quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Até onde o casal cristão pode ir na cama? Sex Shop, fantasias sexuais, fetiches, Deus e pecado

O que o casal pode fazer na cama? Até onde pode ir? O que é pecado e o que não é? O assunto é tabu nas igrejas e muitos preferem não falar sobre para evitar polêmicas, mas acabe deixando o povo de Deus sem informações.
Abaixo você confere uma matéria do site Guia-me com Ariovaldo Jr. e o Pastor Cláudio Duarte, do ministério Casados para Sempre, falando sobre alguns tabus da sexualidade cristã:

A própria Bíblia está cheia de orientações sobre comportamento afetivo e sexual entre casais. O apóstolo Paulo enfatizou que homem e mulher devem sempre manter um acordo sobre suas relações sexuais a fim de evitar tentações (1 Cor 7:5). Diante de tantas pressões, o escritor do maior número de cartas do Novo Testamento sintetizou muito bem:
 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por elas” (1 Cor 6:12).

Assim sendo, o que seria lícito ou não para um casal cristão nos momentos de intimidade?
Sais de banho e óleos afrodisíacos, vibradores, cintas de couro masculinas e femininas, massageadores, elementos de sadomasoquismo e fantasias, alongadores penianos, próteses, roupas íntimas comestíveis para homem e mulheres, géis, pomadas, “lingeries” e toda sorte de produtos estimulantes para uma relação sexual são encontrados em “sexshops”, com preços que estão longe de serem prazerosos, elas aguçam a curiosidade de muitos. É o caso de Lídia Gomes (nome fictício). Evangélica desde criança e casada recentemente, ela não vê qualquer tipo de problema em freqüentar uma dessas lojas. “Muitos produtos que existem ali eu não gosto, mas não vejo problema em utilizar alguns para satisfazer os desejos em comum com meu marido”, admitiu.
Para o jovem pastor, Ariovaldo JR, os pastores preferem fugir destes questionamentos porque encontra no legalismo o caminho mais fácil para evitar a polêmica. “É estranho isso, mas nossa cultura cristã preferiu demonizar alguns lugares. Da mesma maneira que uma video-locadora possui filmes convencionais e filmes pornográficos, um sexshop embora possua acessórios cujo uso seja degradante de alguma maneira, este também pode servir como auxílio para o exercício de uma sexualidade prazerosa e dentro dos parâmetros bíblicos. Cristãos frequentando sexshops devem apenas saber o limite do que convém. Fora isso, não há regras” diz.
Segundo Ariovaldo Jr, a bíblia impõe “limites” na questão da relação sexual do casal. “Sim! Há limites. Mas até o conceito de “relação sexual” está deturpado em nosso julgamento. Toda interação entre pessoas é necessariamente sexual. Por isso não podemos sufocar a sexualidade dos jovens, mas devemos ajudá-los a compreender que ser homem não é penetrar uma garota com seu pênis, mas agir/pensar/influenciar/amar como homem “de verdade”. E as garotas igualmente perceberão que não é via penetração ou sendo “apalpadas” que estarão exercendo sua sexualidade. Mas sendo mulheres no sentido mais amplo da palavra. Olhando as coisas desta maneira, percebe-se que o exercício da sexualidade não está ligado apenas ao ato sexual com penetração, mas a todas as relações do dia a dia. Afirmo que o “limite” para as relações é o céu. Isto significa na prática que, havendo consentimento, havendo amor, havendo empatia, havendo confiança… se Deus é glorificado e toda a Trindade faz questão de assistir o que acontece entre as quatro paredes, então este é o sexo válido! O melhor sexo é aquele onde Deus está presente como expectador, alegre por dizer “estes são os meus filhos, a excelência da minha criação!”explica.
A Fantasia sexual na Bíblia – Outro assunto em pauta na vida dos casais cristãos é a fantasia sexual. Presentes no imaginário dos homens e mulheres, as fantasias sexuais envolvem os cinco sentidos: o olfato, a visão, o tato, o paladar e a audição e aumentam o prazer sexual, pois induz à excitação e em alguns casos faz com que o ambiente sexual do casal se torne divertido, além de proporcionar ao casal uma variação nas relações sexuais, as fantasias sexuais são excitantes porque ativam o hipotálamo, estimulando o desejo sexual, além de proporcionar euforia e bem-estar.
Embora a Bíblia seja a carta de amor de Deus ao homem, nela encontramos vários textos que ressaltam a beleza do sexo na vida de um homem e de uma mulher. O livro de Cantares de Salomão, por exemplo, é um livro que descreve a beleza da sexualidade entre um homem e uma mulher. Na relação daquele casal havia espaço para as fantasias sexuais envolvendo o olfato (Ct 4.10), as carícias (7.3) e lugares diferentes (7.12,13, o ponto crítico das fantasias sexuais dentro de um relacionamento cristão acontece quando se desenvolvem pensamentos que não são permitidos perante Deus e seus princípios.


Para o pastor e fundador do ministério Casados para Sempre, Cláudio Duarte, as fantasias sexuais são permitidas desde que usadas com equilíbrio. “Acho que não tem problema nenhum a mulher ou o marido se caracterizar com alguma roupa para agradar o parceiro e dar “aquela apimentada”. O que não pode é o corpo deixar de ser o centro do desejo.”
Fazendo coro com Cláudio, Ariovaldo JR, também não vê problemas em nas fantasias sexuais desde que usadas de forma coerente e em comum acordo com seu parceiro “ Podemos celebrar fantasias em conjunto (os dois juntos) em que o outro é valorizado ao invés de ser substituído. O pecado se manifesta nas relações quando há o interesse de uma das partes em satisfazer seu próprio desejo. Isto é oposto do propósito de Deus para o homem e a mulher. E é também o que alimenta nas pessoas vícios sexuais que são danosos, como por exemplo o consumo de pornografia. Mas ainda bem que não precisamos viver aprisionados nestas mentiras, pois tudo que Deus criou para nós é perfeito. Quem sabe colocando “detalhes” e dúvidas sobre este assunto em nossas orações, possamos aprender mais sobre a excelência do relacionamento criado por Deus. Sem pudores. E lembrando que para Deus, estamos nus o tempo todo” finaliza.

E você, concorda com eles? Usaria fantasias sexuais? Você iria a sex shop? E se fizessem uma loja dessas mais voltado ao público cristão, você aprovaria, compraria? Até onde um casal cristão pode ir na cama? COMENTE


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Fonte: Gospel+

domingo, 25 de novembro de 2012

Virgindade subversiva

Sarah Hinlicky, 12 anos após
 escrever esse artigo, casada.

Tá, eu admito. Eu tenho 22 anos e ainda sou virgem. Não por falta de oportunidade, minha vaidade se apressa para acrescentar. Se eu tivesse me sentido muito sobrecarregada por minha inocência antiquada, eu poderia ter encontrado alguém para resolver o problema. Mas nunca o fiz.
Nossa cultura me diz que alguma força opressiva deveria ser a causa da minha virgindade tardia – talvez um excessivo temor de homens, de Deus ou de ser pega no flagra. Talvez seja isso mesmo, já que eu posso apontar um número de influências que me levaram a permanecer virgem. Minha mãe me ensinou que auto-respeito exige autocontrole, e o meu pai me ensinou a exigir o mesmo dos homens. Eu sou bastante caipira para suspeitar que contraceptivos talvez não bastem para prevenir uma gravidez indesejada ou uma DST, e eu acho que aborto é matar um bebê. Eu realmente acredito na doutrina cristã da lei e da promessa, que significa que os dez mandamentos ainda estão entranhados na minha consciência. E ainda sou ingênua o suficiente para acreditar em um permanente, exclusivo e divinamente ordenado amor entre um homem e uma mulher, um amor tão valoroso que me motiva a manter as minhas pernas firmemente cruzadas nas mais tentadoras situações.
Definindo a sexualidade
Apesar de tudo isso, eu ainda acho que tenho um quê de feminista, já que a virgindade tem o resultado de criar respeito e de defender o valor da mulher assim disposta. Mas descobri que o reinado do feminismo de hoje vê pouco uso nisso. Houve um tempo quando eu era boba o bastante para procurar na literatura entre as publicações para mulheres que poderiam oferecer suporte nessa minha decisão pessoal. (Tudo é uma questão de escolha, afinal de contas, não é?) A escassez de informação sobre virgindade pode levar alguém a acreditar que o assunto é um tabu. Entretanto, eu fui bastante feliz ao descobrir um pequeno artigo sobre o assunto que referenciava o volume do feminismo, Our Bodies, Ourselves (Nossos Corpos, Nós mesmos – tradução livre).
A edição mais recente do livro tem uma atitude mais  positiva que a edição anterior, onde reconhece a virgindade como uma legítima escolha e não somente um subproduto da cultura patriarcal. Apesar disso, em menos de uma página, presume-se a cobrir o conjunto da emoção e experiência envolvida na virgindade, a qual parece consistir simplesmente na noção de que a mulher deveria esperar até ela estar realmente pronta para expressar sua sexualidade. E isso seria tudo a se dizer sobre o assunto. Aparentemente, a expressão sexual toma lugar somente dentro e depois do ato da relação sexual. Qualquer coisa mais sutil – como o amor delicado pela cozinha, a tendência a chorar assistindo filmes, o instinto maternal irreprimível, ou até um beijo apaixonado de boa-noite – é julgado como uma demonstração inadequada de identidade sexual. A mensagem velada de Nossos Corpos, Nós Mesmos é clara o suficiente: enquanto uma mulher for virgem, ela permanece completamente assexuada.
Surpreendemente, esta atitude tem se infiltrado no pensamento de várias mulheres da minha idade.  Mulheres que deveriam ainda ser novas o bastante na rede de mentiras chamada de idade adulta para terem um pouco mais de noção. Uma das memórias mais vívidas da faculdade é uma conversa com uma grande amiga sobre minha (para ela) bizarra aberração da virgindade. Ela e outra garota estavam divagando sobre os terríveis detalhes de suas vidas sexuais. Finalmente, depois de algum tempo, minha amiga de repente exclamou para mim: “Como você consegue isso?”
Um pouco surpresa, eu disse, “Consegue o que?”
“Você sabe”, ela respondeu um pouco relutante, talvez em usar a grande e temerosa palavra-com-V. “Você ainda não… dormiu com ninguém. Como você consegue isso? Você não quer?”
Essa pergunta me intrigou, porque estava totalmente distante da resposta. Claro que eu quero – que pergunta estranha! – mas simplesmente querer não é lá um bom guia para a conduta moral. Garanti à minha amiga em questão que minha libido estava funcionando normalmente, mas então eu tinha que apresentar uma boa razão por que eu estava prestando atenção às minhas inibições todos estes anos. Propus as razões comuns – saúde emocional e física, princípios religiosos, “me guardar” até o casamento – mas nada a convencia até que eu disse “Acho que não sei o quê estou perdendo”. Ela ficou satisfeita com aquilo e terminou a conversa.

