segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sofrimento no casamento cristão

Casamento pode ser doloroso – e o casamento cristão não é uma exceção. Quando dois pecadores estão em um relacionamento íntimo como o casamento, haverá muita coisa que poderá causar mágoa. Nossa carne irá se recusar a atender as demandas do auto sacrifício, serviço e humilhação, o que afeta uns aos outros para o mal. Haverá pecados, feridas agravadas, machucados. A dimensão irá variar em cada relacionamento. Alguns serão mais desafiadores que outros, mas todo casamento cristão experimenta alguma sorte de sofrimento.

Entretanto, isso não é completamente negativo (claro, nós não estamos nos referindo a relacionamentos abusivos). Se estamos puramente visando a alegria e a felicidade conjugal em nossos casamentos, então qualquer conflito, luta ou dor que acontecer será devastador. Mas esse não é nosso objetivo final no casamento cristão. Obviamente, oro por todos os casais jovens para que o casamento deles seja cheio de alegrias, e igualmente lamento por aqueles casais que não estão experimentando alegria, pois isso pode ser um fardo pesado para se carregar. Felicidade é bom, mas nenhum casamento cristão irá experimentar alegria ininterrupta. Claro, nós devemos buscar alegria, mas temos um objetivo maior em vista. Assim como em tudo em nossa vida, o grande objetivo de nosso casamento é a glória de Deus (1 Coríntios 10.31).

Essa verdade deve ser um conforto para os casamentos cristãos machucados, pois sabemos que, às vezes, a dor é a estrada pela qual deveremos viajar para alcançar o fim desejado (1 Pedro 4.13). Isso não tora, necessariamente, o sofrimento algo mais prazeroso, mas o torna mais suportável.


É de grande ajuda lembrar que o Senhor escolheu usar a instituição do casamento como uma das ferramentas do seu arsenal santo para nos refinar e nos moldar à imagem de Cristo. De diversas maneiras, o marido e a esposa cristã são como duas grossas lixas de papel colocadas juntas. Com o passar dos anos, as asperezas um do outro vão se esfregar, e, por causa disso e da graça de Deus, eles vão se tornando macios. Sua esposa, querido marido cristão, é um meio pelo qual o Senhor santifica você nessa vida. Ela é um presente. Da mesma forma, querida esposa cristã, seu marido é um meio pelo qual o Senhor está santificando você. Ele é um presente.

Com isso firmemente plantado na mente, nós começamos a ver nosso cônjuge como um aliado, ao invés de inimigo, quando as coisas ficam difíceis. Nosso cônjuge é um companheiro de trabalho no Reino. Nós estamos visando os mesmos propósitos, embora frequentemente fiquemos aquém deles. Nós sabemos que “nossa luta não é contra a carne e o sangue, e sim contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). Somos irmãos e irmãs, lado a lado, combatendo o bom combate da fé juntos. Não somos inimigos, adversários ou combatentes. Em vez disso, somos companheiros de peregrinação a quem Deus deu o dom de termos um cônjuge que o ama e nos ajuda durante a jornada para a cidade celestial. E, porque somos caídos, de tempos em tempos iremos machucar um ao outro. Mas isso não é o fim. Isso é, entretanto, outra oportunidade para crescermos em graça e piedade enquanto seguimos em frente.

Sofrimento vem e vai, mágoas virão e serão curadas, o perdão será procurado e será concedido; e no meio de tudo isso, Deus nos moldará à imagem de Cristo, nosso Senhor, para a Sua glória. Esse é um fim que vale a pena buscar, não importa o quão difícil essa estrada seja.


Por JASON HELOPOULOS

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Teologia bíblica e a crise da sexualidade

A sociedade Ocidental está experimentando atualmente o que só pode ser descrito como uma revolução moral. Nosso código social moral e avaliação ética coletiva sobre uma questão em particular têm passado não só por alguns ajustes, mas por uma reversão completa. Aquilo que já foi condenado hoje é celebrado, e a recusa em celebrar é agora condenada.
O que torna essa revolução moral e sexual tão diferente das revoluções morais anteriores é que ela está ocorrendo em uma velocidade sem precedentes. Gerações anteriores experimentaram revoluções morais por décadas, mesmo séculos. A revolução atual está se desdobrando na velocidade da luz.
Quando a igreja responde a essa revolução, precisamos nos lembrar que os debates atuais sobre sexualidade apresentam a ela uma crise que é irredutivelmente e inescapavelmente teológica. Essa crise é similar ao tipo de crise teológica que o Gnosticismo apresentou à igreja primitiva ou a que o Pelagianismo apresentou nos tempos de Agostinho. Em outras palavras, a crise da sexualidade desafia o entendimento que a igreja tem do que é evangelho, pecado, salvação e santificação. Advogados da nova sexualidade demandam uma rescrita completa da meta-narrativa da Escritura, uma completa reordenação da teologia e uma mudança fundamental na forma em que pensamos sobre o ministério da igreja.

Por que o Método da Concordância falha

Versículos-prova são o primeiro reflexo dos protestantes conservadores em busca de uma estratégica de resgate e reafirmação teológica. Esse reflexo hermenêutico vem naturalmente aos cristãos evangélicos porque acreditamos que a Bíblia é a palavra de Deus inerrante e infalível. Entendemos que, como B. B. Warfield disse, “quando a Escritura fala, Deus fala”. Eu deveria deixar claro que esse reflexo não é completamente errado, mas também não é completamente certo. Não é inteiramente errado porque certas partes da Escritura (isso é, os “versículos-prova”) falam de questões específicas de uma forma identificável e direta.
Existem, entretanto, limitações óbvias a esse tipo de método teológico – que eu gosto de chamar de “reflexo da concordância”. O que acontece quando você está lutando com uma questão teológica para a qual nenhuma palavra correspondente aparece na sua concordância bíblica? Muitas das questões mais importantes não podem ser reduzidas a meramente encontrar palavras relevantes e seus versículos correspondentes em uma concordância. Tente procurar “transgênero” na sua concordância. Que tal “lésbica”? Ou “fertilização in vitro”? Essas certamente não estão na minha.
Não é que a Escritura não seja suficiente. O problema não é uma falha nas Escrituras, mas uma falha em nossa abordagem a ela. A abordagem da concordância à teologia produz uma Bíblia rasa, sem contexto, aliança ou narrativa principal – três fundações hermenêuticas essenciais ao entendimento correto da Escritura.


 Necessário: uma teologia bíblica do corpo

Teologia bíblica é absolutamente indispensável para a igreja estabelecer uma resposta apropriada à atual crise sexual. A igreja precisa aprender a ler a Escritura de acordo com seu contexto, imersa em sua meta-narrativa e revelada progressivamente de forma pactual. Precisamos aprender a interpretar cada questão teológica por meio da meta-narrativa da Escritura de criação, queda, redenção e nova criação. Especificamente, os evangélicos precisam de uma teologia do corpo que esteja ancorada no próprio desenrolar da redenção contido na Bíblia.

Criação

Gênesis 1.26-28 indica que Deus fez o homem – diferente do resto da criação – à sua própria imagem. Essa passagem também demonstra que o propósito de Deus para a humanidade era uma existência física. Gênesis 2.7 destaca esse ponto também. Deus cria o homem do pó e então sobra nele o espírito da vida. Isso indica que nós éramos um corpo antes de sermos uma pessoa. O corpo, como se vê, não é incidental à nossa personalidade. A Adão e Eva é dada a comissão de multiplicar e dominar a terra. Seus corpos permitem, pela criação e pelo plano soberanos de Deus, cumprir essa tarefa de refletir a imagem e semelhança dEle.
A narrativa de Gênesis também sugere que o corpo vem com necessidades. Adão sentiria fome, então Deus deu a ele os frutos do jardim. Essas necessidades são uma expressão implícita na ordem criada de que Adão é finito, dependente e derivado.
Além disso, Adão teria a necessidade de companhia, então Deus deu a ele uma esposa, Eva. Tanto Adão quando Eva deveriam cumprir o mandato de multiplicarem e encherem a terra com reflexos da imagem de Deus por meio do uso apropriado da habilidade reprodutiva do corpo com o qual foram criados. Junto a isso há o prazer corporal que eles iriam experimentar quando os dois se tornassem uma só carne – isso é, um só corpo.
A narrativa de Gênesis também demonstra que o gênero é parte da bondade da criação de Deus. Gênero não é meramente uma construção sociológica imposta a seres humanos que poderiam, de outra maneira, negociar um sem número de permutações.
Mas Gênesis nos ensina que gênero foi uma criação de Deus para o nosso bem e Sua glória. Gênero tem o propósito do florescimento humano e é definido pela determinação do Criador – assim como Ele determinou quando, onde e que iríamos existir.
Em suma, Deus criou sua imagem como pessoas corpóreas. Por termos um corpo, nos é dado o dom e a mordomia da sexualidade pelo próprio Deus. Somos construídos de uma forma que testifica os propósitos de Deus nisso.
Gênesis também emoldura toda essa discussão em uma perspectiva pactual. A reprodução humana não é meramente para propagar a espécie. Pelo contrário, a reprodução destaca o fato de que Adão e Eva deveriam multiplicar para encherem a terra com a glória de Deus refletida em cada ser humano feito à Sua semelhança.

