quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Boas Novas para Maus Pregadores

Na noite passada, recebi um email de um jovem pastor que está desanimado. Ele está começando no ministério e diz que sua pregação é terrível. Ele está tentando melhorar, mas está no começo, e continua medíocre. Tratei esse assunto aqui um tempo atrás, mas decidi reiterar esse ponto porque ouço de muitos jovens pastores que estão também preocupados. Aqui está o que penso:
Seus primeiros sermões são sempre terríveis, não importa quem você seja.
Se você pensa que seus primeiros sermões são ótimos, você está provavelmente iludido com você mesmo. Se o pessoal na sua igreja acha que seus primeiros sermões são ótimos, provavelmente é porque eles lhe amam e estão orgulhosos de você. Se a igreja é boa e lhe apoia, há tanta objetividade nela quanto em uma avó avaliando o trabalho de arte que a netinha de 5 anos a deu escrito “Eu te amo, Vovó”.
Então seus primeiros sermões, a menos que você seja muito atípico, são provavelmente muito, muito ruins.
E daí?
A grande maravilha no ministério cristão é que Jesus não começa tudo do zero com sua igreja a cada geração. Ele dá homens mais velhos no ministério que moldam, disciplinam e direcionam jovens no ministério. Isso inclui (apesar de não limitado a) criticar seus sermões.
Seus sermões serão criticados. E você quer que eles sejam criticados, e criticados duramente.
Claro que você não quer que eles sejam criticados duramente pela sua congregação (e uma atitude crítica em relação à pregação do pastor, membros da igreja, não é um fruto do Espírito). Mas você quer que eles sejam criticados, e você quer que seja agora.
Seus sermões serão altamente criticados no começo de seu ministério, quando você ainda estará sendo moldado, ou será deixado sozinho.
Os grandes pregadores que você ouve ou que lê nos seus livros de história da igreja quase nunca são aqueles que pregaram grandes sermões desde o início de seus ministérios.
Grandes pregadores são aqueles que pregaram sermões realmente ruins. A diferença é que eles pregaram sermões realmente ruins quando eram jovens, e foram lapidados para sempre através da crítica.
Pregadores medíocres são aqueles que começaram pregando sermões que foram, ah, muito bons, mas nunca foram criticados e por isso nunca cresceram.
Então se você está no começo de seu ministério e prega um sermão ruim, e daí? Você está na esteira de maus pregadores anteriores que vai de Moisés a Arão a Simão Pedro a praticamente todo bom pregador do evangelho que você já ouviu com seus próprios ouvidos.
Seu sermão ruim não diz nada sobre seu futuro. Se você tem pessoas na sua vida dizendo:

“Ei, esse foi um sermão realmente ruim”, isso realmente indica algo sobre o seu futuro, então louve a Deus por isso. Isso é provavelmente um sinal de que Deus tem algo para você dizer, para o resto de sua vida.
Por: por Russell D. Moore Fonte: IPródigo
Traduzido por Alex Daher | iPródigo.com | Original aqui

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Carta a uma solteira (frustrada)


Querida solteira frustrada,
Talvez você tenha lido a carta a um solteiro frustrado de Owen Strachan e se perguntado como responder à sua condição de solteira e também a homens que se mostraram muito tímidos ou apáticos para fortalecerem-se para a responsabilidade do casamento, pra não falar do namoro. Sem dúvida, existem muitas casualidades na adolescência masculina prolongada – não apenas pais sustentando seus filhos de 20 – e 30 – e poucos anos, mas também mulheres que desejam fortemente (e corretamente) ser esposas e mães.
Um domingo, após ouvir de nosso pastor que as mulheres solteiras deveriam encorajar e seguir a iniciativa apropriada e a liderança de rapazes, algumas solteiras que desejam casar-se me perguntaram: Como encorajamos isso? Foi uma boa pergunta. Minha resposta, sem qualquer reflexão, não foi muito satisfatória. Eu basicamente disse: espere até que a liderança surja e então responda.
Talvez você tenha feito perguntas semelhantes. Desde aquele encontro, eu refleti mais profundamente em como você deve pensar sobre seus irmãos em Cristo e responder a eles. Eu também sugerirei como você pode pensar sobre sua vida de solteiro em relação a Deus.

Ore pelos homens solteiros e guarde-se contra a amargura. 

A sociedade dificilmente encoraja os homens a tomarem iniciativa. Pelo contrário, eles são ensinados a fugir da responsabilidade. Pais de comédias da TV agem como seus filhos e suas esposas os tratam da mesma forma. Nenhum homem quer esse tipo de família, assim muitos falham em ver o benefício do casamento. O mundo de hoje trabalha contra os homens cristãos que querem agir biblicamente.
Como suas irmãs em Cristo, guardem-se contra o ressentimento e a amargura. Ao invés disso, ore por esses homens. Ore para que líderes fortes os encorajem em direção à piedade. Eles precisam ser inspirados a pensar fora de si mesmos e provocados a cuidar e liderar outros. Eles precisam de coragem. Ore para que o Senhor te dê sabedoria para demonstrar o amor adequado por eles a fim de que isso, de alguma forma, encoraje aquela liderança que eles precisam exercitar. Ore, ore, ore.

Lembre-se da providência de Deus. 

