simplesmente não fizeram um bom trabalho ensinando sobre o que a Bíblia fala sobre sexo.
Eu admito que estamos ficando melhores nisso, mas ainda temos muito a melhorar no que diz respeito à ensinar nossos filhos a honrar o sexo. Se tudo que nossos filhos sabem ao saírem de nossa guarda é que sexo é ruim, nós abrimos mão do padrão de Deus não ensinando-os que sexo é um bom presente de Deus feito para ser desfrutado dentro do contexto apropriado. Da mesma forma que queremos criar uma barreira para o sexo, nós precisamos também celebrar sua bondade inerente. Quando nos abstemos nesse ponto, comprometemos a geração seguinte. Nós fazemos de nossa desobediência o problema, o vício, a gravidez indesejada, deles.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando somos levados pela tendência cultural

Em Efésios 5 Paulo diz: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças”. Quando lemos essas palavras, não podemos deixar de pensar sobre TV, filmes e livros e o quão dedicados eles são a essas coisas.
Apenas pense sobre comédia e o que nossas séries de comédia e comédias românticas nos fazem rir. Quando rimos do que Deus chama de perverso, quando nós gostamos de assistir o que Deus diz que é privado, quando falamos de forma muito estúpida ou até de maneira muito franca sobre coisas que são desprezíveis, nós abandonamos o padrão de Deus. Não deve haver conversas torpes em nosso meio e nenhuma palavra vã. Não devemos nos alegrar com o que Deus diz que é mau.
Paulo nos diz que existem coisas que são muito vergonhosas até mesmo para serem mencionadas. Há coisas que não devem ser nem citadas em uma conversa entre cristãos; elas são, simplesmente, muito más e até pensar sobre elas é errado. Mas algumas vezes nós, como cristãos, gostamos de conversar sobre coisas muito más. Nós nunca as faríamos, mas lemos sobre elas, fazendo-as de forma indireta.
Quando assistimos filmes ou ouvimos músicas vulgares, nós podemos obter prazer em ouvir sobre flertes sexuais de outras pessoas ou em ver a riqueza idólatra de outras pessoas. Nós estamos, essencialmente, gostando da idolatria deles, encontrando prazer nos atos deles de ódio a Deus! Nós nunca faríamos as coisas que eles fazem, mas nós temos prazer em imaginar outros fazendo essas coisas ou em ler outros fazendo isso. Mesmo quando nos é dito aqui que as coisas nas quais estamos tendo prazer são as mesmas coisas que trazem a ira de Deus sobre as pessoas que as fazem.
Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando nos deixamos ser levados pela tendência cultural, sendo entretidos com coisas que o Senhor odeia. Quando rimos do pecado ou somos entretidos por ele, estamos nos colocando no caminho de racionalizar e depois abraçar cada um desses pecados. Esse abrir mão tende a começar mais rastejando e crescendo aos poucos do que explodindo de uma vez só, e ao olhar para o que nos entretém, podemos às vezes ter um vislumbre dos desafios que estão por vir. Se estamos rindo de adultério hoje, nós podemos estar praticando amanhã.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando cometemos pecado sexual

O último ponto é simplesmente ir em frente, cometer o pecado sexual e posteriormente lidar com as consequências. O pecado sexual deveria ser tão óbvio e terrível quanto cometer adultério contra seu cônjuge, mas para muitas pessoas ele é muito mais sutil.
Pornografia é uma praga para a igreja, que afeta primariamente homens e garotos (embora esteja crescendo entre as mulheres, que também estão ficando suscetíveis a isso), mas a pornografia está longe de ser o único pecado sexual com o qual os cristãos lidam. Muitas mulheres estão propensas a exigir de seus maridos padrões irrealistas de comédias românticas. Existem mulheres que demandam o impossível de seus maridos, que confrontam a própria masculinidade de seu marido. Até mulheres cristãs estão lendo 50 tons de cinza.
O pecado sexual passa pelo grande espectro do sutil e egoísta até o aberto e espetacular. Mas todo pecado sexual é de alguma forma fugir dos padrões de Deus. E as grandes concessões tem início nas pequenas. O caminho para um casamento sem sexo é simplesmente uma recusa por vez, uma palavra de apatia ou crítica. Poucos casamentos passam de uma ótima vida sexual para uma vida sexual inexistente de um dia para o outro. O adultério não começa com um homem seduzindo a mulher de outro, mas por não controlar seus olhos e não deter sua mente.