Queda

A queda, o segundo movimento da história redentiva, corrompe o bom presente de Deus que é o corpo. A entrada do pecado traz mortalidade ao corpo. Em termos de sexualidade, a Queda subverte os bons planos de Deus para o complementarismo sexual. O desejo de Eva é de dominar sobre seu marido (Gênesis 3.16). A liderança de Adão será dura (3.17-19). Eva experimentará muita dor no parto (3.16).
As narrativas que se seguem demonstram o desenvolvimento de práticas sexuais abomináveis, de poligamia ao estupro, que a Escritura retrata com notável franqueza. Esses relatos de Gênesis são seguidos da entrega da Lei, cuja intenção é refrear, entre outras coisas, o comportamento sexual abominável. Ela regula a sexualidade e expressões de gênero e faz pronunciamentos sobre moralidade sexual, travestismo, casamento, divórcio e uma miríade de outros assuntos fisiológicos e sexuais.
O Antigo Testamento também conecta o pecado sexual à idolatria. Adoração por meio de orgias, prostituição sacerdotal e outras distorções horríveis do belo dom de Deus que é o corpo são parte e parcela de uma adoração idólatra. A mesma conexão é feita por Paulo em Romanos 1. Tendo mudado “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Romanos 1.23), e tendo mudado “a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador” (1.25), homens e mulheres mudaram suas relações naturais uns com os outros (v. 26-27).

Redenção

Sobre a redenção, devemos notar que um dos aspectos mais importantes de nossa redenção é que ela vem por meio de um Salvador que tinha um corpo. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14; ver Filipenses 2.5-11). A redenção humana é alcançada pelo filho encarnado de Deus – que permanece encarnado eternamente.
Paulo indica que essa salvação inclui não apenas nossas almas, mas também nossos corpos. Romanos 6.12 fala do pecado que reina em nosso “corpo mortal” – o que implica na esperança de uma redenção corporal futura. Romanos 8.23 indica que parte de nossa esperança escatológica é “a redenção do nosso corpo”. Mesmo agora, em nossa vida de santificação, somos ordenados a apresentar nossos corpos como um sacrifício vivo em adoração (Romanos 12.2). Mais adiante, Paulo descreve o corpo redimido como um templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19) e devemos entender claramente que a santificação tem efeitos no corpo.
A ética sexual do Novo Testamento, assim como no Antigo, regula nossas expressões de gênero e sexualidade. A porneia, imoralidade sexual de qualquer tipo, é condenada categoricamente por Jesus e pelo apóstolos. Assim, Paulo claramente indica à igreja de Corinto que o pecado sexual – pecados cometidos no corpo (1 Coríntios 6.18) – são o que levam a igreja e o evangelho à vergonha, porque eles proclamam ao mundo que nos assiste que o evangelho não teve efeito algum (1 Coríntios 5-6).

Nova Criação

Finalmente, chegamos ao quarto e final ato do drama da redenção – a nova criação. Em 1 Coríntios 15.42-57, Paulo nos dirige não apenas à ressurreição de nossos próprios corpos na nova criação, mas ao fato de que a ressurreição física de Cristo é a promessa e o poder dessa esperança futura. Nossa ressurreição será a experiência da glória eterna no corpo. Esse corpo será uma continuação consumada e transformada de nossa existência corporal atual, da mesma forma que o corpo de Jesus é o mesmo corpo que ele tinha na terra, embora completamente glorificado.

A nova criação não será simplesmente um recomeço do jardim. Será melhor que o Éden. Como Calvino notou, na nova criação iremos conhecer Deus não somente como Criador, mas como Redentor – e essa redenção inclui nossos corpos. Iremos reinar com Cristo de forma física, assim como ele é o Senhor encarnado e soberano.
Em termos de nossa sexualidade, enquanto o gênero ainda continuará na nova criação, a atividade sexual não. Não é que o sexo será anulado na ressurreição; pelo contrário, ele será cumprido. O banquete escatológico das bodas do Cordeiro, para onde o casamento e a sexualidade apontam, finalmente ocorrerá. Não haverá mais necessidade de encher a terra com a imagem de Deus, como era o caso de Gênesis 1. Pelo contrário, a terra será cheia do conhecimento da glória de Deus, como as águas cobrem o mar.

Teologia bíblica é indispensável

A crise da sexualidade tem demonstrado o fracasso do método teológico de muitos pastores. O “reflexo da concordância” simplesmente não é capaz de produzir o tipo de rigoroso pensamento teológico necessário nos púlpitos de hoje. Pastores e igrejas precisam aprender sobre a indispensabilidade da teologia bíblica e precisam praticar a leitura da Escritura de acordo com sua própria lógica interna – a lógica de uma história que vai da criação à nova criação. A tarefa hermenêutica perante nós é grande, mas também é indispensável à abordagem evangélica fiel da cultura.

Por Albert Mohler Jr

Fonte: Reforma 21 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Sauron, Satanás e a incapacidade do mal de entender o bem

Em seu maravilhoso livro On the Shoulders of Hobbits [Sobre os ombros de Hobbits], Lou Markos tem algumas coisas profundas e belas para dizer a respeito da natureza do bem e do mal. Uma seção que se destacou em particular está no capítulo 15, “Cego pela luz”, em que ele expõe a incapacidade do mal de permanecer diante da luz do bem, ou até mesmo entendê-la. Markos desenvolve de maneira magistral essa realidade. Primeiro ele cita Tolkien em O Retorno do Rei, quando Gandalf explica a Aragorn porque Frodo e Sam tem qualquer esperança de atravessar Mordor para destruir o Anel:
Que poderíamos desejar destruí-lo e não colocar ninguém em seu lugar é um pensamento que não lhe ocorre. Que possamos tentar destruir o próprio Anel é algo que não entrou nem em seus sonhos mais escuros.
Markos prossegue e escreve sobre as verdades mais profundas de todas as obras de Tolkien:
A razão pela qual Sauron não imaginou o real propósito da Sociedade do Anel não é que ele seja um tolo ou mesmo que seja orgulhoso, mas é que ele simplesmente não conseguia conceber que alguém seria capaz de abrir mão de tal poder. Ele é completamente cego aos caminhos e motivações da bondade; tal Luz é brilhante demais para seus olhos tenebrosos contemplarem.
Pense nisso por um instante, nessa ideia das limitações do mal e do perverso. A incapacidade de Sauron de reconhecer um motivo bom, nobre, humilde e sacrificial foi sua queda. Ele não conseguiria conceber que alguém voluntariamente abriria mão de imenso poder ou disposto a arriscar a própria vida para fazê-lo, mas alguém o fez, na verdade, todo um grupo o fez. No fim, foi a incapacidade de Sauron de reconhecer o bem que levou ao fim do mal na Terra Média.

 Quando li isso, todas as minhas leituras dos evangelhos vieram à mente. Por muito tempo tenho lido a vida, a morte e a ressurreição de Jesus como uma vida de vitória. Mas eu tenho lido como se fosse uma vitória em uma batalha, como se na cruz Satanás estivesse gritando “Nããããããoooo!” com sua voz de vilão, enquanto murchava em derrota. Eu via como uma luta “mano a mano” entre Jesus e Satanás, com Jesus finalmente vencendo. Essa não era necessariamente uma imagem mental consciente, mas era um senso que eu tinha. Quão errado eu estava.
O que Markos escreveu me mostrou claramente que a coisa mais inteligente que Satanás poderia ter feito para condenar o mundo à destruição era manter Jesus vivo. Mas, como Sauron, Satanás é incapaz de entender humildade, serviço e sacrifício. A humanidade necessitava de um sacrifício perfeito para pagar nossa dívida com Deus e, ao invés de manter esse sacrifício longe da cruz, Satanás estava mais do que disposto a colocá-lo lá. A moeda e a linguagem de Satanás são de poder e domínio; é por isso que ele quis que Jesus se ajoelhasse perante si no deserto. Ele só entende a busca da auto-realização e a conquista da autoglorificação. Satanás estava tão disposto a destruir o bem que não percebeu que estava sendo usado por Deus. Ao tentar alcançar a vitória sobre Jesus o matando, Satanás condenou a si mesmo.
A vitória de Deus sobre Satanás não foi uma luta épica de iguais, mas sim aaquele que é onisciente desenrolando um plano de salvação no qual Satanás se encaixou como a perfeita marionete, por conta de sua própria incapacidade de reconhecer o bem. Satanás, com todos os seus esforços de derrotar Jesus, garantiu a própria ruína – tudo parte do plano de Deus. Minha própria admiração pela sabedoria de Deus aumentou por conta dos lugares a que Lou Markos me levou nessas páginas, sobre os ombros de Hobbits.