Pode parecer típico que eu te diga para orar e confiar no Senhor. Mas não há como escapar: é aqui que nossa teologia é colocada em prática, quando vemos que é feita da coisa certa. Vamos ser gratos pelo fato da palavra final sobre sua vida de solteiro não ser entregue a jovens que tem pouca coragem, mas ao Deus do universo que a planejou do início ao fim. Sua condição de solteira não surpreende Deus. Não é um dilema com que ele precisa lidar. É justamente o meio para sua santidade. Quer solteira, namorando, ou casada, ore para que seu coração esteja inclinado a complementar os meios de Deus para sua santidade, e não a lutar contra eles. Nada te prepara melhor para confiar no Senhor submetendo-se à liderança de seu futuro marido que confiar no Senhor enquanto você é solteira.
Como a carta de Owen menciona, existem homens piedosos procurando esposas piedosas. Poucas coisas os atraem mais poderosamente que uma mulher que demonstra confiança evidente no Senhor. Não vou tentar oferecer um conselho sobre como atrair atenção. Mas o fruto de confiar no Senhor, um espírito quieto e uma submissão contente à vontade de Deus tem apelo junto aos homens piedosos. Confiar que o Criador do universo é sábio e bom para você produz paz – não um espírito murmurador, mas um espírito calmo. Ao confiar na bondade de Deus, você pode submeter-se a suas intenções com alegria. Confie em mim – essas qualidades não são perdidas por homens piedosos.

Vigie o que você lê e assiste. 

Muitos livros e filmes direcionados a mulheres solteiras provocam egoísmo, autopiedade e indulgência emocional. Guarde seu coração de ser levado por emoções antibíblicas. Leia livros que promovam uma visão ampla de Deus e do Evangelho. Leia livros que te levem ao serviço. Encoraje outras solteiras a fazer isso também.
Acima de tudo, ore por corações gratos, porque assim como o Oriente é distante do Ocidente, assim ele afastou seus pecados. Com corações gratos pelas boas notícias do Evangelho, você evitará pensar mal de solteiros covardes e confiará nas boas intenções de Deus para sua vida. Assim como o Senhor foi gracioso e paciente com seu pecado, seja graciosa e paciente com os rapazes solteiros que estão lutando contra as tentações do mundo a fim de serem piedosos e corajosos.
Seu irmão em Cristo,
John
Por: por John Starke Fonte: IPrógigo
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | Original aqui

Carta a um solteiro (frustrado)


Caro solteiro (frustrado),
Olá. Bem-vindo a essa página particular. Tenho alguns pensamentos que preciso lhe contar. Tenho notado seu apuro, e quero lhe ajudar.
Nessa “peça”, quero fazer o papel do irmão mais velho para o mais novo (ou do melhor amigo para o amigo). A graça vinda de um irmão é fácil de esquecer, não é? Lembre quando seu irmão mais velho ou primo (ou amigo mais próximo) te chamou de canto após seu pai (ou uma figura autoritária) te acalmar e ter dito, “Ei, cara, tudo bem. Faça o que o Pai diz. E você ficará bem. Ajudarei você se precisar.” Então ele te deu um tapa nas costas e disse pra você ir brincar lá fora. Lembra da sensação? Foi poderosa. Foi restauradora. Colocou as coisas em perspectiva, te ajudou a ver que você ia ficar bem. Isso é o que eu espero fazer aqui. Não quero repetir o que o “Pai” diz – só estou chegando ao seu lado. Você vai entender o que eu digo em um minuto.

Problema do Homem

Os homens atualmente estão em apuros. Muitos precisam de um grande desafio.
Muitos comentaristas evangélicos e, particularmente, “novos Calvinistas” estão notando problemas endêmicos da masculinidade moderna – Al Mohler, Mark Driscoll, Darrin Patrick e Rick Phillips, para citar alguns. Isso não poderia ser mais bem-vindo. Atualmente, os rapazes têm aprendido por inúmeras fontes e meios de comunicação que eles são idiotas, ignóbeis e inferiores às mulheres. Eles ficam com garotas, fogem da responsabilidade, só levam na brincadeira as coisas sérias, e geralmente negligenciam grandes oportunidades que surgem. As estatísticas relacionadas com as universidades, o casamento e a respeito da entrada e avanço no mercado de trabalho, oferecem testemunho ilimitado dessa realidade. Uma geração criada pela Maxim [N.T. – revista masculina com conteúdo sensual] vê as mulheres como conquistas e crianças como uma inconveniência. Uma geração devotada a Jackass [N.T. – programa de TV em que pessoas realizam vários atos insanos] encarna isso. Uma geração obcecada por fantasy football [N.T. – jogo “fantasioso” de futebol em que o jogador imagina ter um time irreal com jogadores reais, competindo entre si] se entrega a um mundo de fantasia, onde jogos e jogadores substituem liderança e busca real. Os homens estão em apuros, homens cristãos estão sendo vítima de muitas dessas pequenas coisas.
Então, deixemos tocar a buzina. Desafiemos garotos e homens a seguirem um caminho diferente. Modelando-os ao que devam ser. Mostremos a eles como viver por Cristo, e servir a família, a igreja e a sociedade. Em todos os aspectos.
Mas há um perigo em nossa situação atual. Correndo atrás da faixa de garotos e homens como um gracioso, porém destemido, sargento, podemos ignorar os bem-intencionados. Alguns caras ouviram o chamado; eles leram livros; eles foram às conferências. Eles realmente querem ser maridos, pais e líderes da igreja. Eles estão progredindo em todas essas áreas para atingir a maturidade. Em alguns casos, eles não foram bem treinados pelos pais; em alguns, eles nem tiveram pais. Qualquer que seja seu pano de fundo, eles ouviram o chamado e querem respondê-lo. Apesar do pouco ou pobre treinamento, eles estão empenhados em fazer de um jeito melhor. Eles querem se levantar, amar muito uma mulher, educar os filhos a conhecer o Senhor, e juntar-se a outros homens assumindo sob suas costas o trabalho do ministério. Eles se inscreveram, eles possuem o crachá, e eles estão ansiosos para começar.