Por um lado, claro, eu não sei o que estou perdendo. E é muito comum entre aqueles que sabem o que estão perdendo percorrer grandes distâncias para garantir que não perderão por muito tempo. Por outro lado, entretanto, eu poderia listar um monte de coisas que eu sei que estou perdendo: dor, traição, ansiedade, auto-engano, medo, desconfiança, raiva, confusão e o horror de ter sido usada. E estes são apenas aspectos emocionais; há ainda doenças, gravidez indesejada e aborto. Como se para provar meu caso do outro lado, minha amiga passou por uma traição traumática dentro de um mês ou dois depois da nossa conversa. Acontece que o homem envolvido tinha prazer em dormir com ela, mas se recusou a ter um “relacionamento real” – uma triste realidade que ela descobriu somente depois de algum tempo.
Poder da escolha
De acordo com a sabedoria feminista, sexualidade é para ser entendia através dos conceitos de poder e escolha. Não é uma questão de algo tão banal biológico quanto a produção de crianças, ou até mesmo a noção mais elevada de criação de intimidade e confiança. Às vezes até parece que o sexo nem deveria ser divertido. O objetivo da sexualidade feminina é afirmar o poder sobre os homens infelizes, para controle, vingança, prazer próprio ou forçar um compromisso. Uma mulher que se recusa a expressar-se na atividade sexual, assim, cai vítima de uma sociedade dominada pelos homens, que pretende impedir as mulheres de se tornarem poderosas. Por outro lado, diz-se, uma mulher que se torna sexualmente ativa descobre seu poder sobre os homens e o exercita, supostamente para sua valorização pessoal.
Esta é uma mentira absurda. Este tipo de guerra dos sexos da sexualidade resulta somente em uma vitória pírrica – vitória obtida a alto preço com prejuízos irreparáveis. Os homens não são aqueles que ficam grávidos. E quem já ouviu falar sobre um homem comprar uma revista para aprender os segredos para fisgar uma esposa? Sacrifício e renuncia do poder são naturais para as mulheres – pergunte a qualquer mãe – e elas também são o segredo do apelo feminino. A pretensão que agressão e verdade absoluta são as únicas opções para o sucesso do sexo feminino tem aberto portas aos homens predadores. O desequilíbrio do poder se torna maior que nunca em uma cultura de fácil acesso.
Contra este sistema de exploração mútua está a alternativa mais atraente da virgindade. Ela foge do ciclo cruel de ganhar e perder, porque se recusa a jogar o jogo. A promiscuidade de ambos os sexos vai tentar ferir, um ao outro, disfarçando infidelidade e egoísmo como liberdade e independência, e culpando o resultado sempre no outro. Mas ninguém pode reivindicar o controle sobre o virgem. Virgindade não é uma questão de afirmar o poder para manipular. É uma recusa em explorar ou ser explorado. Isso é o real e responsável poder.
Mas há mais do que mera fuga. Há um apelo inegável em virgindade, algo que escapa ao rótulo de desprezo feministas ressentidas de “puritana”. A mulher virgem é um objeto de desejo inatingível, e é precisamente sua inatingibilidade que aumenta o desejo. O feminismo tem dito uma mentira em defesa de sua própria promiscuidade, que não há poder sexual na virgindade. Pelo contrário, a sexualidade virgem tem um poder extraordinário e incomum. Não há como duvidar dos motivos de uma virgem: sua força vem de uma fonte além de seus caprichos transitórios. A sexualidade é dedicada à esperança, ao futuro, ao amor conjugal, às crianças e a Deus. Sua virgindade é, ao mesmo tempo, uma declaração de sua madura independência dos homens. Permite que uma mulher se torne uma pessoa completa em seu próprio direito, sem a necessidade de um homem para se revoltar contra ou a completar o que falta. É muito simples, na verdade: não importa o quão maravilhoso, charmoso, bonito, inteligente, atencioso, rico ou persuasivo ele é, ele simplesmente não pode tê-la. Uma virgem é perfeitamente inalcançável.
Claro, houve algumas mulheres que tentaram reivindicar essa independência dos homens, voltando-se para si mesmas, optando pela sexualidade lésbica em seu lugar. Mas este é apenas mais uma, e talvez mais profunda, rejeição de sua feminilidade. Os sexos se definem em sua alteridade. Lesbianismo esmaga a concepção de alteridade afogar a feminilidade num mar de mesmice, e no processo perde qualquer noção do que faz o feminino, feminino. Virgindade defende de forma simples e honesta o que é valioso e exclusivo para mulheres.
O corolário do poder é a escolha. Novamente, a feminista pressupõe que mulheres poderosas sexualmente serão capazes de escolher seus próprios destinos. E mais uma vez, isso é uma mentira. Ninguém pode se envolver em relações sexuais extraconjugais e controlá-las. Em nenhum lugar isso é mais aparente do que no pesadelo do colapso moral de nossa sociedade desde a revolução sexual. Algum tempo atrás eu vi na TV a introdução do inovador “preservativo feminino.” Uma porta-voz numa conferência de imprensa, comemorando o lançamento, declarou alegremente a nova liberdade que deu às mulheres. “Agora as mulheres têm mais poder de barganha”, disse ela. ”Se um homem diz que ele se recusa a usar preservativo, a mulher pode responder, tudo bem, eu uso!” Fiquei embasbacada por seu entusiasmo com a dinâmica da nova situação. Por que será que duas pessoas com tanta animosidade entre si consideram manter relações sexuais? Que bela opção de liberdade foi dada a eles!
A terrível realidade, claro, é que não há nada de livre escolha quando as mulheres têm de convencer os homens a amá-las e precisam convencer-se que são mais do que apenas “bens usáveis”. Há tantas jovens que tenho encontrado, para quem a atividade sexual de livre escolha significa um breve momento de prazer – se tanto – seguido pelos efeitos colaterais não escolhidos de incerteza paralisante, raiva pelo envolvido e, finalmente, um profundo ódio a si mesmas que é impenetráveis pela análise feminista. A chamado liberdade sexual é, na verdade, apenas proclamar-se estar disponível gratuitamente e, assim, sem valor. ”Escolher” essa liberdade é equivalente a dizer que não se vale nada.
Reconhecidamente, há algumas pessoas que dizem que sexo não é nada tão sério ou importante, mas somente mais uma atividade recreativa não tão diferente do ping-pong. Eu não acredito nisso por nem um segundo. Aprendi, de uma forma muito significativa, com outra mulher a força destrutiva do sexo fora do controle quando eu mesma estava sobre uma considerável pressão em atender as demandas sexuais de um homem. Eu discuti a perspectiva com esta amiga, e depois de algum tempo ela finalmente me disse, “Não faça isso. Até agora na sua vida, você fez as escolhas certas e eu fiz todas as escolhas erradas. Eu me importo o suficiente com você para não querer ver você acabar como eu.” Naturalmente, aquilo fez a minha cabeça. Sexo importa, importa muito; e eu posso somente esperar que aqueles que negam isso acordem para tal erro antes que se machuquem cada vez mais.
As mentiras que o feminismo tem pregado são assustadoras e destrutivas às mulheres. Tem criado a ilusão de que não há espaço para a autodescoberta fora do comportamento sexual. Não apenas isso é uma mentira grotesca, mas também é bem chata. Fora a dispensa implícita de toda riqueza fora do domínio do sexo, esse falso conceito tem imposto duros limites ao alcance dos relacionamentos humanos. É dito para nós que amizades entre homem e mulher são apenas uma enrolação até que eles finalmente se envolvam. Enquanto o romance é natural e uma expressão de amor recomendável entre um homem e uma mulher, não é simplesmente a única opção. E na nesse clima sexualmente competitivo, mesmo o amor romântico mal merece esse título. Virgindade entre aqueles que buscam o amor marital ajudaria muito a melhorar o desempenho e solidificar o mesmo, criando uma atmosfera de honestidade e descoberta antes da igualmente necessária e desejada consumação. Onde o feminismo vê a liberdade dos homens em colocar partes de seus corpos à disposição, neste jogo bizarro de auto-engano, a virgindade reconhece igualmente o vulnerável, embora frequentemente negligenciado, estado dos corações dos homens, e busca um caminho para os amarem verdadeiramente.
É estranho e incomodo para mim que o feminismo nunca tenha reconhecido o poderoso valor da virgindade. Eu tendo a pensar que muito da agenda feminista é mais investida em uma cultura de autonomia e darwinismo sexual do que em elevar genuinamente as mulheres. Claro, virgindade é uma batalha contra a tentação sexual, e a cultura popular sempre opta pelo caminho mais fácil ao invés das dificuldades que moldam o caráter. O resultado são mulheres superficiais moldadas por escolhas sem sentido, dignas de serem tratadas como estereótipos, ao invés de mulheres caráter louvável, dignas de serem tratadas com respeito.
Preparar para amar
Talvez a virgindade pareça um pouco fria e até arrogante e insensível. Porém, a virgindade quase nunca tem a exclusividade de assumir estes defeitos, se é que assume algum deles. Promiscuidade oferece um destino muito pior. Eu tenho uma grande amiga que, infelizmente, tem mais conhecimento do mundo que eu. Pelos padrões da libertinagem feminina, ela deveria se orgulhar de suas conquistas e estar pronta para mais, mas ela não está. O momento mais revelador sobre o que se passa em seu coração veio a mim uma vez enquanto estávamos ao telefone, especulando sobre o nosso futuro. Geralmente essas especulações são cheias de viagens exóticas, aventuras e pós-graduações. Naquela hora, entretanto, elas não eram. Ela confessou para mim que o que ela realmente queria era viver numa fazenda no interior de Connecticut, criando várias crianças e bordando toalhas de chá. É um adorável sonho, nada ambicioso, e doméstico. Mas os seus curtos e fracassados relacionamentos sexuais não a levaram de qualquer forma mais perto de seu sonho e deixaram pouca esperança de que ela sequer conseguirá alcançá-lo. Devo ser honesta aqui: a virgindade também não me levou a uma fazenda no interior de Connecticut. A inocência sexual não é garantia contra dor-de-cotovelo. Mas há uma diferença crucial: não perdi uma parte de mim para alguém que posteriormente tratou com desprezo, rejeitou e talvez nunca se importou com isso.
Eu espero sinceramente que a virgindade não seja um projeto de vida para mim. Muito pelo contrário, meu compromisso subversivo com a virgindade serve como preparação para outro compromisso, de amar um homem completamente e exclusivamente.  Reconhecidamente, há uma pequena frustração em meu amor: eu ainda não conheci O homem (pelo menos, não que eu saiba). Mas a esperança, aquela que não desaponta, me sustém.
Por Sarah Hinlicky  Fonte IProdigo
Traduzido e gentilmente cedido por Rebeca Nascimento | iPródigo.com | Original aqui