Por: Barnabas Piper

Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
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segunda-feira, 30 de junho de 2014

10 personalidades que não podem existir em um casamento cristão

Minha querida esposa e eu estamos casados há dezesseis anos. Aprendemos muito ao longo desse tempo. O que começou turbulento deu lugar a uma união doce e gloriosa. É raro o dia em que eu não agradeço ao Senhor pela minha esposa. Nosso casamento não é perfeito porque nenhum de nós é perfeito (embora ela com certeza esteja mais perto da perfeição do que eu). Mesmo assim, posso dizer pela graça e misericórdia de Deus que nós temos um bom casamento.

Existem diferentes lições que aprendemos ao longo desses dezesseis anos. Algumas foram mais doloridas do que outras e algumas são lições que continuamente terão que ser aprendidas. Como um pastor que aconselhou muitos casais e como um veterano de dezesseis anos de casamento, encontrei essas dez personalidades que não podem existir em um casamento cristão.


1. Agente secreto: não podemos ter expectativas secretas. Nosso cônjuge deve saber e devemos dar voz às nossas expectativas no relacionamento dentro do casamento. Não é justo e nem sábio esconder esses pensamentos de nossos companheiros. Eles precisam saber. Se não desejamos dar expressão para uma expectativa, então não deveria haver uma. Na verdade, por vezes, estamos relutantes em compartilhar essas expectativas silenciosas porque, uma vez que as escutarmos em nossas bocas, perceberemos o quão mesquinhas e desnecessárias elas são.


2. Debatedor: debates são bons na política, na sala de aula e no bebedouro. Eles não ajudam no casamento. Nunca discuta apenas por discutir em seu casamento. Não debata para ganhar um argumento, uma rodada ou um plano. É um jogo em que todos perdem. Esteja disposto a discutir e discordar, mas nunca debater.

3. Guerreiro: nosso conflito não é com nossa esposa. Nossa luta não é “contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). Nosso cônjuge nunca deve ser visto como nosso adversário e nós não devemos ser vistos como os adversários deles. Estamos unidos em Cristo para lutarmos a batalha ao lado um do outro, não um contra o outro. Eu não sou o inimigo dela e ela não é minha inimiga. Somos compatriotas e soldados companheiros de braços dados contra o mal enquanto nosso Senhor Jesus nos guia em sua santa e boa luta. Que nós possamos nos “estimular ao amor e às boas obras” (Hebreus 10.24) e não contra uns aos outros.


4. Mamãe/Papai: A maioria de nós ama ser pai, mas isso não deve ultrapassar nosso chamado enquanto marido e esposa. É um erro grave colocar nossos filhos no lugar do nosso casamento. Se nosso casamento está sofrendo, nossas crianças estão sofrendo. Se nosso casamento é próspero, a cascata de bênçãos desce aos nossos filhos como o óleo derramado na cabeça de Arão descendo por sua barba (Salmo 133). É como o orvalho do Hermom que desce nas montanhas de Sião – dá a vida.


5. Inquiridor: o pecado de nossa esposa não é apenas algo que ela “tem que resolver”. Nem os pecados dos maridos são problemas que eles tem que “superar”. Estamos unidos juntos. Somos uma carne (Gênesis 2.24). Deus nos deu um ao outro para andarmos em retidão de mãos dadas. Que nós levemos as cargas uns dos outros para cumprirmos a lei de Cristo (Gálatas 6.2).


6. Substituto do Espírito Santo: uma das grandes armadilhas de um casamento cristão é estar mais preocupado com o estado espiritual de meu cônjuge do que de mim mesmo. É um tipo de espiritualidade que vem na forma de amor e retidão quando na verdade não diz respeito a essas coisas. No lugar disso, é algo repleto hipocrisia. Nós não somos o Espírito Santo e não somos a consciência de nossos cônjuges. É muito fácil sermos distraídos de nossas próprias responsabilidades quando temos nosso alvo fixado no outro.


7. Covarde: amar e apreciar a graça não significa evitar todas as coisas difíceis no casamento. Alguns maridos e esposas cristãs estão confinados pela falsa-crença de que ser centrado na graça significa evitar todo conflito, desacordo e confronto. Somos “pessoas da graça” e, algumas vezes, a maior manifestação dessa graça é disposição em tratar de assuntos difíceis e caminhar por questões duras. Uma esposa graciosa falará a verdade, sempre em amor, mas falará a verdade (Efésios 4.12) para que seu marido e seu casamento melhorem para a glória de Deus.

8. Acusador: coisas esquecidas do passado não são armas a serem usadas no presente. Não importa se são pecados ou erros cometidos antes do casamento ou depois dos votos serem feitos. Não importa se são erros particularmente contra você ou outra pessoa. Assuntos perdoados são perdoados. Existem consequências? Claro. Devemos falar dessas coisas para o conselho ou orar juntos sobre ela? Sim. Mas essas coisas não são uma britadeira a ser usada em tempos de contenda, um exemplo a ser usado pelo bem da argumentação nem um pensamento para manter nossos cônjuges cativos aos nossos desejos. Eles foram enterrados em um abismo profundo e selados com nosso perdão pela graça de Deus. Ali eles devem permanecer, a não ser que precisem ser trazidos em pauta e nunca como algo a ser levantado contra o outro.


9. Ego-monstro: [O amor] não procura os seus interesses (1 Coríntios 13.5). Não devemos buscar nosso interesse em primeiro lugar. Se ambos estamos buscando o interesse do outro, então ambos interesses serão satisfeitos, não relutantemente, mas voluntariamente.


10. Ditador: o casamento cristão não deve ser dominado por um cônjuge ou outro. O marido é o cabeça da união (Efésios 5), mas ele não é o rei. Tanto o marido quanto a mulher servem a um único rei. Ele dita as regras, características e propósitos para a relação. Seja nossa inclinação quanto à busca de controle no casamento pela força ou pelo silêncio passivo-agressivo, ela é errada. Não podemos tentar dominar onde não temos nenhum direito. Em última instância, esse casamento não é “nosso” para fazermos dele o que quisermos. É dele. Recai sobre o domínio dele e ambos servimos ao seu reino, não ao nosso. Nosso casamento deve ser um sinal terreno vivo que aponta para a realidade da união de Cristo com a igreja (Efésios 5). Isso é o que deve dominar, ditar e governar nossos casamentos: a glória de Cristo, nosso Rei, Cabeça e Noivo exaltado. Não nós. Quão maravilhoso é um casamento cristão!

por Jason Helopoulos | 24 de junho de 2014
Traduzido por Kimberly Anastacio | Reforma21.org | Original aqui Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.











segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pornolescência

Vai levar tempo – décadas, pelo menos – antes de conseguirmos calcular o custo preciso de nosso vício cultural em pornografia. Porém, como cristãos, nós sabemos o que significa adulterar o plano claro e inequívoco de Deus para a sexualidade: o custo será alto. Ele deve ser alto.
Todos nós sabemos que o custo será alto em famílias fraturadas e pais, maridos e esposas inconsoláveis. Já estamos vendo muitos desses casos e cada um deles é uma tragédia particular. Nós sabemos que o custo será alto nos incontáveis milhares de mulheres que são usadas e abusadas na frente das câmeras para serem violadas para o prazer de outros. Esta também é uma tragédia repugnante. Mas um custo negligenciado, que ficará claro com o tempo, é que a pornografia está roubando os melhores anos de um milhão de rapazes e moças cristãs. A pornografia está dominando suas vidas durante a adolescência e os vinte anos. Está controlando suas vidas durante esses anos quando há muita energia e pouca responsabilidade, quando o mundo se abre diante deles e as possibilidades são infinitas, quando eles estão traçando as trajetórias para o resto de sua vidas. Seus sonhos e seus talentos estão sendo embaraçados e esmagados por um compromisso descuidado com o pecado.