Isto não é um abraço em grupo
Isto não vai se transformar em algum tipo de chamada pseudo-psicológica para uma ternura pródiga e cuidado com o coração frágil. A vida é dura. É através da dificuldade que Deus faz crescer seu povo. Ser um jovem nunca foi fácil, e isso realmente não deveria ser fácil. A barra deve ser bastante elevada para que os jovens tenham que pular para alcançá-la. As coisas devem ser dessa forma não porque é divertido ser mau, mas porque atingir a maturidade, e, especialmente, a maturidade Cristocêntrica, é difícil. Manter-se fiel a uma mulher, prover para a família, esquecer a fadiga para cuidar da família e conduzi-la bem – estas são coisas difíceis. Elas pedem por preparação dura, para que – como na guerra – você não pense que as coisas serão fáceis
Mas nós precisamos lembrar que ser solteiro pode ser extraordinariamente difícil. Parece fácil em análise do ponto de vista de quem é casado. É engraçado como esquecemos o medo abjeto que vem com o risco de chamar uma garota para sair. É engraçado como esquecemos a sensação de “soco no estômago” quando ela diz não. Engraçado como esquecemos a luta com sentimentos de inadequação, desesperança e ansiedade. Tal como acontecem com todas as provações terrenas, essas lutas requerem a graça de Deus, o conselho e a bondade dos amigos, bem como a aceitação e o incentivo da igreja.
Não estou pedindo um movimento cristão, como um torque, em que qualificamos infinitamente nossos desafios, repreensões e chamadas proféticas. Também não estou sugerindo que os líderes cristãos anunciem que a maturidade masculina perdeu algo. Se você escutou ou leu a respeito dessas figuras citadas, você frequentemente encontrará ajuda e explicações sobre esse tema. Não tenho nenhuma desavença com esses homens. Tenho me beneficiado grandemente do seu ensinamento bíblico e considero isso pessoalmente fundamental. Eu acho que é desesperadamente necessário, mais até sobre o que estou escrevendo aqui. Mas com tudo dito, nós todos precisamos de encorajamento e esperança. Negar isso aos homens – especialmente aos solteiros frustrados que procuram coisas boas – seria cruel.

O que fazer

As mulheres precisam da mesma marca de conforto do que os homens. Isso não é exclusividade. Muitas jovens fazem seu caminho através da solteirice em silêncio e solidão. Mesmo chamando as jovens para a feminilidade bíblica e seus privilégios e responsabilidades, nós precisamos deixar claro que os cristãos solteiros são cidadãos do reino de pleno direito. Muitos de nós conhecemos jovens mulheres que almejam ser nada mais do que esposas e mães, mas que não tem, por qualquer razão, visto Deus fazer acontecer. A doutrina da providência é a resposta e o conforto nessas situações.
Tenho focado, porém, nos homens. Muito do tipo de encorajamento que sugeri como necessidade precisa chegar ao contexto da igreja local, e em particular através dos homens mais velhos e experientes, e alcançar os homens mais jovens. Existe uma carência desse tipo de atividade em muitas igrejas, e precisamos de uma recuperação de orientação e discipulado. O livro de Tito é pequeno, mas potente nesse ponto tanto para homens quanto para mulheres. Muito desse tipo de envolvimento relacional significa ajudar os jovens frustrados a pensar seriamente sobre a melhor forma de elaborar estratégias para a liderança. Em alguns casos, pode significar questionar – Como você está apresentando a si mesmo? Você pode crescer em habilidades de conversação? Por que rapazes que perguntam a garotas se elas consideram o casamento no primeiro encontro merecem um shoulder-punch [N.T. – golpe de artes marciais em que o oponente lhe atinge com o ombro em uma situação de surpresa]. Em outros, pode simplesmente significar os encorajar, lembrando-os da verdade bíblica, e escutar – sem questionar, mas escutar. Tudo isso ajudará o jovem a perceber que, embora a chamada audaz para a Maturidade Masculina seja absolutamente necessária, ela não deve ser entendida como uma condenação.
Em todas essas coisas, nós precisamos de uma ênfase na confiança em Deus, o Salvador e Pastor do seu povo. Isso é básico, mas essencial. Deus enviou seu Filho para a terra com a finalidade de salvar nossas almas perdidas. Essa é a nossa maior alegria. Toda pessoa, solteira ou casada, tem a oportunidade de participar no trabalho de promoção do evangelho, viver doxológicamente (em prece ou cântico cujo fim é glorificar a Deus) de tal forma que Deus é apresentado – em toda e qualquer época da vida – para que viver seja eminentemente mais valoroso do que sexo, dinheiro, status, sucesso, ou mesmo a família natural. O conforto com que esse Deus, esmagadoramente bom e gracioso, dirige todo e cada aspecto das nossas vidas, cada momento que passa, não é mera referência teológica, mas uma realidade bíblica de grandes conseqüências pessoais.
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Então, esse é meu caso, irmão solteiro. Se você puder imaginar isso, considere-me seu irmão e amigo. Não se preocupe acerca de todos esses conselhos. Aonde quer que você se ache, com qualquer esperança que você carregar, faça tudo que puder para atender ao chamado bíblico da maturidade masculina. Rejeite a cultura e as tentações. Imite seu Salvador. Procure por homens de Deus para lhe discipular. Se você perceber que não foi chamado para a solteirice (e alguns definitivamente são), considere o risco da rejeição. Continue empurrando o medo do passado. Continue servindo sua igreja fielmente. Ore de maneira forte. Despeje seus desejos ao Senhor. Confie n’Ele como tem feito. Nunca pare de confiar n’Ele.
A masculinidade é difícil; continue pressionando e tendo domínio – espiritual, físico, emocional – da sua vida e do seu mundo. Deus amou você; você ama Deus. Eu não sei o que Deus tem para você, mas eu sei que porque Ele é grande, e bom, e gracioso, você estará bem.
Chega de conversa. Você está pronto para ir lá fora?
Seu irmão, Owen.
Traduzido por Dennis Nery| iprodigo.com| original aqui