sábado, 24 de novembro de 2012

Razões para não se casar com um não crente

Ao longo de nosso ministério, a questão pastoral mais comum que eu e Tim confrontamos provavelmente é a do casamento – atual ou futuro – entre cristãos e não cristãos. Muitas vezes penso que seria muito simples se eu pudesse simplesmente me retirar da conversa e convidar aqueles que já casaram com não crentes para falarem aos solteiros que estão buscando desesperadamente alguma brecha que os permita casar com alguém que não compartilham de sua fé.
Assim, eu poderia pular toda a parte de citar as passagens da Bíblia que chamam os solteiros a casar “contanto que ele pertença ao Senhor” (1 Coríntios 7.39), a não se submeterem ao “jugo desigual com descrentes” (2 Coríntios 6.14) e as prescrições do Antigo Testamento contra o casamento com o estrangeiro seguidor de outros deuses além do Deus de Israel (veja que em Números 12, Moisés se casa com uma mulher de outra raça, mas da mesma fé). Você encontra passagens assim em abundância, mas quando alguém já permitiu ao seu coração um laço com uma pessoa de outra fé, tenho visto que a Bíblia já foi diminuída de seu papel de regra não negociável de fé e prática.
Ao invés disso, as variações da pergunta da serpente para Eva – “Foi isto mesmo que Deus disse?” – surgem aos montes, como se, por acaso, esse caso específico pudesse ser algum tipo de exceção, levando em conta o quanto eles se amam, o quanto o não crente apóia e entende a fé cristã e como eles são almas gêmeas apesar da falta de uma fé que una as duas almas.
Já ficando velha e impaciente, às vezes tenho vontade de simplesmente falar “não vai dar certo, a longo prazo. O casamento já é difícil o bastante quando é entre dois crentes em perfeita harmonia espiritual. Se poupe da dor de cabeça e parta pra outra”. Entretanto, tal grosseria não está de acordo com o espírito pacificador de Cristo e nem é convincente.

 

Mais triste e mais sábia

Se eu pudesse apenas reunir aquelas mulheres mais tristes e mais sábias (e homens também) que se encontraram em casamentos desiguais (seja por sua própria tolice ou por um cônjuge que encontrou Cristo após o casamento) com os casais otimistas e radiantes que estão convencidos de que a sua paixão e o seu compromisso irão superar todos os obstáculos. Até o obstáculo da desobediência descarada. Apenas dez minutos de conversa – um minuto, se a pessoa for muito sucinta – seria o suficiente. Nas palavras de uma mulher que estava casada com um homem muito bom e gentil que não compartilhava de sua fé: “se você pensa que está sozinha antes de se casar, não é nada comparado à quão sozinha você ficará APÓS o casamento!”.
Na verdade, talvez essa seja a única abordagem pastoral eficaz: achar um homem ou uma mulher que estejam dispostos a conversar honestamente sobre as dificuldades de sua situação e convidá-los para uma sessão de aconselhamento com o casal prestes a cometer o grande erro. Um alternativa, talvez, seria algum diretor criativo que estivesse disposto a percorre o país filmando indivíduos que estão vivendo as dores de um casamento com um não crente, e criar um documentário de uns 40 ou 50 depoimentos curtos (menos de 5 minutos). Talvez o peso coletivo dessas curtas histórias seja mais poderoso do que qualquer lição requentada possa ser.

 

Três saídas

Por enquanto, entretanto, não temos essa opção. Há apenas três caminhos que um casamento desigual pode seguir (e por desigual, estou disposta a flexibilizar ao ponto de incluir cristãos genuínos que desejam casar com um cristão nominal ou talvez algum cristão completamente imaturo e desprovido de crescimento e experiência):
  1. Para estar em maior sintonia com seu cônjuge, o cristão terá que empurrar Cristo para as margens de sua vida. Isso talvez não envolva repudiar diretamente a fé, mas em assuntos como vida devocional, hospitalidade com os crentes (reuniões de grupos pequenos, receber pessoas necessitadas em caráter emergencial), apoio a missões, dízimo, educação dos filhos, comunhão com outros crentes – tais coisas deverão ser minimizadas ou evitadas para preservar a paz do lar.
  2. Por outro lado, se o crente do casamento mantém uma vida cristã firme e sólida, o cônjuge não cristão será marginalizado. Se ele/ela não entende o propósito de estudos bíblicos e oração, viagens missionárias ou hospitalidade, então ele/ela não poderá ou não irá participar dessas atividades junto com o cônjuge crente. A unidade e a união profundas do casamento não florescerão quando um cônjuge não pode participar completamente dos compromissos mais importantes da outra pessoa.
  3. Então, ou o casamento sofre até o ponto de acabar, ou o casal sofre junto, vivendo em algum tipo de trégua que envolve um ou outro abrindo mão de algumas coisas, de forma que ambos viverão sentindo-se sozinhos e infelizes.
Isso soa como o tipo de casamento que você quer? Um casamento que sufoca seu crescimento em Cristo ou sufoca o crescimento como casal, ou as duas coisas? Pense na passagem já citada de 2 Coríntios 6.14 sobre o jugo desigual. Muitos de nós já não vivem em culturas agrícolas, mas tente imaginar o que aconteceria se um fazendeiro ata à carroça, digamos, um boi e um jumento. O jugo pesado de madeira, projetado para se aproveitar das forças do conjunto, ficaria torto devido às diferenças de peso, altura e velocidade dos dois animais. O jugo, ao invés de aproveitar as forças do conjunto para completar a tarefa, iria incomodar e machucar OS DOIS animais, já que o peso do fardo não estaria igualmente distribuído. Um casamento desigual não é tolice apenas para o Cristão, mas é injusto também com o não cristão, e acabará sendo um tormento para os dois.

 

Nossa experiência

Para fechar: um de nossos filhos começou a passar algum tempo, alguns anos atrás, com uma moça não crente, vinda de uma família de judeus. Ele nos ouviu falar sobre o sofrimento (e a desobediência) de um casamento com um não cristão por anos, então ele sabia que essa não seria uma opção (algo que reforçamos várias vezes de forma enfática). De qualquer forma, a amizade deles cresceu e se transformou em algo mais. Para dar algum crédito, nosso filho disse a ela: “eu não posso me casar com você a não ser que você se torne cristã, e você não pode se tornar cristã só para se casar comigo. Eu vou com você à igreja, mas se você deseja seriamente descobrir o cristianismo, você terá que fazer por conta própria – encontrar um pequeno grupo, ler livros e conversar com outras pessoas além de mim”.
Felizmente, ela é uma moça de muita integridade e coragem, e começou uma busca pelo entendimento das afirmações de exclusividade da Bíblia. Conforme ela crescia em direção à fé, para nossa surpresa, nosso filho também começou a crescer em sua fé, para manter o mesmo ritmo dela! Ela me disse certa vez “como você bem sabe, seu filho nunca deveria estar saindo com uma mulher como eu!”.
Ela eventualmente veio à fé, e ele segurou a água com a qual ela foi batizada. Na semana seguinte, ele a pediu em casamento, e eles já estão casados há dois anos e meio, ambos crescendo, ambos lutando, ambos se arrependendo. Nós amamos os dois e somos muito gratos por ela pertencer à nossa família e ao corpo de Cristo.
Eu só menciono essa história pessoal porque muitos de nossos amigos no ministério já viram resultados muito diversos – filhos que se casam com alguém de outra fé. A lição da história para mim é que, mesmo em lares pastorais – onde as coisas de Deus são ensinadas e discutidas e onde os filhos têm uma grande oportunidade de acompanhar os conselhos que seus pais dão a casais – filhos crentes brincam com relacionamentos que se desenvolvem mais do que esperam, terminando em casamentos que não têm finais felizes. Se isso é verdade nas famílias dos líderes cristãos, o que dirá nas famílias do rebanho?
Precisamos ouvir as vozes de homens e mulheres que estão em casamentos desiguais e aprender, com seus sofrimentos, porque não essa não é uma escolha não só desobediente como muito tola.
Por:  Kathy Keller  - Fonte: IPródigo
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

NOITE DE NÚPCIAS: o que fazer e o que não fazer?