Assim, muitos jovens cristãos têm detido seu crescimento espiritual naquilo que eu chamo de pornolescência. Pornolescência é aquele período em que a pessoa é velha e madura o suficiente para saber que pornografia é errado e exige um alto preço, mas imatura ou apática demais para fazer alguma coisa sobre isso.Pornolescência é aquele período em que ela sente a culpa por seu pecado, mas ainda gosta demais dele para abrir mão.
Ele pode fazer o ocasional pedido de ajuda, ou instalar o Covenant Eyes (mas mantendo uma alternativa para quando estiver realmente pegando fogo), ou procurar um parceiro para prestar contas. Mas ele não quer realmente parar. Ainda não. Ela pode telefonar para uma amiga ocasionalmente ou planejar uma conversa com uma mulher mais velha na igreja, mas, no fim, sua vergonha interna pesa mais que seu desejo por santidade. E assim, ela continua, noite após noite.
Isso é pornolescência, aquele período entre enxergar o pecado pelo que ele é e realmente mortificá-lo, aquele período entre a profunda convicção de imoralidade e o compromisso obstinado com a pureza. Para algumas pessoas, isso dura dias, mas, para um grupo muito maior, dura anos. Muitos jovens – jovens demais – estão crescendo muito lentamente hoje. Seu despertar sexual está chegando muito cedo e entre todo tipo de circunstâncias erradas, e isso está atrasando todos os outros tipos de maturidade. Em especial, isso está atrasando sua maturidade espiritual.

1 Tessalonicenses 4.3 deixa isso claro como o dia: “A vontade de Deus para vós é esta: a vossa santificação;  por isso, afastai-vos da imoralidade sexual”. Um crescimento cristão em santidade e seu desenvolvimento em maturidade cristã estão direta e inextricavelmente ligados à pureza sexual. Uma pessoa não pode buscar a Deus com todo empenho enquanto também busca a pornografia com todo empenho. É um ou outro, não um e outro. Deus não será zombado.
Deus não permitirá que você alcance o topo das montanhas espirituais enquanto rasteja na sujeira pornográfica.
Deus não permitirá que você cresça em maturidade cristã enquanto você chafurda em sua incessante pornolescência.
E eu acho que o tempo provará que este é um dos custo mais sombrios da pornografia: ela está roubando os melhores anos de jovens cristãos demais. Está tolhendo seu crescimento espiritual e atrasando seu ingresso no serviço e ministério cristãos. Essas são as pessoas que representam o futuro da igreja – futuros presbíteros, futuros diáconos, futuras líderes de ministérios femininos, futuros líderes da juventude, futuros professores de crianças, futuros mentores, futuros missionários, futuros professores de seminário, futuros defensores da fé, futuros líderes denominacionais e assim por diante. Mas, a cada clique, a cada vídeo, a cada exposição desavergonhada ao que Deus considera detestável, eles escolhem adorar um deus no lugar do Deus. E, tudo isso, enquanto atrasam seu ingresso na maturidade, na liderança, em quem e naquilo que Deus os chama para ser.
Se este é você, escute meu apelo: por causa da igreja de Cristo e por amor  à igreja de Cristo, mortifique esse pecado. Faça isso por Ele e faça por nós.

por Tim Challies   Fonte:Reforma 21

Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui
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quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Plano para uma família livre de pornografia

Eu sou pai de três filhos que são totalmente parte de uma era digital. Eles estão tão à vontade com iPods quanto eu estou com um livro e somente conhecem um mundo aonde quase todos nós temos os nossos celulares conosco o tempo todo, aonde o Facebook é um rito de passagem de um adolescente, aonde cada casa tem cinco ou dez ou vinte aparelhos que podem acessar o resto do mundo através da Internet. E mesmo assim eu sei dos perigos que se escondem, esperando fisgá-los.
Eu quero proteger meus filhos de um mundo assim, mas eu quero fazer mais que isso. Eu quero disciplinar meus filhos a viver virtuosamente, a usar essas novas tecnologias para um bom fim ao invés de mau. Eu creio que isto é uma parte crucial no meu chamado como pai. Para suprir essa necessidade, eu desenvolvi o que eu chamo de O Plano da Família Livre da Pornografia.  É um plano desenvolvido para proteger meus filhos de perigos online para que assim eu possa treiná-los a usarem bem os seus aparelhos tecnológicos. 

 

O PLANO DA FAMÍLIA LIVRE DA PORNOGRAFIA

Um plano completo precisa levar em conta três tipos de aparelhos:
Aparelhos fixos.
 Esses aparelhos serão usados somente em casa. Aqui nós temos computadores no escritório de casa ou Televisão com acesso à internet e consoles de jogos eletrônicos. Pais conseguem ter um nível significativo de controle sobre esses aparelhos.

Aparelhos móveis.
 Essas são os laptopstabletssmart phones e outros aparelhos que podem ser usados em casa, mas também podem ser levados para fora de casa e usados em qualquer lugar. Pais tem um nível menor de controle sobre esses aparelhos.

Aparelhos de outras pessoas.
Esses são os computadores que as crianças usam na casa de outras pessoas ou o tabletque outras crianças podem mostrar para os seus amigos. Pais tem controle zero sobre esses aparelhos.
Nisso tudo há dois objetivos maiores: Prevenir aqueles que querem achar pornografia e proteger aqueles que não querem achar, mas que podem se pegar expostos a isso, frustrar aqueles que querem ver pornografia e defender aqueles que não querem. E enquanto o plano é orientado especificamente a combater pornografia, também ira ajudar a lutar contra outros perigos online.
 O Plano para uma família livre de pornografia consiste de 4 passos: Planejar, Preparar, Encontrar e Monitorar.

 

PLANEJAR

Você já deve ter ouvido a máxima: Se você falha ao planejar, você planeja falhar. A máxima se aplica bem ao o que estamos tentando alcançar aqui. Um plano de sucesso precisa incluir todos os aparelhos na sua casa que tenham acesso à Internet e uma tela. Então, mãos a obra.

Passo 1: Inventário
Você precisa saber exatamente quantos aparelhos podem ter acesso à internet na sua casa. Para fazer isso, você precisará fazer um inventário. Faça uma lista com todos os aparelhos que podem ter acesso à internet: computadoresdesktops, laptops, tablets, e smartphones. Não se esqueça do Playstation 3, Xbox, televisores com acesso à internet, Apple TV, iPods, e leitores digitais (de e-books). Até mesmo um leitor Kindle tem capacidade de fazer pesquisas básicas na rede. Recentemente uma família relatou que após fazer isso eles ficaram em choque ao saber que tinham 22 aparelhos no inventário.

Passo 2: Orçamento
Decida se você está disposto a fazer segurança da Internet uma despesa regular e recorrente todo mês. Antes gastáva-se dinheiro para ter acesso à pornografia, hoje geralmente gastamos dinheiro para evita-lá. Apesar de haver opções gratuitas disponíveis, os melhores serviços tem um custo. Um orçamento de 20-25 dólares ( aproximadamente 45 a 65 reais) por mês permitirá que uma família a tire proveito do que há de melhor no mercado.

Passo 3: Aprender
Agora que você fez o seu inventário e tem uma melhor compreensão de quantos aparelhos o seu plano precisará levar em conta, é hora de aprender sobre as opções disponíveis que existem para proteger aqueles que os usam. Há quatro extensas categorias de proteção:

Filtragem: Filtragem proativa detecta e bloqueia certos conteúdos ilegais ou indesejáveis. (exemplos: se seu filho faz uma pesquisa na internet por “garotas nuas”, irá bloquear a pesquisa; se a sua criança por engano clicar em um link para uma página de um site de pornografia, irá bloquear o acesso ao site.).

Prestação de contas. Accountability software rastreia web sites visitados por diferentes aparelhos e então prepara e entrega relatórios regularmente. (exemplo: Se seu filho visitar um website pornográfico ou tentar fazer uma pesquisa por “garotas nuas”, o Accountability software irá detectar e incluir isto em um relatório que será enviado para o seu e-mail.).
Controle dos Pais. Controle dos Pais é o bloqueio certas funções de aparelhos modernos (exemplo: previne o uso de um navegador da internet em um iPOd Touch, previne o uso do aplicativo do Facebook em um tablet.)