terça-feira, 4 de setembro de 2012

MULHERES ESTARIAM CADA VEZ MAIS SOZINHAS PORQUE SÃO EXIGENTES DEMAIS

É cada vez mais comum ver uma amiga que namora dizer para a solteira: “Você está sem ninguém porque é muito exigente”. Será que esse é mesmo o único inimigo do cupido e, se for, quais os motivos para tanto rigor no setor da paixão?
Segundo a psicóloga Neiva Bohnenberger, o que torna as mulheres cada vez mais criteriosas no amor é o aumento do conhecimento de sua autossuficiência.
“Elas aprenderam a buscar a gratificação em coisas que não dependem dos homens e, principalmente, aprenderam a tirar prazer do seu trabalho. A solidão não humilha mais”, diz Neiva.
Quem endossa essa opinião é a guia de turismo Soraia Timm, 45 anos. Ela está separada há 15 anos e não pensa em se casar de novo tão cedo: “Eu cheguei a um estágio de ‘iluminação’ tão grande que o mesmo prazer ao sair com um namorado sinto ao jantar com minhas amigas ou ao assistir a um bom filme em casa com minha gatinha. Antes, os homens eram o centro do meu universo, e eu só me dei
mal com isso; agora eles são um dos planetas, em mesmo grau de importância de minhas amigas, meu trabalho, minha vida cultural. Portanto, se existe uma exigência, é no sentido de encontrar um homem que evolua junto comigo. Um que atrapalhe essa evolução eu não quero, não, obrigada”.

Eles se defendem "Nós estamos tentando acompanhar a evolução feminina e ficamos um pouco perdidos, sim, porque as mulheres exigem tudo do homem ao mesmo tempo. Elas querem um companheiro que adore ir ao shopping, mas, para isso, podem chamar um amigo. Quando elas pedem um protetor, confundem a imagem do companheiro com a do pai. Elas querem o homem mais que perfeito, e isso não existe", diz Marcelo Vitorino, autor do blog “Pergunte ao Urso” (www.pergunteaourso.com.br) e do livro homônimo lançado pela Matrix Editora.

A escritora Stella Florence, 46 anos, que acaba de lançar o livro “32 – anos, homens, tatuagens” (Editora Rocco), com experiências baseadas num site de relacionamento, concorda com Marcelo Vitorino no sentido de concluir que os homens estão bem mais simples do que as mulheres. “Acho que eles se contentam com bem menos do que nós. Para eles, se a mulher for atenciosa, gostar de
transar e não ficar cobrando coisas o tempo inteiro, já está ótimo. Já as mulheres estão sempre procurando mais, são mais complexas, querem se melhorar e melhorar tudo, inclusive seus desejos. Aí começa o desencontro”, afirma.

Infelizmente, nem todo mundo está numa boa assim, como é o caso de C.A, 42 anos, divorciada e sem namorado há meses. "Estou até cansando um pouco de procurar um companheiro e me sinto frustrada. Não acho que eu seja exigente demais; pelo contrário, por carência já levei alguns relacionamentos, mas acho que os homens não querem compromisso de jeito nenhum, e eu não consigo me adaptar a essa historinha de fazer sexo sem amor. Então, fica complicado", conta.

Relacionamentos descartáveis
Para o mestre em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), André Camargo Costa, o maior problema do desencontro nas relações não é a exigência, e sim a era dos amores líquidos. Seu pensamento vai ao encontro ao do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, expert neste assunto e autor do livro “Amores Líquidos” (Editora Jorge Zahar), que acredita que os relacionamentos se tornaram cada vez mais descartáveis. Segundo sua teoria, a disponibilidade, de modo geral, para negociar os impulsos, investir em projetos de longo prazo e tolerar os pré-requisitos que garantiriam um relacionamento duradouro estão cada vez mais em extinção, e as pessoas acabam se machucando mais, preferindo não arriscar novas empreitadas no amor.