Recebi alguns e-mails de pessoas preocupadas com a sua primeira noite, além disso, escutei diversos relatos inusitados e contrangedores sobre a noite de núpcias de alguns casais. Foi então que pensei: "Acho que seria uma "mão na roda" escrever sobre o assunto". Não, não existem regras, mas dicas e conselhos são sempre bem-vindos! Não sei qual é o seu caso, mas estou pressupondo que os dois ainda sejam virgens e estão a caminho da tão sonhada e esperada "primeira noite"! Caso um dos dois ou os dois não sejam mais virgens, o conselho é: "João, você precisa entender que Maria não é como qualquer mulher; Maria, você precisa entender que João não é como qualquer homem. Esqueçam o passado e comecem do zero!"

Não vou entrar no assunto "sexo antes do casamento", pois já escrevi dois textos a respeito. Recomendo que leiam: Posso transar antes de casar? e Posso transar antes de casar - parte II

Bom, vamos ao que interessa:

- Não fantasie. Tire da sua cabeça que a noite de núpcias será como a dos filmes hollywoodianos, isso não existe! Não crie expectativas demais para não se decepcionar. Muita dor e muita mágoa poderiam ser evitadas se os casais simplesmente conversassem sobre o que querem e o que não querem.

- Conversem sobre o assunto algumas semanas antes do casamento. Um dica legal é: leiam juntos o livro: "Entre lençóis - de Kevin Leman". Discutam um capítulo por vez. Se você for tímido demais para falar sobre o assunto, aí está uma ótima oportunidade de enfrentar o "medo". Um casal deve ter liberdade e intimidade para conversar sobre qualquer tema, afinal, se vocês não tem liberdade para falar sobre sexo, qual é a real intimidade de seu relacionamento? Leiam também o livro de Cantares na Bíblia. Aquilo que é erotismo! É bom para entenderem como Deus não apenas permite como celebra a sexualidade conjugal.

- Posições sexuais. Esse não é o momento de experimentarem todas as posições e práticas sexuais conhecidas. Vocês terão a vida inteira pra isso! Dizer ao seu futuro marido ou esposa o que você acha que seria ir longe demais na primeira noite, pode evitar mal-entendidos e ajudará o futuro parceiro a frear suas expectativas e ter uma visão mais realista de como será a noite de núpcias, evitando assim, possíveis desapontamentos.

- Muita calma nessa hora! A não ser que você tenha um vôo marcado para as 05h00 da manhã, e chegou às 04h00 no hotel, não precisa correr. Aliás, é interessante que o casal pense nisso na hora de marcar o horário de embarque para a lua-de-mel. Noite de núpcias não pode ser sinônimo de pressa! Se você é o homem da história, imagino que esteja "a ponto de bala". Mas se for com muita sede ao pote, pode causar uma reação do tipo: "Mas é só isso? Quanta decepção!" Lembre-se: mulheres funcionam como fogão à lenha, demoram pra esquentar, por isso, muita calma nessa hora. Sair do banheiro nu e "armado" pode ser desconcertante e até mesmo traumatizante para uma mulher que nunca tenha visto o genital masculino ao vivo e a cores. Tire da sua cabeça que isso é excitante! O homem precisa entender que o sexo vai muito além da genitália. Para uma mulher, ele envolve palavras e emoções, e outras coisas além do toque físico.



- Dor. Se sua futura esposa for virgem, é muito provável que ela sinta dor durante a relação. Mas isso é natural! Um boa dica é levar um lubrificante para auxiliar no momento da penetração (KY, por exemplo). Se estiver usando camisinha, não use vaselina e nem qualquer produto a base de petróleo, pois essa substância destrói o látex. Pode ser que a penetração não aconteça na primeira tentativa. Relaxe, isso é bastante comum. Existem casos em que ela acontece só na terceira ou quarta tentativa. Se a dor persistir por muito tempo, é interessante conversarem com um especialista. Atendi um esposo por e-mail, que há um ano e meio não conseguia penetrar sua esposa. Depois de algumas conversas, descobrimos que ela sofria de um probleminha chamado "vaginismo". Se este é o seu caso, vale a pena pesquisar sobre o assunto.

- Esposa, antes de escolher o modelo da sua camisola ou langerie, converse com seu noivo. Pergunte a ele sobre o que acha de alguns modelos e cores. Uma langerie muito ousada e de cor chamativa, pode parecer sexy para alguns homens, mas para outros, pode despertar a reação: "Nossa, uma prostituta!". Numa noite especial como essa, a surpresa deve ser boa, e não assustadora.

- Façam exames médicos completos pelo menos 3 meses antes do casamento. Conversem com um especialista sobre métodos contraceptivos. Se a futura noiva for virgem, o médico precisará levar em conta o seu hímen. Hoje em dia, existem diversos métodos para trabalhar a região da genitália antes da noite de núpcias. Vale a pena conversar com seu ginecologista a respeito deste assunto. O pênis ereto de seu marido terá de onze a catorze centímetros de circunferência. Se não preparar sua vagina para essa atividade, correrá o risco de não sentir nada além de dor na sua primeira noite.

- Penetração. Fica difícil dizer o momento certo em que ela deve acontecer. É interessante que o casal tenha uma boa comunicação durante o ato sexual, através de toques, olhares e carinhos. Uma boa dica é que a esposa, de alguma forma, sinalize que está pronta. Isso não quer dizer que o marido deve pentrá-la na velocidade de cem quilômetros por hora! Tudo deve ser feito com muita calma e carinho, sempre respeitando o corpo da esposa.

- Clímax. Existe uma enorme probabilidade da esposa não chegar ao orgasmo na noite de núpcias, a não ser que o clitóris seja diretamente estimulado, mas não há nada de errado nisso, pelo contrário, é muito comum, por conta do nervosismo e falta de intimidade. O importante é que de alguma forma a esposa se sinta excitada e próxima de seu marido. Aos poucos o casal vai se descobrindo, criando intimidade e o orgasmo na mulher vai ficando mais frequente. É um verdadeiro aprendizado!

- Controlando a ejaculação. Para um homem virgem ou que não faz sexo há muito tempo, é natural que ele chegue ao clímax muito depressa. Será difícil para ele não ejacular quase que imediatamente ao ser estimulado. Uma boa dica é se autoestimular na manhã do seu casamento. Não há nada de errado nisso, muito pelo contrário! Aconselho que leia o texto Ejaculação Precoce, e trabalhe os exercícios descritos lá algumas semanas antes. Mas caso a ejaculação aconteça muito antes do esperado, não se preocupe. Limpe-se e continue dando prazer a sua esposa. Logo o "Sr. Feliz" vai estar pronto para sorrir novamente!

- Camisinha. Se optarem por utilizá-la, escolham as lubrificadas. Sugiro que o futuro noivo (caso ainda seja inexperiente) pratique a colocação alguns dias antes, assim, vai evitar o constrangimento de ver sua esposa o assistindo enquanto tenta descobrir o que vai aonde.

- Óleos de massagem. Ótima pedida! Uma maneira relaxante e prazerosa de descobrir o corpo de sua esposa. Mas preste muita atenção ao tipo de loção que vai comprar, pois a pele da mulher é muito sensível. E nem pense em chegar perto da genitália, afinal, esta noite deve ser lembrada por gemidos de prazer e não de dor!

Futura noiva: o melhor presente que pode dar ao seu marido é uma parceira sexualmente entusiasmada. Deixe as inibições de lado. Faça o possível para aceitar o seu corpo e entregue-o sem reservas a seu esposo. Ajude-o a satisfazê-la!

Marido: seu foco deve ser o de tornar a primeira noite a experiência mais amorosa e carinhosa que sua esposa jamais desfrutou. Está em suas mãos chocá-la e causar-lhe repugnância, ou amá-la com ternura e satisfazê-la. Seja o tipo de amante que coloca a esposa em primeiro lugar, que pensa nela e se antecipa a suas necessidades. Não se surpreenda se sua esposa quiser relembrar todos os detalhes do casamento antes de mostrar o mais leve interesse em fica nua. Para ela isso faz parte das preliminares do sexo, acredite! Contenha-se e envolva-se emocionalmente com ela.

E sejam felizes para sempre!

THE END


* Alguns trechos foram retirados do livro: Entre Lençóis, de Kevin Leman
Fonte: Salve seu Casamento

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um alerta para as mulheres

Para todas as esposas, essa é uma questão difícil que deve ser feita regularmente. É muito fácil se deixar levar e entrar no modo de auto-proteção. Ou, ainda pior, descobrir que nossas decepções e desejos se tornaram demandas ressentidas e acreditar que merecemos receber mais do matrimônio e do marido.
Nossos corações instáveis facilmente se desviam do caminho conforme vamos nos exaltando acima de qualquer coisa. Em nossa relutância de se arrepender, viramos as costas para Deus e para o homem que amamos. Gostaríamos de pensar que somos humildes, mas não somos. Que Deus abra nossos olhos, convença-nos do nosso pecado e nos leve ao arrependimento.
Não vou nem começar a fingir que tenho uma mensagem que não me inclua como culpada. Apesar de não ter cometido adultério durante os meus 17 anos de casamento e não estar prestes a terminá-lo, eu não sou menos culpada em relação ao pecado que leva a este destino.