Comunicação: Nós não podemos contar com a tecnologia para resolver todos os nossos problemas, então o plano deveincluir constante, comunicação franca e aberta.
Nenhuma dessas categorias oferecem proteção completa, então o plano inteligente deve usar uma combinação de todos os quatro. O Plano para uma família livre de pornografia usa as seguintes ferramentas:
  • OpenDNS. OpenDNS utiliza filtragem para bloquear automaticamente sites censuráveis ​​para cada dispositivo conectado à sua rede doméstica. Ele é ativado através de uma pequena alteração nas configurações do seu roteador existente.
  • Covenant Eye. Covenant Eye rastreia os sites visitados por seus computadores e dispositivos móveis e envia relatórios via e-mail; ele também oferece filtragem opcional que pode ser configurada especificamente para cada membro de sua família.
  • Parental Controls. Parental controls permite que os pais possam desativar certas funções nos aparelhos.
  • Reuniões. A ferramenta mais indispensável é a comunicação regular, livre, deliberada entre os pais e seus filhos.
Passo 4: Discutir
Antes de você executar o plano, talvez seja uma boa idéia fazer uma reunião com a sua família para explicar o que você está prestes a fazer e o que você espera alcançar com isso.  Você irá abalar sua família ao estabelecer regras que irá impactá-los, por isso seria sábio discutir essas coisas com eles.

 

PREPARAR

Vamos começar a colocar esse plano em ação. Isso levará algumas horas, então disponha de tempo, faça um cafezinho pra você e mãos a obra!

Passo 1: Crie Senhas
Senha Master: No topo da lista está criar uma senha máster. Todo o seu plano irá falhar se você escolher uma senha ruim ou fracassar em protegê-la.  Faça isso bem feito (algo que seja difícil de adivinhar e que combine letras com números) e certifique-se de armazená-la em algum lugar seguro se você não está certo de que vai se lembrar dela. Você talvez também precise criar uma senha máster de 4 dígitos para aparelhos celulares.
Senhas da Família. Você também precisará criar uma senha para todas cada pessoa em sua casa. Crie senhas que serão fáceis para eles se lembrarem, mas difícil para os outros adivinharem. Todos os filhos precisam saber sua própria senha e somente sua senha. Certifique-se de guardar essas senhas em algum lugar seguro. Se seu filho usa celular, você também precisar criar uma senha para o seu filho – geralmente códigos de 4 dígitos. Mais uma vez, certifique-se que você saiba esses códigos e guarde-os em um lugar seguro.

Passo 2 : Cadastrar-se e Cria Contas
Com suas senhas no lugar, é hora de se cadastrar para os serviços que você irá utilizar. OpendDNS. Começaremos por instalando o OpendDNS. Visite OpenDNS (www.opendns.com) e procure pelo Parental Control Solution (Solucao de Controle dos Pais). OpeDNS Family Shield (Protetor Familiar OpenDNS) é um ótimo lugar para se começar (Outra opção é o Home VIP OpenDNS, uma solução de primeira qualidade e custa 19.95 dólares ao ano). Crie um conta de usuário para você usando sua senha master. Dê uma olhada em outras opções de filtragem e instale aquelas apropriadas para sua família. Independentemente do que você estabelecer aqui, isso será aplicado a todos os aparelhos que acessam a internet pela sua rede mãe.
Nota: é melhor instalar o filtro para bloquear mais coisas do que menos, e liberá-las se e quando você achar que esteja bloqueando muitos sites.
Covenant Eyes. Você instalou a sua filtragem; agora é hora de instalar o seu software de prestação de contas. Visite Covenant Eyes (www.covenanteyes.com) e crie uma conta usando sua senha máster. Adicione cada membro da sua família como usuário e use a senha que você criou para cada um deles.
Registre cada usuário para monitorar a prestação de contas e ter os relatórios enviados ao seu endereço de e-mail a cada 3 a 7 dias. Escolha um nível de prestação de contas adequado à idade e maturidade de cada um.
Se você quiser ter uma filtragem específica para um usuário, além da filtragem geral com OpenDNS, configure isso também. Escolha um nível de filtragem apropriado à idade e maturidade de cada pessoa. Também pode ser sábio desativar o acesso à Internet durante determinados períodos (Exemplo: Desabilitar todo o acesso à Internet para os seus filhos depois das 21:00 e antes das 7:00).
Nota: É melhor definir o filtro e prestação de contas para bloquear e denunciar mais e relaxar nos níveis de filtragem somente se e quando ele estiver “pesado”.
Computadores. Agora você precisa criar contas de usuário em cada um dos seus computadores e laptops e tablets (se eles permitem múltiplos usuários).
Para cada computador em sua casa, você terá de criar uma conta para cada pessoa que o usa. Isto significa que se há cinco pessoas na sua família e que cada uma usa o computador da família, você terá de criar cinco contas, uma para cada um deles.
Crie uma conta para si mesmo usando a senha master e configure para você privilégios de administrador.
Em seguida, crie uma conta de usuário para cada membro da família usando a senha que você criou para eles; certifique-se que eles não tenham privilégios de administrador.
Deixe-me dar um aviso: Este passo pode ser trabalhoso, especialmente se você tiver vários computadores. Persevere!

Passo 3: Instale o Software
Agora que nós criamos todas as contas, podemos instalar e ativar o OpenDNS e Covenant Eyes.
Instale o OpenDNS no seu roteador. OpenDNS é ativado com uma simples mudança no roteador da sua casa e administrado por uma interface online em www.opendns.com. Você terá que se dirigir a OpenDNS para aprender como mudar as instalações necessárias. Assim que você fizer isso, sua filtragem será ativada. Simples assim, você já começou a proteger a sua família.
Instale Covenant Eyes em todos os laptops e desktops da sua casa. Visite www.covenanteyes.com, entre na sua conta, baixe o software apropriado, e instale-o. Entre em cada conta em cada computador e se assegure de que o software Covenant Eyes está funcionado corretamente (procure pelo ícone “o olho aberto”).
Aparelhos de celular. Se você tiver decidido permitir o acesso de navegador em seus celulares, instale o navegador Covenant Eyes  (normalmente, visitando uma loja de aplicativos e baixando o aplicativo). Nota: Se você deseja ter Covenant Eyes  em seus celulares, você também vai precisar usar o Parental Controls (veja abaixo) para bloquear o acesso a qualquer outro navegador nesses dispositivos.
Consoles de Jogos. Remover o acesso do navegador de Internet em todos os consoles de jogos. Considere também remover o acesso ao YouTube, Netflix e outros sites de vídeo.
Outros dispositivos. Volte ao seu inventário e veja quais outros dispositivos que você precisará considerar. Seu plano só será forte quando atingir o seu ponto mais fraco.

Passo 4: Aplicando o Parental Controls
Instale Parental Controls em todos os celulares. Para que isso seja eficaz nos aparelhos dos seus filhos, você precisará definir uma senha de controle dos pais e usar essa senha para garantir que somente você tenha acesso aos controles parentais. Aqui estão as configurações que eu recomendo para os aparelhos utilizados por crianças:
Assegure que os aparelhos travem assim que não estiverem em uso.
Desligue navegador de web. Se seus filhos precisarem navegar na web, instale o navegador Covenant Eyes e use o Controle dos Pais para bloquear todos os outros navegadores.
Desligue a capacidade de instalar novos aplicativos sem introduzir a sua senha.
Desligue a capacidade de mudar a própria senha deles ou informações da conta.
Considere desligar Facebook, Twitter e outros aplicativos de mídia social (já que esses aplicativos têm, frequentemente, um navegador embutido que lhes permitirá visitar sites enquanto ignorando todos os softwares de prestação de contas).
Considere desligar o acesso a câmera se você estiver preocupado que o seu filho possa fazer um mau uso da mesma. Seja especialmente cauteloso com aplicativos que combinem mídia social com câmera (Snapchat, Instagram, etc). Parabéns! Você conseguiu. Você sabe quais são os aparelhos que você tem em casa e você lidou com cada um deles ao instalar filtros e o software de prestação de contas. Só há um problema: Todos na sua família estão chateados com você! Então agora é o momento para aquela reunião em família.

REUNIÃO

Nós tendemos a crer que problemas causados pela tecnologia podem se resolvidos com mais tecnologia. Entretanto, mais forte, melhor e duradouro do que a melhor tecnologia que há, é o caráter. A reunião da família é onde você discutirá e enfatizará a importância de um crescimento de caráter.
Eu sugiro ter uma reunião de família para discutir o sistema, e frequentes reuniões individuais com seus filhos para fazer perguntas especificas e pedir um retorno especifíco.