Vendo o desabafo do empresário H.Y., 33 anos, de São Paulo, sozinho há um ano, fica mesmo mais fácil de concordar. "Eu confesso que estou procurando uma garota para um relacionamento sério, mas me vi em uma saia justa. Gostava de uma moça com quem saía e queria algo mais quando ouvi dela que não queria se prender a ninguém porque se machucou muito no último relacionamento. Vai entender as mulheres... Uma amiga me disse que eu encanei porque ela não queria nada sério mesmo, mas não acho que seja isso", diz.
RENATA RODE
Colaboração para o UOL

BEIJAR, TRANSAR E LARGAR:

Os relacionamentos na cultura popular brasileira e afins
Se der prazer deve ser bom. Tenho vários amigos que não sabem se divertir. A maneira como gastam seu tempo livre, fins de semana e férias é totalmente miserável. Ficar o mais louco possível; fazer sexo com um desconhecido; beber para constranger os amigos; dirigir alcoolizado; ter "o privilégio" de não se lembrar das doideiras que fez na última balada; emprestar os lábios e saliva destilada com qualquer pessoa; e entregar-se para o mais próximo como se fosse um papel higiênico "anti-higienicamente" usado é a maneira mais comum que eles encontraram para curtir a vida. A frase: "se der prazer, deve ser bom" está completamente fora de controle. Nem tudo o que nos dá prazer traz benefícios significativos no final das contas.
O diabético pode se empanturrar com guloseimas e sentir, talvez, um dos seus mais altos picos de prazer, contudo, em pouco tempo seu prazer chega ao fim de maneira trágica. É assim também com o jogo. Não há dúvidas de que um jogo ou uma competição desperte prazer dentro de nós. Porém, nem sempre alguns jogos tem um valor bom por si mesmo. O bingo por exemplo. Muitas senhoras e senhores são apaixonados por eles, no entanto, a máquina sempre arranca tudo o que eles possuem. Da mesma forma isso ocorre com o dinheiro e com as coisas que temos. Dá uma sensação de satisfação enorme ter dinheiro para gastar com aquilo que precisamos e queremos. Contudo, o dinheiro não é tão bonzinho como demonstra ser. O dinheiro é um deus. Ele nos escraviza, nos domina. Não seria nem necessário argumentar que a maioria das brigas da humanidade deve-se a briga por dólares, petróleo, poder. Poder comprar nos satisfaz por um lado, mas pode colocar tudo a perder, e tem certamente colocado. E por que não com os relacionamentos? "Se der prazer deve ser bom", como pressuponho, não é uma das frases mais aconselháveis para guiar nossa vida. Como funciona com as guloseimas para o diabético, o bingo para os idosos e o dinheiro para a humanidade, sem hesitar afirmo que nem todos os relacionamentos que dão prazer são, de fato, bons. E até podemos ir mais além; quase todos os relacionamentos entre a maioria dos jovens que não levam Deus a sério em suas vidas são radicalmente ruins e catastróficos.

O nosso jeito de namorar

O que significa "namorar" em nossa época? Uma de minhas sugestões é a tríade: beijar, transar e largar. Poderia ter usado o termo "ficar" que é tão corrente entre nós, porém, o ficar sempre inclui o beijar, e para fazer uma conexão com o filme "comer, rezar e amar", preferi ficar com a tríade "beijar, transar e largar". Se você assistiu "comer, rezar e amar" deve ter percebido que uma das tônicas do filme é que nós somos seres inteiramente relacionais. Precisamos nos relacionar; a nossa alma carece de uma vida relacional, e isso é assim tanto em relação a nossa vida espiritual (rezar) quanto a nossa vida íntima (amar). O grande problema, que na minha opinião o filme explora bem, é que os relacionamentos nunca duram e o nosso maior sonho é ter um relacionamento que dure sem se perder no tempo, ou se desgastar nos problemas; ansiamos por uma conexão eterna e Julia Roberts vive bem esta realidade. Este fator não é apenas coisa de nossa geração - como o fenômeno das redes sociais, facebook, twitter, blogs, entre outros - é algo do nosso DNA. Precisamos de gente, precisamos de conexões, precisamos ser amados, precisamos de um grupo que nos aceite, precisamos ser parecidos e diferentes de alguém, fomos feitos um para o outro e negar isso ou não conseguir desenvolver bem os relacionamentos tem levado milhares de pessoas ao suicídio, que não é outra coisa senão dizer: "eu desisto dos outros, eu desisto de mim mesmo". Onde o namoro se encaixa nisso tudo? O namoro é uma maneira de me conectar - para durar - com o outro. Porém isso tem sido destruído tanto em nossa época quanto nas posteriores. O namoro, que no sistema de vida cristão é uma preparação para o casamento tem se reduzido a uma conexão discada, ou se você preferir, a uma relação miseravelmente instantânea e descartável.