 

Nosso temor pelo Senhor é pequeno


“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” Provérbios 31.30
Com atenção, volte comigo para o começo da humanidade – o Jardim do Éden. Nossa primeira mãe foi criada pela costela de seu marido por um Pai amoroso e carinhoso que a colocou ali no meio do paraíso. Infelizmente, nós mulheres frequentemente não reconhecemos quando temos algo que é bom, mesmo se isso estiver nos cercando por todos os lados.
Eva se deparou com uma simples pergunta da cobra e a conclusão dela foi: “Deus está se recusando a me dar algo. Eu mereço mais do que isso. Meus olhos estão encantados (Gênesis 3.6). Acho que vou tomar essa questão em minhas mãos.”
Eva não teve temor ao Senhor. Naquele momento ela:
  • Não valorizou a provisão de Deus;
  • Não confiou na bondade de Deus;
  • Não acreditou nas promessas de Deus.
Ela temeu mais estar perdendo algo que ela acreditava que merecia do que temeu desobedecer a Deus. Nós somos mais parecidas com Eva do que temos coragem de admitir. Nós não valorizamos a provisão de Deus (Efésios 2) de graça (favor imerecido) e de misericórdia (perdão imerecido). Nós discordamos e decidimos que merecemos algo mais confortável e fácil do que as lutas que estamos enfrentando.

 

Confie nos planos dEle, não nos seus


Nós não confiamos em sua bondade (Salmo 27), mas, ao invés disso, inventamos nosso próprio plano para obtermos satisfação ou para escapar de algo, convencendo a nós mesmas de que o prazer momentâneo é melhor. Nós não acreditamos que suas notáveis e preciosas promessas (1 Pedro 1) se aplicam à nossa luta atual. Elas não parecem suficientemente rápidas ou tangíveis para eliminar nossa ansiedade e nossa exaustiva dor.
Minhas irmãs, nós estamos erradas. Nós devemos nos arrepender. Devemos ser mulheres que temem ao Senhor.


Sem o temor a Deus, não podemos descansar satisfeitas


“O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.” Provérbios 19.23
A vida é encontrada à sombra da cruz. Ele deu tudo por nós e, de alguma maneira, nós ainda nos vemos inventando planos de contingência, nos afastando de onde encontra-se a liberdade e o perdão para buscar o que pensamos que se parece com a vida nos braços de um outro – seja um outro homem, bebida, dinheiro, ou outro salvador funcional.
Nos é dito que aquele que teme ao Senhor descansa satisfeito. Quando nos encontramos vagando nos braços de outro amante, é porque não tememos ao Senhor. Nós não tememos o Deus santo e justo que não tolera o pecado – nós apenas queremos o que queremos. Agora mesmo.
A satisfação vem pura e somente em saber que não há nada que se compare a viver nossa vida em submissão à Sua glória.

 

Nenhum mal


Como uma mulher que teme ao Senhor, você não sofrerá mal algum. Para uma mulher que verdadeiramente ama e teme ao Senhor, mal é singularmente definido por estar numa situação em que Deus não está perto. Nós nunca vamos nos encontrar nessa situação. Como suas filhas, nunca estaremos fora de Sua soberania, da justiça de Cristo ou do conforto do Espírito Santo.
Eu sei que muitas vezes parece que o mal vai nos atacar e acabar conosco. Nesses momentos, nós devemos lutar. Ironicamente, é nessas horas que o tranquilo e gentil espírito de uma mulher que agrada a Deus (1 Pedro 3) deve vir à tona.

 

Lutar pelas coisas certas 


Lutar deve parecer-se com proclamar, ativamente, o evangelho da Verdade para si mesma, combatendo seu coração enganoso e o inimigo que está determinado por vingança. Lutar deve se parecer com plena e total submissão, descansando no poder e provisão do Senhor que te sustenta. Mal algum – definido como a ausência de Deus – alcançará a mulher que teme ao Senhor.

 

Descansando em arrependimento


O arrependimento começa com uma adoração focada em Deus. Deixe para trás a auto-adoração e os lugares vazios onde você tem procurado vida. Se envolva nos braços de perdão e amor do seu Pai que deseja ser misericordioso com você. Ore por um casamento que é verdadeiramente baseado no evangelho. Isso começa com o reconhecimento de que o lugar mais assombroso para se estar é longe dEle e, o mais seguro, calmo e prazeroso é nas mãos do Pai.
Por :  Jennifer Smidt Fonte: IPródigo
Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com | Original aqui

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Devo me casar com um homem que luta contra a pornografia?

Alguns meses atrás, eu postei no meu blog uma pergunta sobre um dilema ético que uma mulher que acabou de noivar estava enfrentando. Ela havia acabado de descobrir que o seu noivo tinha “constantes batalhas contra a pornografia”. Ela não tem certeza do que fazer ou como se certificar de que está lidando com a questão da melhor forma. Aqui está a minha resposta:
Cara noiva confusa,
Muitas mulheres estão assistindo “Diário de uma paixão” ou “Crepúsculo” como referência do tipo de homem com quem deveriam se casar. Ao invés disso, você provavelmente deveria assistir “O lobisomem”.
Você já viu algum daqueles filmes antigos de lobisomem? Você sabe, aqueles em que o homem aterrorizado, encharcado de suor, se acorrenta no porão e diz aos seus amigos “o que quer que aconteça, não importa o que eu diga ou o quanto eu implore, não me deixem sair daqui”. Ele sabe que a lua cheia se aproxima e está tomando providências para proteger todos de si mesmo.
De uma forma bem real, a vida cristã é semelhante a isso. Todos nós temos pontos de vulnerabilidade, áreas de suscetibilidade ao erro e à autodestruição. Há seres soltos no universo que observam essas áreas e sabem como colaborar com a nossa fisiologia e o nosso ambiente para nos aprisionar.
A sabedoria reside em saber quais são essas áreas, saber reconhecer as armadilhas que aparecem e tomar os cuidados necessários para manter a fidelidade a Cristo e àqueles quem Deus nos deu.
O que me preocupa mais na sua situação não é que o seu potencial marido tenha uma fraqueza por pornografia, mas que você só tenha descoberto ela agora. Isso me diz que, ou ele não enxerga isso como o horror matrimonial que é, ou ele estava muito paralisado pela vergonha.
O que você precisa não é de um homem sem pecado. Você precisa de um homem profundamente consciente de seus pecados e de seu potencial para pecar mais ainda. Você precisa de um homem que enxerga o quanto é capaz de destruir a si mesmo e a sua própria família. Você precisa de um homem com a sabedoria para, como Jesus diz, arrancar e lançar fora qualquer coisa que o leve ao caminho da autodestruição.
O que você precisa não é de um homem sem pecado. Você precisa de um com a sabedoria para lançar fora o que o leva a pecar
Isso significa um homem que sabe como subverter a si mesmo. Eu, no seu lugar, iria querer saber quem, na vida dele, sabe sobre esse problema da pornografia e como essas pessoas, juntamente com ele, tem trabalhado para impedi-lo de pecar, sem expô-lo. Eu iria querer saber, dele, como ele planeja agir de forma que não consiga esconder de você essa tentação após o casamento.
Pode ser que, por conta da natureza dessa tentação, vocês dois não possam ter um computador em casa. Talvez signifique que você deva receber relatórios em tempo real de toda a atividade dele na internet. Há uma série de obstáculos que podem ser colocados no caminho. O ponto é: como forma de demonstrar amor por você, ele deve lutar (Efésios 5.25; João 10), e parte dessa luta será contra si mesmo.
Pornografia é uma tentação universal precisamente porque provoca exatamente o que os poderes satânicos desejam provocar. Ela agride a natureza trinitariana da realidade, a comunhão em amor de pessoas, substituindo por um unitarianismo masturbatório.
E a pornografia também agride a figura de Cristo e sua igreja ao interromper a união de um só corpo, deixando os casais em situação semelhante à dos nossos ancestrais, escondendo-se um do outro e de Deus, por conta da vergonha.
E a pornografia ataca, como Satanás sempre faz, a Encarnação (1 João 4.2-3), ao substituir a intimidade corporal do casal pela ilusão de intimidade remota.
Não há garantia que você possa manter seu marido longe da infidelidade, seja digital ou carnal, mas você pode se certificar que o homem que você está prestes a seguir sabe o que está em risco, sabe como se arrepender e sabe o que significa lutar contra o mundo, a carne e o Diabo por todo o caminho até a cruz.
Resumindo, encontre um homem que sabe qual é a sua “lua cheia”, o que o leva a ficar vulnerável à sua fera interior. Encontre um homem que saiba lutar consigo mesmo e saiba buscar ajuda de outras pessoas para isso.
Você não vai encontrar uma bala de prata para esse caso, mas talvez você encontre um lobisomem que vive pelo evangelho.
Por:  Russell D. Moore Fonte: IPródigo
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Expectativas Sexuais

Quando nossas expectativas sexuais em relação a nossa esposa ou esposo não são devidamente correspondidas cria-se um obstáculo, um verdadeiro fosso emocional se abre entre o casal. Normalmente e não necessariamente por conta da frustração, mas sim, pelo silencio que normalmente se estabelece entre o casal. No vídeo abaixo Winston Smith trata do assunto de maneira prática e singela, porém não menos verdadeira do que textos longos e cansativos compostos sobre o assunto. Vale a pena dar uma conferida.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

MEU MARIDO NÃO GOSTA DE SEXO!

Recebi algumas mensagens de esposas preocupadas com a falta de avidez sexual de seus maridos, conversei com um rapaz que desde sempre teve nojo de sexo e fiz alguns estudos sobre assexualidade. Bati tudo isso no liquidificador e aí está o resultado!

"Alguns são eunucos porque nasceram assim, outros foram feitos assim pelos homens, outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite". Mt 19:12


O que são eunucos? Como diz o versículo acima, existem aqueles que nasceram sem essa avidez sexual, em virtude de problemas congênitos, como o mau desenvolvimento dos testículos durante a gestação, por exemplo. Existem outros que foram feitos eunucos. Na antiguidade, era por via da castração, tirando os testículos. Por conta disso, muitas alterações hormonais ocorriam. Talvez essas pessoas até tivessem alguns desejos fantasiosos, mas o seu corpo não respondia a eles. Hoje em dia, uma pessoa é feita eunuco pela via do trauma, através da violentação. 