Passo 1: Reunião de família
O conteúdo da reunião de família irá depender em certo grau da idade dos filhos. Aqui estão algumas ideias para pontos de discussão:
Por causa do seu interesse do bem estar deles, você tomou algumas atitudes para protegê-los enquanto eles usam a internet. Explique que você não vê seus filhos como criminais ou viciados em pornografia, mas que você espera protegê-los de perigos da rede. Dependendo da idade dos seus filhos, talvez essa seja uma boa hora para explicar que há tantas pessoas que sofrem com pornografia que existe a possibilidade de que um dia eles irão enfrentar a tentação também.
Privacidade. Seus filhos – e especialmente os mais novos – não devem ter nenhum expectativa de privacidade quando eles usam os seus aparelhos. Eles devem saber que você tem a liberdade de checar os aparelhos sem a permissão deles e que tudo que eles fizerem online irá gerar um relatório que você irá monitorar. Você esta fazendo isso com o objetivo de ama-los e protegê-los.
Senhas. Todos devem saber a importância das senhas e que você espera que eles protejam a deles. Eles não devem compartilhar suas senhas com seus irmãos ou com seus amigos.
Prontidão. Você precisa falar com seus filhos sobre segurança na internet fora de casa. Converse com eles sobre o que fazer se eles estão acessando aparelhos em casas de outras pessoas. Explique a eles o que devem fazer se alguém lhes mostra material pornográfico ou qualquer outra coisa inadequada.
Mamãe e papai. Se vocês tiverem decidido que também irão manter o padrão e que irão usar software de filtragem e accountability (algo que eu recomendo!), Este é um bom momento para explicar para as crianças.

Passo 2: Reuniões individuais
Pais e seus filhos terão um beneficio tremendo por conversarem regularmente sobre os perigos online e suas preocupações. As conversas irão variar muito dependendo da idade e nível de maturidade da criança. Aqui estão algumas perguntas que você deve pensar em fazer:
Você tem se sentindo tentado em pesquisar por coisas que você não deveria na rede?
Você sabe se seus amigos estão vendo pornografia e falando sobre isso?
Você viu pornografia desde a última vez que nós conversamos?
Eu creio que você tenha se preparado para algum tipo de rejeição e frustração, especialmente no começo. Seus filhos provavelmente irão descobrir que eles não poderão acessar certos tipos de sites ou que eles precisão colocar senha onde antes eles não era necessário.
Sua esposa poderá descobrir que ela não poderá acessar certos tipos de site que ela quer.
Persevere, e resolva cada problema assim que ele surgir.

MONITORE

O plano está em vigor, e sua família agora esta se beneficiando de um certo nível de proteção. Mas esse não é um plano que você simplesmente começa e deixa seguir o seu curso. Ele requer monitoramento e manutenção.
Covenant Eyes Reports. Covenant Eyes irá enviar relatórios regularmente. Não espere que esses relatórios sejam tão uteis quanto você gostaria. Você ira precisar de tempo – dois ou três minutos – para analisar cuidadosamente o relatório procurando por qualquer coisa que pareça errada.  Acompanhe qualquer um dos seus filhos que o relatório tenha mostrado uma bandeira vermelha.
Relatório OPenDNS. OPenDNS também recolhe relatórios, incluindo páginas e pesquisas que tenham sido bloqueados. Enquanto você não descobre quem é responsável por esses bloqueios, seria bom ficar de olho neles, para procurar padrões, e assim por diante.
Ajuste. À medida que seus filhos crescem você pode achar que precisará ajustar seus privilégios. Você também descobrirá que, à medida que eles crescem, enfrentam maiores tentações que exigirá menos privilégios.
Mantenha. Covenat Eyes atualiza o seu software regularmente. À medida que eles fazem isso, você deverá instalar as novas atualizações.

 

CONCLUSÃO

E este é o plano para uma família livre de pornografia. Levará algumas horas de trabalho duro para instalar, mas é um tempo bem investido.
Mesmo assim esse não é um plano infalível – nenhum plano é infalível. Haverá maneiras de contornar isso para aqueles empenhados em encontrar esses caminhos. . Covenant Eyes ocasionalmente irá bloquear alguma coisa que não seja perigosa; OpenDNS as vezes irá falhar em filtrar algo que obviamente deveria ter sido bloqueado.
Mesmo assim o plano será eficaz para a maioria das famílias na maioria dos casos. Você esta no caminho certo para ensinar e proteger seus filhos.
Leia a Parte 1 aqui.
Por Tim Challies
Traduzido por Alessandra Brotto e gentilmente cedido pelo site Mulheres Piedosas | original aqui

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Namoro Cristão: Como Recuperar a Pureza em um Namoro em que se está tendo Relações Sexuais? Parte 1

Eu estive em uma relação de 5 anos de namoro e estávamos comprometidos para nos casarmos , porém vivíamos em pecado sexual. Sempre prometíamos que nunca mais íamos fazer, que estávamos “dispostos”, que íamos mudar. Isso durava somente 6 meses, logo estávamos de volta tendo relações sexuais, e assim voltávamos ao mesmo ciclo vicioso pecaminoso.
Tive que tomar uma decisão, foi muito difícil, mas nada comparado ao que Deus tem trazido para minha vida. Agora posso tomar decisões a longo prazo, posso ver a minha futura esposa com olhos que agradam a Deus, e sobre tudo com uma decisão de guardar seu coração e corpo, como oferta de justiça para a Glória de Deus.
Minha decisão de deixar uma relação passada em fornicação, trouxe frutos de benção para minha vida. Vivo em paz, gozo, com esperança de recuperar o presente mais precioso que Deus pode dar, que é compartilhar um casamento puro. Tem sido um processo longo e Deus contínua trabalhando em minha pessoa, porém aprendi o que o amor significa: decisão de dar.
Agora sem posso dizer que conheço o amor verdadeiro e genuíno. Aquele que busca a santidade e pureza desde o inicio. As tentações continuam, mas meu espirito agora primeiro busca a Deus e imediatamente mata os desejos da carne. Agora busco casar-me com uma promessa de Deus, e com a motivação de dar-lhe somente a Ele toda a Glória ! Posso amar a uma mulher de uma maneira diferente, posso respeitá-la e guardar seu coração para o casamento.
Uma decisão pode mudar tua vida para o bem ou para o mal. Você decide
Como mentor desse ministério (e como homem que passou por essa situação), eu aconselho aos homens a separação de um namoro que já está envolvido em relações sexuais. Sejamos realistas, sei que quando há emoções envolvidas, amigos e lugares em comum e incluso um futuro com planos de casamento, esta separação é muita mais dura e pode ser temporal, mas de uma maneira ou de outra é muito necessária.
Não existem passos específicos para terminar uma relação, já que as situações e personalidades são muito diferentes, mas há algo claro, que devemos tomar uma decisão. Uma das melhores perguntas que nos podemos fazer é a seguinte:

Fonte: Estudos Cristãos

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Socorro! Meus filhos estão vendo pornografia!

Escuto com tanta, tanta frequência: “Socorro! Meus filhos estão vendo pornografia!”. Alguns dias atrás uma mãe escreveu pra contar que ela e seu marido permitiram que seus rapazes adolescentes acessassem a internet para jogar online, achando que eles haviam ensinado e treinado os garotos bem o suficiente para que resistissem a qualquer tentação que encontrassem lá fora. Eles estavam errados, e aprenderam que, durante os últimos quatro meses, quando mamãe e papai saíam de casa para um encontro ou pra resolver coisas, os rapazes ficavam vendo pornografia. O que eles deveriam fazer? Como devem responder?
Eu dediquei um monte de atenção ao longo dos últimos anos à luta contra a pornografia e gostaria de oferecer uma resposta em duas partes. Hoje irei apontar a resposta imediata e amanhã quero ajudar a bolar um plano que irá proteger sua família no futuro, tanto prevenindo aqueles que querem ver pornografia quanto protegendo aqueles que ainda não sabem que ela existe.
Por hoje, aqui vão algumas sugestões sobre como responder quando você descobrir que suas crianças estiveram procurando ou vendo pornografia.