Namoro à moda vampiro

Gosto de ilustrar ideias instantâneas com a febre contemporânea dos vampiros. Está em moda falar em vampiros, tem vampiro para todos os gostos. A moda têm ficado cada dia mais intensa com a explosão e sucesso do livro-filme "Crepúsculo". É um filme que trata do romance entre uma menina que mudou de sua cidade e se apaixona por um "rapaz", ou melhor, por um vampiro de maquiagem branca chamado Edward. Talvez precisaríamos de outro livro - e já há alguns no mercado literário - para avaliar se o filme é bom ou ruim. Citei-o aqui só para fundamentar o meu argumento sobre a febre da imagem dos vampiros. A grande questão aqui é esta: está em moda "o estilo vampiro" de amar. É amor de vampiro: aquele que nunca se doa, mas sente prazer enquanto suga. É aquele que jamais se satisfaz nas diferenças do outro, pelo contrário, suga do outro o que lhe convém. É um estilo de amor que não consegue aceitar a decepção, porém, ama o sangue fresco. É o amor que no outro pôs um espelho - para se ver melhor é claro -  para que continue sobrevivendo, não para o outro se ver melhor, mas em cima do outro. A pessoa amada é apenas o objeto da sua satisfação. É o tipo de amor que não é feliz apesar de, mas apenas à custa de. É o que acontece com o "Ficar": não se olha para quem o outro é. Muitas vezes nem a preocupação com o nome da pessoa existe, muito menos a dor, o que se quer é a parte fresca, o sangue da outra pessoa. Exclui-se cumplicidade e o relacionamento em si, o que vale é apenas e tão somente absorção. É por este caminho que temos caminhado concorda comigo? Pense um pouco: será que não é desse tipo de relacionamento que os seus filhos, seus amigos(as), e inclusive você vivenciou algumas vezes? Será que este é o caminho que realmente traz verdadeira satisfação para nós? O outro foi feito para beijar, transar e largar? E uma pergunta mais essencial do que a anterior: Deus nos criou para sermos seres descartáveis que se beijam, transam e após este "sugamento" se largam?


A morte do casamento

É uma pena que a nossa gente de hoje tenha medo do casamento. O que queremos dizer quando afirmamos que o casamento é uma coisa ultrapassada, tradicional, medíocre e sem sentido? O que estamos dizendo é o seguinte: "não quero o seu choro, não quero te perdoar, não quero dores de cabeça, não quero cuidar da tua doença, o que eu quero é chupar você até o fim do gargalo e ‘me' fazer feliz". É isso mesmo o que você ouviu, a nossa sociedade matou os relacionamentos, e exatamente por ter matado o "outro" da relação é que ela - a nossa geração - é tão pobre e infeliz em seus relacionamentos. Para o nosso povo o que vale a pena é o descompromisso. Afinal não se quer discutir o futuro, nem o relacionamento, desejam-se as mordidas e ponto final. É assim que as amizades - seja no namoro ou no casamento - se tornam superficiais, as conversas curtas. Pois depois de se conseguir um litro de sangue, uma pitada de preferências iguais, o amor acaba; o amor é só sangue, o amor é muito pouco. O nosso jeito de amar: beijar, transar e largar se tornou um trilogia: chupa-se o sangue da vida, o sangue do outro e no fim de tudo o vampiro acaba morrendo engasgado com o próprio sangue. Preste atenção no que eu vou te dizer: este tipo de amor com o qual nós estamos acostumados é um amor que morre com o tempo, pois só restará o próprio sangue para beber. E quando só nós existimos, e quando queremos existir apenas para nós mesmos, não existe mais porque continuarmos existindo. É o suicídio: desconectando-se do outro, só há razões para morrer. Todo egocentrismo morre pela boca.
Por que as coisas estão assim?
Meu objetivo aqui é que ao terminar de ler estas palavras você entenda que o jeito atual de namorar é totalmente fracassado, pois se baseia no argumento do prazer pessoal e não do compartilhar. Por que as coisas estão assim? O que levou a nossa gente - não apenas os jovens, mas principalmente eles - viver em busca de seu prazer pessoal e fugir do conceito de aliança, casamento, de algo feito para durar?


Secularismo

Na minha opinião, algumas coisas sérias aconteceram e estão acontecendo. A primeira coisa que desejo mencionar é conceito básico de secularismo. Secularismo é uma maneira filosófica de viver como se Deus e a sua Palavra não existissem e, por causa disso, nenhum referencial de verdade absoluta. Simplificando: O Deus cristão e o que ele diz - As Escrituras - não devem ser considerados como bons para desenvolvimento do ser humano, e amarrado a isso, ninguém tem o direito de proclamar verdades universais sobre a vida, pois tudo é relativo, e em especial o que eu faço com o meu corpo e meus relacionamentos. Foi por esta causa que os princípios fundamentais sobre o relacionamento de um homem com uma mulher foram e estão gradativamente sendo relativizados. O que antes foi projetado para durar (homem e mulher) hoje foi feito para apenas "curtir" (beijar, transar e largar).