Conclusão

Não são só os incrédulos que não cumprem os padrões de Deus para a sexualidade. Nós, como cristãos, permitimos que esse descaso invada nossas vidas, nossos casamentos e nossas igrejas. Nós também somos desobedientes. Nós também precisamos da graça de Deus para resistir às tentações intermináveis de trocar os bons padrões para vivermos de acordo com os nossos próprios.
Por: Tim Challies IPródigo
Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com | Original aqui

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Medo

Quando o povo de Israel saiu do Egito, ainda tinha marcas profundas dessa terrível experiência passada na terra opressora. O tempo da escravidão trouxe muita insegurança/medo, pois era evidente a fragilidade do povo diante dos poderes e gigantes que os dominavam. A autoestima tinha sido destruída, a confiança despedaçada, a incerteza cresceu num tanto que fez sombra em tudo o que passaram a ver na caminhada. No episódio do envio dos 12 espias (Números 13), somente dois tiveram a confiança que Deus os livraria de todas as barreiras (versículo 30). Os outros 10 afirmaram que o povo daquela terra era mais forte do que nós (versículo 31), aos nossos próprios olhos nos sentíamos tão pequenos! A formação do medo em nossos corações aconteceu para muito além de nossas histórias pessoais. É fácil perceber que, desde crianças, temos muitos medos diferentes: medo de perder a mãe (ansiedade de separação), medo do desconhecido (angústia do estranho), medo de um objeto deixar de existir (permanência do objeto), medo de animais, medo de ruídos, do escuro, dos monstros, fantasmas, ladrões, dentre uma lista interminável. Pela Bíblia, o medo entrou no coração da humanidade logo após o ato de desobediência, quando Adão e Eva esconderam-se por medo (Gênesis 3.10). De fato, o pecado trouxe terríveis distorções em nossa capacidade de crer e descansar em Deus pelo simples fato de termos nos tornado indignos de confiança. A afetação da alma distorceu nossa visão de confiança no Senhor, nossa capacidade de ter esperança, causando desesperança, ou melhor, desespero. Assim é como os 10 espias estavam, em profundo desespero.



A sustentação do medo passou a ser multiplicada pela influência da sociedade, pois o povo começou a reclamar (versículo 30), e também pela influência da mídia, pois espalharam notícias falsas (versículo 32). Criou-se um verdadeiro clima de pânico, levando todo o povo a crer que estavam destinados à morte. Cairiam novamente nas garras de um novo tirano. Perderiam seus sonhos, bens, família, liberdade. O medo é multiplicado pelos comentários sem fim. Pais ministram insegurança a seus filhos. Líderes apavorados provocam reações descontroladas nos liderados. A conta foi covarde: dez pessoas espalhando desconfiança contra dois tentando transmitir segurança. O terror se instala. Daí por diante é só choro, angústia e grande perturbação.
A libertação do medo veio somente sobre as vidas de Josué e Calebe porque não se concentraram como eram aos seus próprios olhos ou aos olhos do inimigo. Fixaram sua atenção no que eram aos olhos de Deus. Não precisaram se sentir pequenos: eles eram pequenos! Mas tinham um grande Deus que tinha feito a firme promessa de que daria a terra prometida. Isso bastou para seus corações se encherem de confiança.
O medo é saudável até o ponto de nos manter alertas e defensivos. Mas quando o medo nos domina, torna-se cruel. Ele paralisa, gera angústia, rouba o sono, tira a paz, traz transtornos de ansiedade, produz pânico, leva ao terror, provoca aversão ou conduz à hostilidade. De fato vivemos uma sociedade com muito medo. Alguns estudiosos já catalogaram mais de 400 diferentes tipos de fobias. Na Bíblia, a palavra medo aparece 563 vezes e terror aparece 116 vezes, indicando que o assunto não é um problema dos dias de hoje, mas que sempre esteve presente na história da natureza humana.
Onde há medo não há confiança, segurança, alegria, fé. Pela Bíblia, não precisamos temer a morte (Salmo 23.4), nem pessoas (Salmo 27.1; 56.4, 11), nem sequer más notícias (Salmo 112.7), pois se o Senhor é por nós, quem será contra nós? (Romanos 8.31) Mas o que verdadeiramente lança fora o medo de nossos corações é conhecer o perfeito amor de Jesus (1 João 4.18). Para arrancar o medo de dentro de nossos corações precisamos perceber o grande amor de Cristo. Isso nos basta!
Qual é o seu medo? O que tira seu sono? Para você o Senhor diz: não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Isaías 41.10). Ele está presente. Ele é nosso Deus. Ele faz coisas poderosas a nosso favor. Por isso podemos dizer: nada temerei!
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/ e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Isenção, imunidade e tributação das igrejas

Dai a Cézar o que é de Cézar, e a Deus o que é de Deus. Mt 22.20
O texto bíblico acima é muito conhecido e no meio dos cristãos há quase uma unanimidade de que àqueles que querem seguir fielmente às Escrituras Sagradas devem “Dar a Cézar o que é de Cézar”, ou seja, pagar os seus tributos.