Não se desesperePais diferentes reagem de formas diferentes quando se trata de seus filhos e pornografia. Alguns tratam de uma maneira pragmática enquanto outros respondem com mais emoção e podem ficar à beira do desespero. Cuidado com esses caminhos de desespero. Embora a situação seja difícil e dolorosa, não é o fim do mundo; não necessariamente significa que seus filhos não são salvos e certamente não significa que eles sejam réprobos. Ao ver pornografia eles abriram uma janela em seus corações e agora você tem a oportunidade de tratá-la de uma forma útil. Desespero só vai atrapalhar sua habilidade em tratar isso de forma efetiva.

Tenha cuidado com a vergonha


Pode existir uma tendência de criar vergonha sobre vergonha, para assegurar-se de que seus filhos estão sentindo a vergonha que eles deveriam sentir. Seja cuidadoso com a vergonha. Nosso objetivo é que o Espírito Santo convença seus filhos de sua culpa mais do que a mamãe e o papai fazerem com que sintam uma profunda vergonha. É bem possível que você está se sentindo embaraçado ou um sentimento de falha como pai, e isso pode levá-lo a ser mais duro do que deveria. Seu objetivo não é convencer seus filhos da vergonha deles diante da mamãe e do papai, mas cooperar com o Espírito Santo enquanto Ele os convence de sua culpa diante de Deus.

Faça perguntas

O que quer que você faça, você tem que se comunicar com seus filhos. É fácil para um pai assumir que ele sabe por que suas crianças estavam vendo pornografia, mas eu aprendi ao longo dos anos que há uma miríade de rasões. Algumas crianças vêem pornografia por lascívia e curiosidade; algumas fazem isso primariamente para alimentar a masturbação; outras o fazem por um desejo de serem desobedientes ou agirem contra as figuras de autoridade em suas vidas; algumas vêem pornografia como uma resposta a um abuso que sofreram no passado. Enquanto a tentação é de ameaçar seus filhos com os motivos pelos quais eles não deveriam ver pornografia, seu tempo será gasto de uma maneira muito mais efetiva se você conseguir ir devagar, fazer um monte de perguntas e envolvê-los em uma conversa. Descobrir onde está o fascínio. Encontrar qual necessidade isso parece estar atendendo. Prepare-se para discussões incômodas sobre tópicos que você não quer discutir, como masturbação e até abuso. Não deixe que o mau comportamento deles o distraia de confrontar seus corações.

Vá ao evangelho

Eu disse mais cedo que ao ver pornografia seus filhos abriram uma janela para seus corações. Eles a abriram e apontaram um holofote para um pecado específico. Eles mostraram que estão insatisfeitos, que são lascivos, que são desobedientes a Deus e aos seus pais. É para esse tipo de pessoa que é o evangelho – para os insatisfeitos e lascivos e desobedientes. Tudo isso dá uma poderosa oportunidade para ir diretamente ao evangelho. O evangelhos os oferece perdão, mas também oferece esperança de que eles possam derrotar esse pecado, de que eles possam ser resgatados da culpa do pecado, de que eles podem encontrar uma satisfação mais profunda e duradoura do que aquela que a pornografia promete. Como sempre, o coração é o coração da questão.

Rogue a eles

Eu creio que como um pai você tem muitas oportunidades de ensinar seus filhos, mas apenas umas poucas oportunidades de realmente pleitear com eles. Este é um momento para pleitear com eles, para interceder por suas vidas e para suplicar por suas almas. Você é mais velho e mais sábio que seus filhos, você entende a Bíblia mais do que seus filhos, e você conhece o custo a longo prazo de um compromisso com o pecado sexual. Se pode haver um tempo certo para pleitear com eles por sua vida e por suas almas, este tempo é agora. Deixe Salomão lhe dar as palavras:
Agora, pois, filho, dá-me ouvidos
e não te desvies das palavras da minha boca.
Afasta o teu caminho da mulher adúltera
e não te aproximes da porta da sua casa;
para que não dês a outrem a tua honra,
nem os teus anos, a cruéis;
para que dos teus bens não se fartem os estranhos,
e o fruto do teu trabalho não entre em casa alheia;
e gemas no fim de tua vida,
quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,
e digas: Como aborreci o ensino!
E desprezou o meu coração a disciplina!
E não escutei a voz dos que me ensinavam,
nem a meus mestres inclinei os ouvidos!
Quase que me achei em todo mal
que sucedeu no meio da assembléia e da congregação.

(Provérbios 5.7-14)
Você está lutando não apenas pela pureza pessoal mas pelas suas vidas. Rogue-lhes que salvem suas vidas e que salvem suas almas!

Tome medidas cuidadosas

Ao ver pornografia seus filhos violaram a sua confiança e se mostraram indignos dela. Esta confiança precisará ser merecida ou reconquistada ao longo de um período enquanto eles provam que são responsáveis e obedientes. Você precisa estar ativamente envolvido em treinar seus filhos a usar bem seus privilégios e a usar a internet e seus aparelhos digitais sem este tipo de comportamento. Você precisa de um plano que vai ser responsável por seus dispositivos e por sua falta de caráter cristão. Eu vou apresentar este plano no próximo post.

Por Tim Challies   Fonte: Reforma 21

Traduzido por Daniel TC | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quarta-feira, 5 de março de 2014

10 homens com quem uma mulher cristã não deve casar-se

Minha esposa e eu criamos quatro filhas – sem espingardas em casa! – e três delas já se casaram. Nós amamos nossos genros, e é óbvio que Deus escolheu a dedo cada um deles para combinar com os temperamentos e personalidades das nossas filhas.
Eu sempre achei que Deus gosta de agir como “casamenteiro”. Se Ele pôde fazer isso por minhas filhas, Ele pode fazer por você.

Hoje, eu conheço muitas amigas solteiras que gostariam bastante de encontrar o cara certo. Algumas me dizem que as opções são escassas em suas igrejas, então, então se aventurado no mundo dos encontros online. Outras desistem em desespero, imaginando se ainda resta algum cristão decente por aí. Elas começam a questionar se deveriam baixar seus padrões para encontrar um par.
Meu conselho permanece: não se conforme com menos que o melhor de Deus. Muitas cristãs têm terminado com um Ismael porque a impaciência as empurrou para um casamento infeliz. Por favor, aceite meu conselho paternal: você está muito melhor solteira do que com o cara errado!
Falando de “caras errados”, aqui estão os 10 tipos principais de homens que você deveria evitar ao procurar por um marido:

1. O incrédulo. Por favor, escreva 2 Coríntios 6.14 em um post-it e cole-o em seu computador do trabalho. O texto diz: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”.. Essa não é uma regra religiosa antiquada. É a Palavra de Deus para você hoje.
Não permita que o charme, o visual ou sucesso financeiro de um homem (ou a disposição dele de ir à igreja com você) te leve a comprometer o que você sabe que é certo. “Namoro missionário” nunca é uma estratégia sábia. Se o rapaz não é um cristão regenerado, risque-o da sua lista. Ele não é o certo para você. Ainda estou para encontrar uma mulher cristã que não se arrependeu de casar-se com um incrédulo.



2. O mentiroso. Se você descobrir que o homem com quem você namora tem mentido sobre o passado, ou que está sempre cobrindo seus rastros para esconder segredos de você, fuja para a saída mais próxima. Casamento deve ser construído sobre um fundamento de confiança. Se ele não pode ser confiável, termine agora antes que ele te engane com uma decepção ainda maior.

3. O playboy. Eu queria poder dizer que se você encontra um cara legal na igreja, pode assumir que ele vive em pureza sexual. Mas esse não é o caso hoje. Tenho ouvido histórias tenebrosas sobre solteiros que servem na equipe de música no domingo, mas agem como Casanovas durante a semana. Se você se casa com alguém que estava dormindo por aí antes do seu casamento, pode ter certeza de que ele estará dormindo por aí depois do casamento.

4. O caloteiro. Há muitos cristãos firmes que experimentaram o fracasso conjugal anos atrás. Desde o divórcio, eles vêm experimentando a restauração do Espírito Santo e, agora, desejam casar-se novamente. Segundos casamentos podem ser muitos felizes. Mas se você descobre que o homem com quem namora não tem cuidado de seus filhos de um casamento anterior, uma falha falta foi exposta. Qualquer homem que não pague por seus erros do passado ou sustente filhos de um casamento anterior não tratará você com responsabilidade.

5. O viciado. Homens de igreja que têm vícios com álcool ou drogas aprendem a esconder seus problemas – mas você não quer esperar até sua lua-de-mel para descobrir que ele é um bebum. Nunca se case com um homem que se recusa a pedir ajuda por seu vício. Insista que ele consiga ajuda profissional e afaste-se. E não entre em um relacionamento codependente em que ele afirma que precisa de você para ficar sóbrio. Você não pode consertá-lo.