A moda da infidelidade e o amor líquido

Um dos princípios bíblicos que são desdenhados pela maioria das pessoas é o princípio da aliança. O que significa isso? Que no princípio de tudo Deus projetou o primeiro casal para ser "uma só carne", isto é, fazerem parte um do outro como uma aliança durável e indestrutível. Deus planejou a aliança antes do prazer, pois o compromisso de lealdade um com o outro é que possibilita o prazer ser mais sólido, durável e seguro. E embora a nossa sociedade esteja acostumada a usar alianças para selar sua união no namoro e no casamento vivemos uma época na qual a infidelidade - a quebra da aliança - tornou-se algo comum e praticável. E a causa para isso é óbvia: não há verdadeira aliança entre a maioria dos casais que vemos de mãos dadas todos os dias. Ter uma aliança é muito mais que estar junto, é uma responsabilidade para com o outro de fidelidade (monogamia) e durabilidade (até a morte). De se fazer um com a pessoa a ponto de amá-la por inteiro e não partes suas que estão na pessoa. Amar além da aparência e do prazer, mas por simplesmente terem fechado tal acordo de fidelidade no qual apesar dos apesares, nunca sairiam da vista um do outro. Isso se aplica bem ao casamento. Uma boa definição para casamento é a seguinte: "casamento não significa viver com alguém para o resto de sua vida; casamento é não conseguir viver sem uma pessoa para o resto da vida". Não preciso dizer que isso é rejeitado pela maioria, mas também não preciso dizer que nosso o mundo nunca procurou tantos divórcios e nunca foi tão infeliz quanto antes. Eduardo Gianneti em seu livro "Felicidade" fez uma pesquisa com mulheres a respeito da felicidade. Dentre 3.000 mulheres entrevistadas em 11 países, 93% acreditam que suas condições de vida material são hoje melhores do que de suas avós. No entanto, a maioria 54% consideram que suas avós eram mais felizes do que elas... principalmente na dimensão dos relacionamentos. Alguns tem chamado essa inclinação por relacionamentos descartáveis ou como eu chamaria de "quebrar a aliança feita por Deus" de amor líquido. Segundo Zygmund Bauman isso está assim porque a geração da minha mãe é muito mais resistente que a minha, a sua geração é a geração de produção, a minha é a geração dos consumidores. Eles produziam, faziam parte do processo da construção das coisas, por isso duravam mais. Nós, em contrapartida, vivemos em uma realidade na qual "tudo está pronto", não é mais necessário fazer parte do processo ou construir, apenas precisamos consumir. E é exatamente por sermos treinados desde crianças para sermos consumidores que jamais investiremos a durabilidade da nossa vida em um produto (pessoa) só.


Sensualidade

É... você entendeu certo: pessoas se tornaram produtos. E uma das responsáveis para isso é a sedução tão idolatrada pelas novelas, comerciais, programas de fim de semana, filmes e pasmem: até os desenhos entraram nessa roubada. Sensualidade em si não é algo ruim, por definição significa uma inclinação pelos prazeres dos sentidos; amor das coisas ou qualidades sensíveis e visíveis ou coisa do tipo. Sensualidade é boa quando é praticada dentro da aliança, no casamento, que como vimos, é um compromisso de lealdade a alguém que se rompe apenas quando a morte chegar. Isto é: toda e qualquer manifestação de inclinação sensual fora da aliança/casamento é pecaminosa e destruidora para o ser humano. É radical mesmo. A Bíblia afirma que todo tipo de relação íntima sem um compromisso de lealdade é pecado. Isto está claro para o apóstolo Paulo ao afirmar que: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias, e coisas semelhantes a estas, a cercas das quais vos declaro, como já antes vos preveni, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Gálatas 5.19
É por esta causa que o sexo enquanto for praticado no namoro antes de preparar o casal para o casamento irá destruí-lo. Pois para as Escrituras sexo e casamento são a mesma coisa. Não há aliança sem sexo, e da mesma forma o sexo não pode ser praticado fora da aliança, pois a relação sexual não é nada mais do que o selo de que alguém decidiu morar para sempre na outra pessoa, não por uma noite - como é praxe em nossa cultura - mais por toda uma vida.


Superficialidade do sexo

Temos empobrecido o sexo. Na compreensão bíblica o sexo é o ápice do relacionamento, não uma curtição banal. Na verdade, as Escrituras afirmam que o casamento é uma aliança que deve ser mantida, entre outras coisas, por muito sexo. As evidências são claras: um livro da Bíblia dedicada exclusivamente para o erotismo entre o casal (Cantares de Salomão) e a referência de Paulo em 1Co 7.5: "Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência." A prática sexual no casamento deve ser criativa e frequente. Certa vez perguntei a um amigo sobre a sua lua de mel - eles haviam se casado virgens - e ele me respondeu: "meu amigo, a sensação da primeira relação é algo indescritível: é como se no momento do sexo estivessem você, sua mulher e Deus assistindo, e não apenas assistindo e rindo, aplaudindo!" Quer descrição mais sensacional de sexo do que esta? Eu de fato desconheço. Todavia, quando namorados e - principalmente casais crentes - antecipam esta realidade maravilhosa só existem espaços no coração e na mente para culpa, insegurança e desaprovação do Criador. As pessoas em geral enxergam o sexo como uma "rapidinha" ou um jeito de se livrar dos problemas, um refúgio - no caso da prostituição - nós cristãos, vamos muito mais além. O sexo é o ápice de uma vida de intimidade com Deus. É uma maneira de refazer a aliança com o cônjuge. É uma forma de adorar a Deus e celebrá-lo por ter ele criado a benção chamada sexo. É uma forma de maturidade. É uma oportunidade maravilhosa de procurar fazer o outro feliz e não apenas a si mesmo. Por esta razão não é difícil de concordar com Leon Tolstoi - cristão - de que "aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil."