Por exemplo, algumas mulheres foram violentadas a vida inteira por primos, vizinhos ou tios. Quando entram na adolescência, ficam muito mais desejosas de um afago, carinho e atenção do que pelo o sexo em si, afinal, a penetração para elas se tornou como uma invasão, virou um trauma na cabeça. Estas pessoas foram feitas eunucos. Lembrando que isso não é regra. Nem toda pessoa violentada na infância se torna eunuco.



Existem também os que se fazem eunucos por amor ao Reino de Deus. Algumas desde a infância, sem crise, sem desespero, sem angústia e sofrimento, porque um elemento mais sublime tomou conta delas, as preencheu, as completou. Elas dedicam todo o fluxo de amor e afetividade a uma causa, a pessoas carentes e necessitadas. Não há nada de anormal nessas pessoas, é um escolha livre. Ninguém tem que ficar fazendo exumação da alma deste indivíduo ou biópsia do interior para descobrir se existe algo de errado. A pretensão de que todo ser humano tem que ter avidez sexual é uma doença da nossa sociedade, 
compulsiva e idolátrica. Existem pessoas extraordinárias que vivem tranquilamente sem sexo, e se você quiser colocar este elemento na vida delas, certamente irá estragá-las, gerando um desequilíbrio psicológico em alguém está completamente organizado, feliz e satisfeito. 

Bom, sobre as esposas do início do texto, sugeri que conversassem de forma transparente e amorosa com seus maridos, sem críticas, acusações ou cobranças. Existem homens que não são eunucos, mas vivem tranquilamente com uma baixa frequência sexual e não há nada de errado nisso. Em contrapartida, existem outros que necessitam de sexo todos os dias, alguns, até mais de uma vez ao dia! Mas no geral, os homens desejam o sexo com um certa frequência sim, variando de pessoa para pessoa. Quanto as mulheres, a grande maioria não sente tanto desejo sexual como os homens. Mas isso não é regra! Um certa porcentagem de mulheres tem uma avidez sexual muito mais intensa que a maioria dos homens, e não há nada de errado nisso. Pois bem, o negócio é descobrir através de uma conversa franca e amorosa como reage o organismo do seu cônjuge e o seu na área sexual.


Existem também outras questões delicadas, como homens que satisfazem todo o seu desejo sexual através da pornografia e masturbação, e por conta disso, o sexo real com a esposa acaba perdendo a frequência e qualidade. Se este for o seu caso, recomendo que leiam Masturbação e Fast-food e Como se livrar do vício da pornografia? 


Alguns outros fatores importantes não podem ser esquecidos, como o nível de estresse, ansiedade, depressão, frustração, excesso de trabalho, filhos ou quem sabe até algum problema de saúde. Alguns homens têm uma grande queda nos níveis de testosterona quando alcançam os quarenta anos e com isso tendem a perder o desejo sexual, mas com ajuda de um médico essa situação pode ser controlada. Outro motivo pode ser o uso de remédios para hipertensão, diabetes, antidepressivos, entre outros. Se no casal um deles tem uma vida mais agitada que o outro, ocorre um desequilíbrio no apetite sexual. É preciso saber também se não há resquícios de problemas do passado que foram mal resolvidos. O blog Salve meu Casamento! está aqui para ajudá-los!


Outras causas: Uma mulher desleixada com a sua higiene pessoal (mal hálito, falta de depilação e de higiene adequada nos órgãos genitais espanta qualquer um!) e com o seu corpo, pode gerar desconforto e perda do desejo sexual de um homem. Também pode ser a mistura do papel da mulher. Ela geralmente é mãe, amiga, tia, filha, dona de casa, esposa, amante e assim vai. O que ela precisa, é saber se diferenciar e se tornar uma esposa-amante nos momentos adequados! Para que isso aconteça, precisa mudar a rotina, fazer surpresas, não transar sempre do mesmo jeito e não criar hábitos sexuais como: hora, dia e local. Precisa estimular o prazer dele. Procurem voltar aos primórdios da relação. Mas não forcem o sexo, isso não é saudável.


E por fim, existem aqueles casos mais complicados, onde há uma terceira pessoa no relacionamento. Como a amante está satisfazendo o marido sexualmente, é normal que a procura pela esposa diminua. Mas calma, não se desespere. Não estou dizendo que este é o seu caso! Não me saia por aí acusando seu marido de coisas que ele não fez, faça-me o favor! Digo e repito: Tudo é questão de conversa franca, amorosa e transparente.


Bom, voltando aos eunucos, se você for um deles e se casou, escondendo do seu cônjuge o "segredo" sobre a sua sexualidade, chegou a hora de colocar as cartas na mesa. Uma mulher se sente muito frustrada ao perceber que seu marido não "a procura". Um verdadeiro "minhocário" invade a sua cabeça. Por isso a importância da conversa. Nestes casos, a esposa terá que tomar a frente da situação e procurar o marido quando sentir o desejo sexual. O marido, por sua vez, deverá procurar sua esposa algumas vezes, mesmo sem sentir o desejo, como um ato de amor e doação. Casamentos assim muitas vezes precisam de acompanhamento.


Se você é solteiro e reconhece que é assexuado, então é melhor que não se case. A não ser que encontre uma pessoa assexuada disposta a dividir, ver, viver e sentir o mundo ao seu lado de uma forma diferente da mais comum. Fica aí uma dica aos solteiros: Quando encontrar um namorado, conversem sobre o assunto!


Parafraseando Jesus: "Porque nem só de sexo viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’". (Adaptação de Mateus 4:4)

Fonte Salve seu Casamento

sábado, 20 de outubro de 2012

Excitando-nos até a morte

O casal tipicamente começa me falando sobre como suas vidas são estressantes. Talvez ele tenha perdido o emprego. Talvez ela tenha dois. Talvez suas crianças sejam descontroladas e o lar é caótico. Mas normalmente, se conversarmos por tempo suficiente, há uma sensação de que algo mais está errado. O casal vai me falar sobre como a vida sexual se aproxima da extinção.  O homem, ela me dirá, é um abismo emocional, frio na intimidade com sua esposa. A mulher está frustrada, o que parece para ele como uma mistura de raiva e humilhação. Eles só não sabem o que está errado, mas sabem que um casamento cristão não deveria ser assim.
É nesse ponto que eu interrompo a discussão, olho para o homem e pergunto: “Então, tem quanto tempo que a pornografia está aí?”. O casal vai se olhar, então olharão pra mim com uma incredulidade temerosa que deixa no ar o questionamento “Como você sabe?”. Por alguns minutos, eles tentam se recompor diante dessa exposição, imaginando, penso eu, se eu sou um profeta do Antigo Testamento ou um psíquico da Nova Era. Mas não sou nenhum dos dois. E ninguém precisa ser para perceber o espírito de nossa época. Nos nossos dias, a pornografia é o anjo destruidor do Eros (especialmente o masculino), e é hora da igreja enfrentar o horror dessa verdade.

 

Uma perversão do que é bom


De certa forma, o problema da pornografia não é nada novo. A cobiça humana por uma sexualidade anti-pactual está firmada, nos diz Jesus, não em algo externo a nós, mas em nossas paixões caídas (Mateus 5.27-28). Cada geração de cristãos tem enfrentado a questão da pornografia, seja a arte pagã referente a Dionísio, as dançarinas da Era do Jazz ou as revistas de porno-chanchada das décadas de 40 e 50.
Mas a situação é diferente agora. A pornografia agora não está simplesmente disponível. Com o advento da tecnologia da Internet, com seu alcance praticamente universal e suas promessas de privacidade, a pornografia se militarizou. Em alguns setores, especialmente entre a população jovem masculina, ela é praticamente universal. Essa universalidade não é, ao contrário do que dizem os próprios donos dessa indústria, um sinal de sua inocência, mas de seu poder.
Como qualquer pecado, a pornografia é, por definição, uma perversão do que é bom, nesse caso, o mistério do homem e da mulher juntos em uma união de um corpo só. A inclinação para isso é forte de fato, precisamente por que nosso Criador, em infinita sabedoria, decidiu que as criaturas humanas não se subdividiriam como uma ameba, mas que o homem precisaria da mulher, e a mulher, do homem, para a sobrevivência da espécie.
Além disso há um mistério maior ainda. O Apóstolo Paulo nos diz que a sexualidade humana não é arbitrária nem é meramente natural. Ela é, ele diz, em si mesma, um ícone do propósito final de Deus no evangelho. Essa união em um corpo só é uma figura da união de Cristo com sua Igreja (Efésios 5.22-23). E a sexualidade humana é submissa ao padrão do próprio Alfa e Ômega do cosmos, não é de se espantar que ela seja tão difícil de conter. E que aparente ser tão difícil de controlar.