6. O vagal.  Eu tenho uma amiga que percebeu depois de casar-se com o namorado que ele não tinha planos de arrumar um emprego fixo. Ele tinha elaborado uma ótima estratégia: ele ficaria em casa o dia todo e jogaria videogame, enquanto sua esposa trabalhadora labutava e pagava todas as contas. O apóstolo Paulo disse aos tessalonicenses: “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” (2 Ts 3.10) A mesma regra aplica-se aqui: se um homem não quer trabalhar, não merece casar com você.

7. O narcisista. Eu sinceramente espero que você encontre um rapaz que é bonito. Mas, seja cuidadosa: se seu namorado gasta seis horas por dia na academia e regularmente posta fotos de seus bíceps no Facebook, você tem um problema. Não se apaixone por um cara egocêntrico.  Ele pode ser bonito, mas um homem que está apaixonado pela aparência e por suas próprias necessidades jamais conseguirá te amar sacrificialmente, como Cristo ama a igreja (Ef 5.25). O homem que está sempre se olhando no espelho nunca perceberá você.

8. O abusador. Homens com tendências abusivas não conseguem controlar sua raiva quando a situação esquenta. Se o rapaz que você namora tem a tendência de perder as estribeiras, seja com você ou com outros, não fique tentada a racionalizar seu comportamento. Ele tem um problema e, se você se casar com ela, terá de navegar por esse campo minado todos os dias evitando desencadear outra explosão.  Homens irritados machucam mulheres – verbal e, às vezes, fisicamente. Procure um homem que seja gentil.

9. O crianção. Pode chamar-me de antiquado, mas eu suspeito de alguém de 35 anos que vive com seus pais. Se sua mãe ainda está fazendo a comida, a limpeza e passando as roupas dele, pode ter certeza de que ele está parado no tempo. Você está pedindo pro problemas se acha que pode ser esposa de um cara que não cresceu. Recue e, como amiga, encoraje-o a encontrar um mentor que possa ajudá-lo a amadurecer.

10. O controlador. Alguns cristãos pensam que casamento se trata de superioridade masculina. Eles podem citar a Escritura e soar super-espirituais, mas, por trás da fachada de autoridade há profunda insegurança e orgulho que pode transformar-se em abuso espritual. Primeira Pedro 3.7 manda que os maridos tratem suas esposas como semelhantes. Se o homem com quem você namora te rebaixa, faz comentários degradantes sobre mulheres ou parece esmagar seus dons espirituais, recue agora. O poder lhe subiu à cabeça. Mulheres que casam controladores religiosos frequentemente terminam em um pesadelo de depressão.
Se você é uma mulher de Deus, não venda sua primogenitura espiritual casando-se com um rapaz que não merece você. A melhor decisão que você pode tomar na vida é esperar por um homem que se entregou a Jesus.

Por por J. Lee Grady   Fonte: Reforma 21

Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

6 inimigos mortais do casamento


O casamento está sob ataque. O casamento sempre esteve sob ataque. O mundo, a carne e o diabo estão sempre se opondo ferozmente ao casamento, em especial a casamentos distintamente cristãos. O casamento, afinal de contas, foi dado por Deus para fortalecer seu povo e para sua própria glória; não é de se assustar, então, que esteja constante sob ataque.

Tenho pensado recentemente sobre alguns dos inimigos mais escancarados do casamento cristão e, para falar a verdade, os inimigos mais evidentes que eu vejo assolar o meu próprio casamento. Aqui estão 6 inimigos mortais do casamento (do cristão em particular).


Negligência da Fundação


O inimigo do casamento que merece estar no topo da lista é este: negligenciar a fundação – negligenciar a fundação bíblica. A Bíblia deixa claro que o casamento é uma instituição decretada por Deus e uma instituição projetada para glorificar a Deus ao demonstrar algo a respeito dEle. O grande mistério do casamento é que o relacionamento pactual do marido e da esposa é um retrato do relacionamento pactual de Cristo e sua igreja.

O casamento é de Deus, sobre Deus, para Deus e por Deus, então assumimos um risco quando negligenciamos Deus. Apenas quando a fundação bíblica está em seu devido lugar que somos capazes de entender corretamente como um marido e uma esposa devem se relacionar, como devem assumir seus papéis individuais e como devem buscar glorificar a Deus tanto individualmente como enquanto casal. Edificar um casamento sobre qualquer outra fundação é negligenciar a rocha em favor de construir sobre a areia.

Negligência da Oração

A oração é o nosso sustento, o meio pelo qual adoramos a Deus, expressamos nossa gratidão, confessamos nosso pecado e suplicamos por ajuda. O casal que ora junto está confessando perante Deus que dependem dEle, que são incapazes de continuar sem Ele.

A oração privada é essencial para a vida cristã, e a oração do casal é essencial para o casamento cristão. Aqui, ajoelhados ao lado da cama ou sentados no sofá, o marido e a esposa se encontram juntos com o Senhor, o adorando por sua bondade e graça, confessando seus pecados contra ele e de um contra o outro, e suplicando por sua sabedoria e consolo. Quando a oração cessa, o casal está proclamando tacitamente que podem sobreviver e prosperar por si só, que eles não precisam da constante e diária assistência divina. A falta de oração é um grande inimigo do casamento.

Negligência da Comunhão

Outro grande inimigo do casamento é a falta de comunhão – comunhão com a igreja local. Satanás ama quando consegue compelir um indivíduo a se afastar da igreja; quão melhor não é quando ele consegue afastar um casal ou uma família inteira. Quando um casal casado deixa a igreja, ou mesmo se restringe a comparecer o menos possível, eles estão deixando o lugar onde deveriam estar para ver exemplos de casamentos saudáveis, onde podem adorar uns com os outros, onde podem encontrar amigos com quem podem se abrir sobre o casamento para que outros possam enxergar e diagnosticar suas lutas. O casamento prospera no contexto da igreja local e murcha fora dele.

Negligência da Comunicação

Assim como Satanás quer que um casal deixe de se comunicar com Deus por meio da oração, ele também deseja que o casal pare de se comunicar entre si. Comunicação livre, aberta e regular é a chave para qualquer relacionamento, acima de tudo no casamento. Quando um casal é capaz de se comunicar e o faz, são capazes de reconhecer e enfrentar as dificuldades, são capazes de compartilhar tanto as alegrias quanto os sofrimentos que são inevitáveis em uma vida vivida em conjunto. Casais demais deixam de se comunicar, ou talvez nunca tenham aprendido a fazê-lo. Ao invés de enfrentarem os problemas, permitem que eles permaneçam, cresçam e se tornem tóxicos. A comunicação é chave para um casamento saudável, e a falta dela é um inimigo perigoso.

Negligência de Interesses em Comum

Quando um casal está namorando, é raro descobrirem que não tem nada (ou muito pouco) em comum. Mas conforme o tempo passa, após se tornarem marido e mulher e se acostumarem à vida normal, eles podem facilmente caírem em suas rotinas à parte. E assim vivem sozinhos em conjunto, duas pessoas levando duas vidas separadas sob o mesmo teto.

Interesses em comum levam a tempo compartilhado, conversas compartilhadas, paixões compartilhadas. Pode ser um hobby, uma atividade, uma série de TV, mas tem que ser alguma coisa. A negligência dos interesses em comum é um grande inimigo de um casamento saudável.

Negligência do Sexo

Deus agiu com bondade ao prover o estranho e misterioso dom do sexo como forma de unir um marido e uma esposa de forma única. Sexo é a cola de um casamento saudável, mas, mesmo assim, muitos casais nunca estão muito longe de negligenciá-lo ou substituí-lo pela pornografia ou alguma outra coisa. A Bíblia exige que um marido e uma esposa mantenham o relacionamento sexual em todas as circunstâncias, à parte das mais extremas – desde que com consentimento, e por pouco tempo, para se concentrarem na oração. Há épocas inevitáveis em que nada parece mais difícil do que buscar a relação sexual e nada parece mais fácil do que negligenciá-la, mas negligenciar o sexo é desobedecer a Deus diretamente. Negligenciar o sexo é destratar um dos maiores e mais indispensáveis dons de Deus.

Se Satanás não puder destruir um casamento, ele irá tentar, pelo menos. Negligenciar qualquer dessas seis coisas é convidar sua presença e sua influência para dentro do casamento.

Por Tim Challies  -  Fonte Reforma 21