Falsa diversão

Como já afirmei no começo, a nossa gente perdeu a noção de como se divertir. Uma vez um amigo meu me perguntou: cara, você não bebe, não fuma, não sai por aí de balada, não trai sua namorada, não transa! Cara, como você faz para se divertir? Você não tem vida? Minha resposta a ele foi: "meu amigo, na vida a gente também se diverte e não apenas se destrói." Este é um dos grandes problemas das pessoas sem Cristo; elas não têm outra ideia de como se divertir a não ser beber até cair, sair de balada, se drogar, trair, e transar. Fiquei surpreso quando li a revista veja do dia 21 de outubro de 2009, intitulada: "Música, sexo e loucura". Dois relatos me impressionaram não apenas pela gravidade, mas porque além de se destruírem querem continuar na mesma prática.
O primeiro relato:
"Antes de sair, costumo comprar alguma coisa: quase sempre ecstasy e LSD. Quando não faço isso, sempre há algum amigo de um amigo na balada que tem. Já cheguei a gastar 400 reais em drogas e bebidas numa noite. Elas me deixam mais sociavel. Uso ecstasy faz sete anos e sempre misturo com álcool, cocaína e LSD. Gosto de ficar o mais 'louca' possível."
Marina, 31 anos, dona de loja de roupas
O segundo relato dizia assim:
"Hoje não faço nem metade do que fazia. Em doze horas de festa, tomava três comprimidos de ecstasy, dois ácidos, fumava uns oito cigarros e haxixe e bebia seis copos de vodca. Diminuí o ritmo porque ficava introspectivo e não tinha paciência para conversar. mesmo assim, não dispenso essa combinação. Quando algum amigo tem anfetamina e efedrina, também ponho junto."
Antônio, 23 anos, economista.
Qual então será a alternativa a ser buscada por nós, jovens, que queremos seguir a verdade de Deus para a nossa história?


Os meus vinte e poucos anos...

A resposta que pretendo dar talvez será a que menos você ouvirá nos jornais, na televisão e infelizmente na maioria das igrejas: case-se! O casamento é uma das melhores formas de diversão da juventude que Deus poderia ter planejado. Centenas de amigos meus - inclusive amigos da igreja - me dizem o seguinte: "primeiro eu vou curtir a minha vida, depois vou casar". Ao que eu sempre respondo: errado, errado, errado.  A Bíblia nos ensina que curtir a vida como jovem é o casamento. Um exemplo bem prático é um trecho bem conhecido do livro de Provérbios, de acordo com A Mensagem de Eugene Peterson:
"A água da sua fonte é só sua, não para circular entre estranhos. Abençoada seja a sua fonte de águas refrescantes! Alegre-se com a sua esposa e companheira desde jovem, Que é amável como um anjo, linda como uma flor - Nunca deixe de se deleitar em seu corpo. Nunca ache que o amor está garantido para sempre, Mas conquiste a mesma mulher todos os dias. Por que trocar a intimidade verdadeira por prazer momentâneo com uma prostituta ou por um flerte com uma promíscua qualquer?" Provérbios 5.17-20

Este texto é simplesmente fantástico e nos adverte com os 3 princípios bíblicos sobre o relacionamento conjugal verdadeiro: 1. É monogâmico. Tire água do próprio poço é o que o texto quer nos ensinar. Preste atenção! Será que você quer chegar um dia em casa e encontrar o seu barril vazio? Seu manancial é só seu; não divida com ninguém! 2. É na juventude. O sábio quer fazer o seu leitor se lembrar da época de seu casamento, de sua companheira que entrou em sua vida na sua juventude. E mais, que provavelmente ainda é jovem, pois faz elogios ao seu corpo, em especial os seios - que é algo que com o tempo caí - que aqui é visto como algo robusto. Sem dúvida, a juventude é a época mais adequada para o casamento porque é a estação da força corporal, da gestação, da beleza entre muitas outras coisas. 3. É prazeroso. Note bem a referência às carícias que ambos trocam entre si, o enlace de seus corpos, os beijos, a sensualidade, o sexo em um contexto de amor e intimidade profunda. E, além disso, o sábio faz bem ao alertar: "por que trocar a intimidade verdadeira por prazer momentâneo com uma prostituta?" O prazer é novamente alicerçado na aliança durável e não em sua fugacidade. A Bíblia aconselha que o tempo mais apropriado para o casamento são os nossos vinte e poucos anos. Mas nós estamos tão cheios das obrigações da nossa cultura narcisista, que achamos que o casamento é uma coisa chata e para velhos. Precisamos mudar radicalmente esta nossa visão. Deus está mais interessado em nossa alegria e satisfação do que nós imaginamos; mas para isso se tornar uma realidade é necessário ouvir melhor o que ele está nos dizendo.


Perguntas para reflexão:

1.  Você concorda que o grande lema da nossa cultura sobre os relacionamentos é "beijar, transar e largar"?  Você já viveu algo parecido?
2.  Por quais razões nossa gente tem procurado satisfação em relacionamentos líquidos e superficiais?
3.   Como você acha que a Bíblia responde a essas perguntas?

Por Jean Francesco