Observa-se que esta ordenança bíblica deve ser aplicada a todas as pessoas, quer sejam pessoas físicas (naturais) ou jurídicas (empresas, entidades, igrejas, etc.).

Quanto às Igrejas, se perguntássemos aos seus líderes, certamente diriam que gostariam que a Igreja que dirigem cumprissem rigorosamente com as obrigações tributárias. Porém, para a Igreja, que como regra tem a missão de pregar o Evangelho, esta procura cumprir bem o “Dar a Deus o que é de Deus”, e para tanto investe em estudos, recursos humanos, tempo, instalações, etc. para melhorar cada vez mais nesta área. Mas, como “Dar a Cezar o que é de Cezar” se a igreja, na maioria das vezes, não sabe muito bem o “que é de Cezar”? Ou seja, as igrejas, muitas vezes, não sabem se são imunes ou isentas de um tributo, ou se tem que pagá-lo. E se tiver que pagá-lo, quanto? Como? Há mais obrigações acessórias, como a de prestar informações em relação aquele tributo?

Muitos dizem que as Igrejas são isentas e imunes a impostos. Ao analisarmos mais profundamente a questão, observamos que esta matéria não é tão simples assim. Em primeiro lugar, a Constituição Federal, em seu art. 150, concede imunidade aos templos de qualquer culto – denominação utilizada na legislação tributária, que pode ser lida como Igrejas – quanto aos impostos sobre o patrimônio, renda e serviços, quando relacionados com a atividade fim da Igreja.

Neste sentido, duas questões importantes devem ser observadas.
1º) A legislação tributária brasileira classifica tributos em: impostos, taxas e contribuições. Portanto, a Constituição Federal garante a imunidade somente sobre impostos (Ex: IPTU, Imposto de Renda, etc.). Logo, as taxas (Ex: Taxa de Lixo, Taxa de Iluminação Pública, etc.) e contribuições (Ex: Contribuições Previdenciárias - INSS-, etc.) podem, num primeiro momento, ser exigidos sua cobrança.
2º) O fato de estar previsto na Constituição Federal a vedação da cobrança de impostos, dá o caráter de imunidade ao mesmo. Logo, não pode ser cobrado pelo Município, Estado ou União. A não ser que seja alterada a Constituição Federal. Há casos de tributos que não tem sua imunidade garantida na Constituição Federal, mas o ente que os cobram (Município, Estado ou União) pode dispensar o seu pagamento. Este instituto é o da isenção. Na isenção, quem a concede (Município, Estado ou União) pode revogá-la a qualquer momento. Portanto, tornando o tributo exigível.

No Brasil há cerca de 75 tributos entre impostos, taxas e contribuições. Na prática, para poder usufruir de imunidade ou isenção de um determinado tributo há necessidade de cumprir alguns requisitos. Portanto, há necessidade de um estudo onde seja verificado que a Igreja atende a todos os requisitos para isenção ou imunidade daquele tributo. Tal estudo deve ser realizado tributo por tributo.

Como regra geral, as igrejas facilmente obtêm a isenção ou imunidade sobre as receitas próprias de suas atividades, quanto ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, COFINS, IPTU, ITBI, Contribuição Sindical, entre outros, desde que cumpra alguns requisitos, como:
- Não remunerar dirigente, a qualquer título;
- Aplicarem integralmente, no país, os recursos na manutenção de seus objetivos;
- Manterem escrituração contábil de sua movimentação financeira e econômica;
- Conservar a documentação contábil, pelo prazo prescricional;
- Recolher os tributos retidos;
- Apresentar a Declaração de Rendimentos e demais obrigações acessórias pertinentes;
- Assegurar, em seu estatuto, no caso de extinção da entidade, a destinação de seu patrimônio a outra entidade semelhante;
- Outros requisitos previstos especificamente na legislação para gozo da isenção ou imunidade do tributo analisado.