 

Uma questão eclesiástica


A pornografia, por sua própria natureza, leva à instabilidade. Uma imagem guardada na memória nunca será suficiente para continuar excitando um homem. Deus, afinal de contas, criou o homem e a mulher de forma que se satisfaçam não com um único ato sexual, mas com um apetite constante um pelo outro, pela união procriativa e unitiva de carne com carne e alma com alma. Alguém que busca esse mistério além da união pactual nunca encontrará o que procura. Ele nunca encontrará em uma imagem nua o suficiente para satisfazê-lo.
Sim, a pornografia é uma questão de moralidade pública. Nós já falamos sobre isso repetidas vezes. Uma cultura que não resguarda a dignidade da sexualidade humana é uma cultura que caminha para o niilismo. Sim, a pornografia é uma questão de justiça social. Afinal de contas, a pornografia, pelo que sabemos hoje, é raramente só “algumas imagens”. Por trás dessas imagens estão pessoas de verdade, criadas à imagem de Deus, que, por meio de uma triste jornada a uma terra de desespero, se rebaixaram a isso. Nós concordamos com aqueles – mesmo com aquelas feministas seculares de quem tanto discordamos – que dizem que uma cultura pornográfica fere a mulher e as crianças, através da objetificação das mulheres, do tráfico de crianças e da “produtificação” do sexo.
Mas antes de ser uma questão legal, cultural ou moral, a pornografia é uma questão eclesiástica. O julgamento, como nos dizem as Escrituras, deve começar na casa de Deus (1 Pedro 4.17). O homem que está no andar de cima vendo pornografia enquanto sua esposa leva seus filhos para o treino do futebol pode até ser um guerreiro sem religião da cultura secular. Mas também é possível que ele seja membro de uma das nossas igrejas, talvez até um dos que lê a revista Touchstone [N. T.: revista onde esse texto foi veiculado originalmente].
Para começar a tratar dessa crise, convocamos a igreja de Jesus Cristo a tratar de forma séria o que está em risco aqui. A pornografia é mais do que impulsos biológicos ou niilismo cultural; é uma questão de adoração. A Igreja cristã, em todos os lugares e em todos os tempos e em todas as situações, tem ensinado que não estamos sozinhos no universo. Um aspecto do “cristianismo puro e simples” é que existem seres espirituais invisíveis por todo o cosmos que buscam nos atacar.
Esses poderes entendem que “quem peca sexualmente peca contra o seu próprio corpo” (1 Coríntios 6.18). Eles entendem que uma ruptura no laço matrimonial sexual mancha a personalização da figura de Cristo e sua Igreja (Efésios 5.32). Eles sabem que a pornografia na vida de um seguidor de Cristo é como se unisse Cristo, espiritualmente, a uma prostituta eletrônica ou, mais provável, um vasto harém de prostitutas eletrônicas (1 Coríntios 6.16). E esses poderes acusadores sabem que aqueles que praticam essas coisas sem se arrepender “não herdarão o Reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).

 

Falso arrependimento


Isso significa que nossas igrejas não podem simplesmente contar com grupos de apoio e softwares de bloqueio parental para combater essa praga. Devemos enxergar isso como algo profundamente espiritual e, acima de tudo, restabelecer uma visão cristã da sexualidade humana. A pornografia na internet, afinal de contas, é pura conseqüência de uma visão da sexualidade humana egoísta e infrutífera. Em uma era em que o sexo significa meramente atingir o orgasmo usando qualquer meio possível, devemos reafirmar o que a Igreja cristã sempre ensinou: o sexo é uma figura da união pactual de um homem com uma mulher, uma união cuja intenção é fazer florescer o amor, a alegria e, sim, o prazer sexual.
Mas ele também serve para representar nova vida. Uma visão cristã da sexualidade, arraigada no mistério do evangelho, é o que há de mais distante da feiúra utilitarista da pornografia. Nosso primeiro passo deve ser mostrar por que a pornografia deixa uma pessoa, e uma cultura, tão adormecida e vazia. A sexualidade humana é, como meu colega Robert George colocou, mais do que “partes do corpo pressionadas umas nas outras”.
Mais ainda, devemos clamar por arrependimento em nossas igrejas, e isso é mais difícil do que parece. A pornografia traz consigo um tipo de falso arrependimento. Imediatamente após um “episódio” de pornografia “terminar”, o participante normalmente, em especial no começo, sente um tipo de remorso e de repulsa por si mesmo. Um adúltero ou um fornicador do tipo mais tradicional pelo menos podem racionalizar e dizer que está “apaixonado”. A maioria das pessoas, apesar disso, não escreve poesia ou músicas românticas sobre essa compulsão isolada da masturbação. Mesmo pagãos que acham a pornografia agradável e necessária parecem reconhecer que isso é um tanto quanto patético.
Tipicamente, para aqueles que se identificam como cristãos, um episódio pornográfico é seguido por uma resolução de “nunca mais fazer isso de novo”. Muitas vezes (de novo: tipicamente) esses homens prometem buscar algum tipo de apoio e deixar o hábito pra trás.  Mas normalmente essa resolução diz menos sobre uma consciência pesada do que sobre um apetite saciado. Mesmo Esaú, com a barriga cheia de ensopado, chorou por seu direito de primogenitura perdido, mas “não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas.” (Hebreus 12.17).
Sem arrependimento genuíno, o ciclo da tentação continuará. Os poderes dessa era vão colaborar com os impulsos biológicos para fazê-la parecer irresistível novamente. O pseudo-arrependimento manterá o pecado apenas escondido. Isso é obra do diabo e está entre as coisas que nosso Senhor Jesus veio destruir (1 João 3.8).

 

Genuíno arrependimento


Nossas igrejas precisam mostrar como é o arrependimento genuíno. Isso não significa estabelecer regras e regulamentos legalistas contra o uso da tecnologia. Isso, nos diz o Apóstolo Paulo, “não têm valor algum para refrear os impulsos da carne” (Colossenses 2.23). Isso de fato significa, entretanto, que cada fonte de tentação vem com um meio de escape correspondente (1 Coríntios 10.13). Para alguns membros especialmente vulneráveis de nossas igrejas. Isso significar abrir mão do uso de computadores pessoais ou da internet como um todo.
Essa sugestão pode parecer absurda para muitos, como se nós estivéssemos sugerindo que alguns cristãos fariam bem ao parar de comer ou dormir. Mas os seres humanos já viveram milhares de anos sem computadores e sem a Internet. Estaria nosso Senhor Jesus certo quando diz que é melhor cortar a mão ou retirar um olho do que sermos condenados por nossos pecados? (Mateus 5.29). Não é muito menor que isso pedir para alguém cortar apenas um cabo?
Também devemos fortalecer as mulheres em nossas congregações para agirem como cristãs com seus maridos escravizados pela pornografia. Nós cremos, e ensinamos enfaticamente, que as mulheres devem se submeter a seus maridos (Efésios 5.23). Mas nas Escrituras e nos ensinamentos cristãos, toda submissão (exceto aquela a Deus) tem limites. O corpo do marido, diz a Bíblia, pertence à sua esposa (1 Coríntios 7.4). Ela não precisa se submeter a ser um alvo físico das fantasias pornográficas de seu marido. Se ambos são membros de uma igreja cristã, e ele não se arrepende, nós aconselhamos a esposa a seguir os passos que Jesus estabeleceu (Mateus 18.15-20) para chamar um irmão ao arrependimento, que levam até a ação da igreja.

 

A resposta do evangelho


Finalmente, e mais importante, chamamos a igreja a contra-atacar a pornografia com aquilo que os poderes demoníacos mais temem: o evangelho de Jesus Cristo. Jesus, afinal de contas, andou conosco e, antes de nós, passou por essas tentações. O seu inimigo (que também é nosso inimigo) ofereceu a ele uma refeição solitária “masturbativa”, no meio de um jejum no deserto. Jesus recusou a oferta de Satanás, não porque ele não estava com fome, mas porque ele queria um banquete matrimonial, junto de sua Igreja como “preparada como uma noiva adornada para o seu marido” (Apocalipse 21.2).
Chamamos a igreja a contra-atacar a pornografia com aquilo que os poderes demoníacos mais temem: o evangelho de Jesus
Esses poderes querem qualquer filho de Adão, especialmente um irmão ou irmã do Senhor Jesus, sofrendo debaixo de acusações. Através da confissão de pecados, entretanto, qualquer consciência, incluindo aquela obscurecida pela pornografia, pode ser purificada. Pelo sangue de Cristo, recebido em arrependimento e fé, nenhuma acusação satânica pode permanecer, nem mesmo aquela que vem do histórico de navegação da internet.
Por:  Russell D. Moore Fonte: IPródigo
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Abrindo mão dos padrões de Deus para a sexualidade

Como cristãos, nós somos adeptos ao costume de olhar ao nosso redor e ver como os bons padrões de Deus são violados quando o assunto é sexualidade. Não muito tempo atrás, contudo, me pediram para refletir acerca das maneiras pelas quais os cristãos abrem mão dos padrões de Deus para a sexualidade – alguns daqueles pecados escondidos ou “santificados” aos quais cedemos em nossas vidas, nossos casamentos, nossas igrejas. Eu cheguei a cinco maneiras em que os cristãos podem abrir mão dos padrões de Deus para a sexualidade.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus para a sexualidade quando deixamos o evangelho de fora do leito conjugal

Os cristãos geralmente encontram dificuldade para estender o alcance do evangelho partindo do assunto “salvação” até chegar ao assunto “sexo”. Entretanto, o evangelho não se limita a um acontecimento na sua vida, ele está relacionado a como vivemos hoje e todos os dias. Ele se estende por cada parte da vida.
O evangelho diz: o que quer que meu casamento e o nosso relacionamento sexual sejam, eles devem ser parte da figura de Cristo e Sua igreja. Quando eu considero sexo sob essa perspectiva, eu primeiro pergunto: isso se assemelha a uma ilustração acurada de Cristo e da igreja? O que reflete a Cristo dando Sua vida por Sua noiva? O que reflete a igreja  submetendo-se a Cristo alegremente? Isso nos reorienta completamente, levando-nos para longe do próprio eu, do amor próprio e do serviço a si mesmo, e nos orienta em direção ao cônjuge. Essa caracterização do casamento não acaba quando fechamos a porta do quarto.
Quando abrimos mão desse padrão, nós nos tornamos cativos à lei, ao invés de livres pelo evangelho; nós nos focamos em nós mesmos ao invés de nos focarmos no outro. A Lei é sempre voltada para o ego, o evangelho é sempre voltado para o outro e, em última instância, para Deus. Se nos permitimos cair na velha tentação da lei, nós vamos, inevitavelmente, prejudicar nosso relacionamento quem mais amamos.