Já as igrejas devem pagar, normalmente, as Contribuições Previdenciárias, Taxa de Lixo, Taxa de Iluminação Pública, tributos retidos, etc.

Portanto, deve ser analisado, caso a caso, se a Igreja cumpre ou não com os requisitos necessários para a obtenção da isenção ou imunidade do tributo analisado. Um profissional contábil, com experiência na contabilidade de Igrejas, certamente poderá assessorar os dirigentes a “Dar a Cézar o que é de Cézar”.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com

URL: http://www.institutojetro.com/Artigos/financas_e_contabilidade/isencao_imunidade_e_tributacao_das_igrejas.html
Site: www.institutojetro.com
Título do artigo: Isenção, imunidade e tributação das igrejas
Autor: Marcone Hahan de Souza

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os amigos de Jó


"... em vez de me consolarem, vocês me atormentam." Jó 16.2
Temos testemunhado uma sequência infindável de tragédias da natureza, como tsunamis, terremotos, inundações, secas, temperaturas de extremo calor, ou de frio (agora mesmo escrevo de um lugar com temperatura de -23° C). Tais desastres ambientais trazem consigo um número incalculável de vítimas que se foram, mas também vítimas que ficaram. Quando conhecemos alguém que morreu nessas circunstâncias, sentimos a dor por dentro. Caso contrário, a morte de milhões pode ser simplesmente uma estatística para comentar.
Histórias de calamidade me remetem ao ocorrido com Jó, narrado no livro mais antigo da Bíblia que leva seu próprio nome. Jó era alguém que tinha todo o tipo de benção que uma pessoa possa almejar: saúde espiritual, física e emocional, família, amigos e bens materiais. De repente - e como esses "de repentes" surpreendem - foi vítima de uma sequência de tragédias tais que o fizeram perder tudo e todos que mais lhe valiam. Em suas próprias palavras, tornou-se pele e osso. Pior, pele e osso em decomposição.



Em meio à miséria, choro e sofrimento, chegam seus amigos. Puxa, finalmente, um pouco de consolo. Consolo? O que fazem é acusar, oprimir, maltratar, atormentar, condenar, e, pior, tudo em nome de Deus. Em suas mentes e corações existe uma sentença clara: Jó é culpado! Tudo o que lhe aconteceu é fruto do seu pecado. Acham que a desgraça que se encontra prova sua culpa. Acreditam nisso que falam. Mas não percebem a sutil arrogância que se esconde nessas palavras. Quando apontam o dedo para o sofredor, não estando em sofrimento, promovem-se à condição de merecedores de sua vida abençoada. Esses sim são coitados, desprovidos de discernimento, equivocados em sua estrutura mental, errantes em seus pensamentos.
A miséria conduziu Jó à plena consciência de sua dependência de um redentor (Jó 19.25), de que nada do que tinha ou era provinha de si mesmo. (Jó 1.21) Em suas palavras, eu preciso de alguém que me defenda diante de Deus. (Jó 16.21) Sua dor trouxe um grito de clamor pela presença de Deus: Ó Deus, só tu podes garantir o meu livramento; quem mais tenho eu para ser meu fiador? (Jó 17.3) Mesmo que de uma maneira confusa, Jó expõe seu coração e Deus ouve sua oração. De uma forma estranha, mas maravilhosa, Jó enxerga a grandeza, soberania, poder, graça e amor de Deus. Aquele que antes só conhecia Deus de ouvir falar, passou a vê-lo com seus próprios olhos. (Jó 42.5)
Não sei sobre você, mas, volta e meia, sou flagrado com o mesmo comportamento dos amigos de Jó. Vejo calamidades e saio rapidamente com sentenças e julgamentos diretos, do tipo: "é fruto da idolatria", "é consequência da perversidade", "é julgamento divino", etc. Meu Deus, quanta ignorância e orgulho. Eu poderia ter sido a vítima dessa tragédia! Será que continuo achando que fui preservado por minha "bondade" ou "santidade"? Claro que não! Agora, se não fui atingido, tenho um papel a desempenhar. Somos chamados a consolar os que choram, animar os aflitos, trazer esperança aos desesperados, não como os amigos de Jó, mas como verdadeiros amigos. Ao invés de usarmos nossas mãos para apontar o dedo em acusação, devemos estendê-las para ajudar e abraçar.

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Título do artigo: Os amigos de Jó
Autor: Rodolfo Garcia Montosa