Nós abrimos mão dos padrões quando desobedecemos o claro mandamento bíblico de que no casamento devemos fazer sexo, e ele deve ser feito frequente, desejosa e alegremente

Há diferença entre entender a Bíblia e obedecer a Bíblia. Há diferença entre acreditar no evangelho e viver as implicações do evangelho. É por isso que muitas cartas paulinas têm duas partes; na primeira, ele fala sobre teologia, e na segunda, sobre aplicação. Há uma razão para isso: ele sabe que a teologia tem que ser trabalhada na vida e ele sabe que não podemos fazer isso sem uma sólida base bíblica.
Há muitos casais que acreditam completamente no que a bíblia ensina sobre casamento, e eles podem até acreditar no que a bíblia diz sobre sexo no casamento, porém, eles não fazem mais sexo juntos. Um deles recusou por tanto tempo que o outro nem ao menos pede mais ou tenta. Um desistiu, se acomodou, e o outro perdeu o interesse. Juntos, eles se tornaram desobedientes e sua desistência entristece o Senhor. Eles afirmam acreditar no que é verdade, mas se recusam a praticá-la.
Deus fez estipulações para o relacionamento sexual. Você pode parar de fazer sexo, mas apenas por um tempo limitado e só se esse tempo limitado for para orar. É isso! E, mesmo assim, todo casamento passa por longos períodos sem sexo, e muitos casamentos abandonam o sexo completamente. Tem algo em 1 Coríntios 7.4 que sempre me chamou atenção. Paulo fala sobre “direitos conjugais”. A Bíblia fala muito, muito pouco sobre nossos direitos. Na maioria dos casos, falar sobre direitos é se opor ao evangelho. Mas no relacionamento conjugal nos é dito que o esposo e a esposa tem direitos um sobre o outro, o direito sobre o corpo do outro. Sexo não é uma sugestão, não é apenas uma boa ideia ou um bom presente para dar ao cônjuge. Sexo é um direito, pois, na economia de Deus para o casamento, é uma necessidade.
O que acontece quando abrimos mão dos padrões de Deus aqui? Indo direto à 1 Coríntios 7, vemos que nós permitimos a possibilidade de pecado sexual em nosso cônjuge. Um marido que se nega à sua esposa não está protegendo-a do pecado sexual. Uma esposa que se nega ao seu marido não está protegendo-o do pecado sexual. A abstinência de sexo é egoísta, sem amor e inconsequente. Sim, será culpa do cônjuge se ele ou ela cair em pecado sexual porque pararam de fazer sexo; mas o outro também vai carregar parte da responsabilidade. Você já parou para pensar que o grande plano de Satanás para você é você tenha o máximo possível de sexo fora do casamento e o mínimo dentro dele? O plano de Deus, claro, é o oposto desse – não ter sexo fora do casamento e um monte dele dentro do casamento.
Há outra consequência: estamos descaradamente desobedecendo um mandamento claro do Senhor e um mandamento que provém da verdade do evangelho. O relacionamento sexual não é uma pequena bolha isolada da obediência cristã, mas é algo que provém diretamente do evangelho. Muitos de nós isolam a sexualidade de todo o resto da vida.
E finalmente, quando você abre mão dessa parte, você está negando ao seu casamento grandes meios de graça. É útil olhar para o sexo como um sacramento no casamento, algo profundamente simbólico que vai muito além da soma das partes. É muito mais profundo do que o físico, muito mais do que apenas o ato. Nós acreditamos que, nesse ato, Deus estende graça ao nosso casamento. Nós obedecemos Ele e estamos certos de Sua benção. O casamento que esquece o sexo é como a igreja que esquece a Ceia do Senhor – ela está se enfraquecendo e negando a si mesma um dos misteriosos e inesperados meios pelos quais o Senhor abençoa-a.


Nós abrimos mão dos padrões quando não treinamos nossos filhos para entender o bom plano de Deus para o sexo e quando não os treinamos para evitar a tentação sexual

Quando o assunto é sexo, nós somos muito bons em falar para os nossos filhos o que é ruim e perigoso e o que eles devem evitar. Isso é fácil porque muitos de nós somos muito cuidadosos com o que nossos filhos veem e experimentam quando são muito novos. Nós censuramos nossas conversas e até mesmo nossa leitura bíblica para protege-los do que é muito pesado para seus jovens corações. Isso é saudável e bom. Eu amo a história que Corrie Ten Boom conta sobre isso. Quando era uma menina pequenina, ela ouviu sobre sexo e perguntou ao pai o que era sexo. Ele simplesmente sua grande e pesada maleta de ferramentas e colocou-a no chão, depois pediu para ela levantá-la. Ela tentou, puxou e empurrou e, por fim, disse: “É muito pesada pra mim”. Então, seu pai disse: “Exatamente. Algumas coisas são muito pesadas para pequenas crianças carregarem”. Isso é paternidade sábia! Mas isso não seria sábio se a criança tivesse 16 ou 18 anos e estivesse perto de se mudar.
Nós precisamos preparar nossos filhos para viverem nesse mundo e verem que o sexo é um bom presente de Deus. Muitos homens jovens vão para o mundo sem ter certeza do que o sexo é e de que ele está ancorado no bom plano de Deus; muitas mulheres jovens entram no casamento convencidas de que sexo não é uma coisa para boa garotas cristãs desfrutarem. E muitas acreditam nessas coisas porque seus pais simplesmente não fizeram um bom trabalho ensinando sobre o que a Bíblia fala sobre sexo.
Eu admito que estamos ficando melhores nisso, mas ainda temos muito a melhorar no que diz respeito à ensinar nossos filhos a honrar o sexo. Se tudo que nossos filhos sabem ao saírem de nossa guarda é que sexo é ruim, nós abrimos mão do padrão de Deus não ensinando-os que sexo é um bom presente de Deus feito para ser desfrutado dentro do contexto apropriado. Da mesma forma que queremos criar uma barreira para o sexo, nós precisamos também celebrar sua bondade inerente. Quando nos abstemos nesse ponto, comprometemos a geração seguinte. Nós fazemos de nossa desobediência o problema, o vício, a gravidez indesejada, deles.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando somos levados pela tendência cultural

Em Efésios 5 Paulo diz: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças”. Quando lemos essas palavras, não podemos deixar de pensar sobre TV, filmes e livros e o quão dedicados eles são a essas coisas.
Apenas pense sobre comédia e o que nossas séries de comédia e comédias românticas nos fazem rir. Quando rimos do que Deus chama de perverso, quando nós gostamos de assistir o que Deus diz que é privado, quando falamos de forma muito estúpida ou até de maneira muito franca sobre coisas que são desprezíveis, nós abandonamos o padrão de Deus. Não deve haver conversas torpes em nosso meio e nenhuma palavra vã. Não devemos nos alegrar com o que Deus diz que é mau.
Paulo nos diz que existem coisas que são muito vergonhosas até mesmo para serem mencionadas. Há coisas que não devem ser nem citadas em uma conversa entre cristãos; elas são, simplesmente, muito más e até pensar sobre elas é errado. Mas algumas vezes nós, como cristãos, gostamos de conversar sobre coisas muito más. Nós nunca as faríamos, mas lemos sobre elas, fazendo-as de forma indireta.
Quando assistimos filmes ou ouvimos músicas vulgares, nós podemos obter prazer em ouvir sobre flertes sexuais de outras pessoas ou em ver a riqueza idólatra de outras pessoas. Nós estamos, essencialmente, gostando da idolatria deles, encontrando prazer nos atos deles de ódio a Deus! Nós nunca faríamos as coisas que eles fazem, mas nós temos prazer em imaginar outros fazendo essas coisas ou em ler outros fazendo isso. Mesmo quando nos é dito aqui que as coisas nas quais estamos tendo prazer são as mesmas coisas que trazem a ira de Deus sobre as pessoas que as fazem.
Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando nos deixamos ser levados pela tendência cultural, sendo entretidos com coisas que o Senhor odeia. Quando rimos do pecado ou somos entretidos por ele, estamos nos colocando no caminho de racionalizar e depois abraçar cada um desses pecados. Esse abrir mão tende a começar mais rastejando e crescendo aos poucos do que explodindo de uma vez só, e ao olhar para o que nos entretém, podemos às vezes ter um vislumbre dos desafios que estão por vir. Se estamos rindo de adultério hoje, nós podemos estar praticando amanhã.

Nós abrimos mão dos padrões de Deus quando cometemos pecado sexual

O último ponto é simplesmente ir em frente, cometer o pecado sexual e posteriormente lidar com as consequências. O pecado sexual deveria ser tão óbvio e terrível quanto cometer adultério contra seu cônjuge, mas para muitas pessoas ele é muito mais sutil.
Pornografia é uma praga para a igreja, que afeta primariamente homens e garotos (embora esteja crescendo entre as mulheres, que também estão ficando suscetíveis a isso), mas a pornografia está longe de ser o único pecado sexual com o qual os cristãos lidam. Muitas mulheres estão propensas a exigir de seus maridos padrões irrealistas de comédias românticas. Existem mulheres que demandam o impossível de seus maridos, que confrontam a própria masculinidade de seu marido. Até mulheres cristãs estão lendo 50 tons de cinza.
O pecado sexual passa pelo grande espectro do sutil e egoísta até o aberto e espetacular. Mas todo pecado sexual é de alguma forma fugir dos padrões de Deus. E as grandes concessões tem início nas pequenas. O caminho para um casamento sem sexo é simplesmente uma recusa por vez, uma palavra de apatia ou crítica. Poucos casamentos passam de uma ótima vida sexual para uma vida sexual inexistente de um dia para o outro. O adultério não começa com um homem seduzindo a mulher de outro, mas por não controlar seus olhos e não deter sua mente.

Conclusão

Não são só os incrédulos que não cumprem os padrões de Deus para a sexualidade. Nós, como cristãos, permitimos que esse descaso invada nossas vidas, nossos casamentos e nossas igrejas. Nós também somos desobedientes. Nós também precisamos da graça de Deus para resistir às tentações intermináveis de trocar os bons padrões para vivermos de acordo com os nossos próprios.
Por: Tim Challies IPródigo
Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com | Original aqui